O alegado líder do grupo de extrema-direita Hammerskins em Portugal, Mário Machado, foi hoje condenado a quatro anos e 10 meses de prisão efectiva. O activista foi condenado pelos crimes de discriminação racial, coacção agravada, detenção de arma ilegal, ameaça, dano e ofensa à integridade física qualificada.
Mário Machado e outros 35 arguidos conheceram esta sexta-feira o acórdão do julgamento no Tribunal Criminal de Lisboa, em Monsanto.
O acórdão determina seis penas de prisão efectiva, 17 penas suspensas e cinco absolvições. Os demais arguidos ficam obrigados a pagar multas.
Para além do alegado líder nacionalista, foram condenados a penas de prisão efectiva os arguidos Alexandre Dias, Rui Veríssimo, Paulo Maia, Pedro Isaac e Paulo Lama.
Os 36 arguidos foram pronunciados a 29 de Novembro do ano passado pelo crime de discriminação racial e outros crimes relacionados, entre os quais agressões, posse de armas ilegais e sequestro.
O processo foi desencadeado na sequência de uma investigação levada a cabo pela Direcção Central de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária e tutelada pelo Ministério Público.
As buscas efectuadas pelos agentes da Polícia Judiciária resultaram na apreensão de armas de fogo e armas brancas, munições, soqueiras, mocas, bastões e tacos de basebol. Foi também aprrendido material de propaganda de conteúdo racista e xenófobo.
Mário Machado diz-se vítima de perseguição política
Após a leitura da sentença, Mário Machado saiu por alguns instantes do Tribunal para falar aos jornalistas. O activista de extrema-direita afirmou que não merecia a pena de prisão efectiva e garantiu que vai continuar a defender o ideário nacionalista.
“Vou ter que entrar novamente para a prisão, para as masmorras desta nova inquisição, mas quero que os portugueses saibam que continuarei a lutar pelo nacionalismo dentro das masmorras e que nem a prisão, nem toda a repressão que estamos a sofrer vai ser motivo para desistirmos e baixarmos os braços”, declarou Mário Machado.
“Ao fim de quatro anos de investigação não apareceu nenhum negro, nenhum brasileiro, nenhum cigano a acusar-me de qualquer tipo de crime e fui condenado a quatro anos e 10 meses. É a liberdade de expressão que temos no nosso país, apenas para opiniões permitidas”, concluiu.
Fonte: http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=65757&visual=3&layout=10
Esta democracia é mesmo ridicula, já não deixa as pessoas espancarem livremente outras porque têm um tom diferente de pele, nem deixa cidadãos fazerem propaganda xenófoba, já nem sequer os deixa andar com armas....o estado que o nosso Estado chegou....
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