segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sem Comentários....

O salário mínimo passará a ser de 485 euros a 1 de Janeiro. O Governo garante novas subidas ao longo de 2011 até aos 500 euros.

O número foi avançado aos jornalistas por Carlos Pintos Coelho, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, após a reunião da concertação social.

O responsável avançou que o salário mínimo sofrerá uma actualização de 10 euros já em Janeiro, passando dos actuais 475 para 485 euros.

Outra fonte adiantou ao Económico que durante 2011 haverão duas avaliações sobre este dossier, tendo o Governo garantido que o salário mínimo nacional chegará aos 500 euros no próximo ano.
Fonte: http://economico.sapo.pt/

CIRCO ALTERNATIVO - participação gratuita sem sofrimento anima


Quarta-feira, 22/12/2010 - 15:00
Local:
Coliseu do Porto, Rua Passos Manuel

Dia 22 de Dezembro, 15h00 vem encontrar-te connosco em frente ao coliseu do Porto, para uma acção pelo fim dos circos com animais. Juntos somos a voz que denuncia estas palhaçadas indignas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Momento Lúdico Do Dia

Pois bem, quem estiver aborrecido...

http://anti-ateismo.blogspot.com/

Eu desisti de ler, ao fim de uns posts porque acho que estava ficar burro...

Tirem as vossas conclusões.


ANTIFA!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Banco do Vaticano a contas com lavagem de dinheiro

O Banco do Vaticano está sob a alçada de novas investigações da justiça italiana desta feita devido a alegados casos de lavagem de dinheiro envolvendo sacerdotes como testas de ferro de barões da Máfia.
Em Setembro passado, a polícia italiana apreendeu activos do Instituto para as Obras Religiosas (o Banco do Vaticano) no valor de 23 milhões de euros. O Vaticano qualificou a iniciativa como um “mal-entendido”, manifestando o desejo de que o caso se esclareça rapidamente.

Segundo documentos em poder dos tribunais, procuradores italianos afirmam que o Banco do Vaticano “desrespeitou deliberadamente” as leis anti-lavagem de dinheiro “com o objectivo de esconder a propriedade, o destino e a origem do capital”. Estes documentos revelam as suspeitas de que sacerdotes tenham actuado como testas de ferro de barões corruptos da Máfia.

Uma das operações em causa ocorreu em Outubro último, quando o Banco do Vaticano retirou 650 mil euros de um banco italiano mas ignorou os pedidos deste para revelar quem ordenou o levantamento.

Em 21 de Setembro, a polícia apreendeu activos da conta do Banco do Vaticano da agência de Roma do Credito Artigiano. Investigadores informaram que o Banco do Vaticano não cumpriu a lei italiana de informar a origem e destino dos fundos.

A maior parte do dinheiro envolvido nestas operações, cerca de 20 milhões de euros, foi enviado para o JP Morgan, em Frankfurt; o resto seguiu para a Banca del Fucino.

Procuradores alegam que o Banco do Vaticano ignorou os regulamentos que impõem aos bancos estrangeiros informarem as autoridades financeiras italianas sobre as origens do dinheiro. Estas consideram o Banco do Vaticano como uma instituição estrangeira operando em Itália. Ambos os bancos se recusaram a comentar o assunto.

Num outro caso em investigação, a Polícia Financeira da Sicília afirmou que em Outubro último descobriu uma operação de lavagem de dinheiro envolvendo a utilização de uma conta do Banco do Vaticano por um padre de Roma cujo tio foi condenado por associação mafiosa.

As autoridades dizem que uma quantia de 250 mil euros obtida ilegalmente do Governo Regional da Sicília para uma empresa de aquacultura foi mandada ao padre pelo pai como uma “esmola” e retornou à Sicília por uma conta do Banco do Vaticano através de numerosos operações de home banking, mais difíceis de detectar.

O actual director do Banco do Vaticano é Ettore Gotti Tedeschi, também director das operações italianas do Banco de Santander. O seu número dois é Paolo Cipriani. Ambos estão sob investigação por alegadas violações de leis sobre lavagem de dinheiro.

Foram ouvidos pelas autoridades em 30 de Setembro mas não foram formuladas acusações contra eles. De acordo com documentos dos procuradores citados pela agência Associated Press, Tedeschi remeteu a maior parte das respostas para o seu número dois; Paolo Cipriani, por seu turno, informou que quando a Santa Sé faz transferências de dinheiro sem identificar a origem se trata de dinheiro do próprio Vaticano e não de clientes.
Fonte:http://beinternacional.eu/

A MÁFIA DO VATICANO!!!

Presidente do BCP ofereceu-se aos EUA para espiar o Irão


O actual presidente do Millenium BCP, Carlos Santos Ferreira, propôs à embaixada dos EUA em Lisboa, “estabelecer uma relação com o Irão para ajudar o Governo dos EUA a rastrear fundos e actividades financeiras iranianas”, segundo divulgou neste domingo o site do jornal espanhol El Pais, a partir de telegramas tornados conhecidos pelo wikileaks.

Segundo o telegrama da embaixada dos EUA em Lisboa, em Abril de 2009 uma delegação do BCP composta por dois altos funcionários, José João Guilherme, membro do conselho de direcção, e Duarte Pita Ferraz, director da unidade de assuntos internacionais, visitou o Irão a convite da embaixada daquele país em Lisboa. A delegação teve reuniões com o Banco Central do Irão, sete bancos, a organização de investimento e assistência técnica do Irão e a embaixada portuguesa, e discutiram a possibilidade de fazer negócios sem violar as restrições da UE e as sanções da ONU ao Irão.

Dez meses depois, em Fevereiro deste ano, Santos Ferreira apresentou à conselheira política e económica da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, que na altura estava sem embaixador, a proposta do BCP estabelecer negócios com o Irão e em troca espiar as finanças iranianas ao serviço do Governo norte-americano. Santos Ferreira propunha mesmo que as contas iranianas no BCP fossem controladas pelo Governo norte-americano, mediante um sistema satisfatório para o banco e para o governo dos EUA.

Santos Ferreira diz à embaixada dos EUA que informou José Sócrates, altos funcionários do Governo português e o governador do Banco de Portugal do interesse do Irão estabelecer uma relação com o Millenium BCP. A embaixada dos EUA conclui que, no mínimo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a par da proposta do banqueiro.

O telegrama da embaixada refere que poucas semanas antes da viagem da delegação do BCP, esteve em Teerão o embaixador Nuno Brito, do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, que informou o vice-secretário de Estado norte-americano, William J. Burns, que Portugal não tem intenção de aprofundar as relações económicas com o Irão, ainda que “mantenha abertas as suas opções para futuros investimentos”.

O jornal espanhol refere que o BCP se negou a comentar o telegrama da embaixada dos EUA e lembra que Santos Ferreira foi presidente da CGD, tendo passado para o BCP na sequência do escândalo neste banco (relembre no esquerda.net: Promiscuidade entre política e negócios na luta pelo poder nos bancos e Relatório do BE sobre o Caso BCP). Lembra ainda que Santos Ferreira foi, no passado, deputado do PS e que o BCP foi de novo notícia com o escândalo Face Oculta, que envolveu Armando Vara, vice-presidente do banco.

O telegrama da embaixada norte-americana em Lisboa lembra ainda que Santos Ferreira já teve contactos com a embaixada iraniana em Lisboa no final dos anos 80, quando era presidente da Fundição de Oeiras, que vendeu “apetrechos militares ao Irão há mais de 20 anos”.

O El Pais lembra a propósito a relação não esclarecida entre a venda de armas ao Irão e o acidente de Camarate, em que faleceu Sá Carneiro.

Entretanto, o Bloco de Esquerda questiona o Banco de Portugal sobre a proposta do banqueiro à embaixada dos EUA.

O Bloco considera que a disponibilidade de Santos Ferreira, “junto do governo dos EUA violaria grosseiramente o dever de confidencialidade devido pelas instituições bancárias, podendo configurar crime, ao abrigo das disposições legais em vigor” e pergunta ao Banco de Portugal: se teve conhecimento “do interesse do BCP em negociar com instituições bancárias do Irão”; se teve conhecimento do BCP “em, subsequentemente, quebrar o dever legal de confidencialidade devido aos seus clientes” e, em caso afirmativo, “que resposta deu o Banco de Portugal”; e, por último, se o Banco de Portugal teve conhecimento “de iniciativas de teor semelhante, levadas a cabo pelo BCP ou outra instituição bancária sediada em Portugal”.
Fonte:esquerda.net

VERGONHA!!!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um fim de semana diferente na Casa da Achada


Data:
Sun, 19/12/2010 - 19:00
Local:
Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, Lisboa

- Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2010, das 15h às 20h
- Sábado e domingo, 18 e 19 de Dezembro, das 11h às 20h
Venda de livros usados, de vinis, de cêdês e de obras de arte.

Programação:
- Sábado, 18 de Dezembro:
16h: Visita guiada por Sílvia Chicó à exposição '50 Anos de Pintura e de Desenho - 2' de Mário Dionísio e de outros artistas seus amigos;
18h: Canções pelo Coro da Achada.

- Domingo, 19 de Dezembro:
- 15h30: Última sessão da Oficina Prendas sou eu que as faço com Eupremio Scarpa;
- 18h: Apresentação de excertos da peça 'Guignol', de Jacques Prévert, com os fantoches feitos na Oficina de Fantoches.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Video de alguns músicos censurados pelo mundo!


MUSICA LIVRE!!!

Entrevista de AZAGAIA!!

Azagaia on music censorship and self censorship from MusicFreedomDay on Vimeo.


Entrevista para a Freemuse na Dinamarca. Uma organização que defende músicos vítimas de censura no mundo todo.

Bem dito Azagaia!!!
LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Carga policial sobre intermitentes do espectáculo

Um grupo de manifestantes que cortou momentaneamente o trânsito na noite passada junto ao Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, sofreu uma carga policial. Uma fonte policial contactada pela Antena 1 afirma que actuou porque um grupo de populares referenciado pela polícia estava pronto para desestabilizar a ordem pública. A actriz Mónica Calle, que estava no local, acusa a PSP de excessos.

http://www.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=8&t=Manifestantes-so...

Na continuação do post anterior, mais uma palhaçada policial.

Fonte: indymedia

Raquel Freire sobre a manifestação anti nato



Ainda há gente com coragem para falar neste país!!
Parabéns Raquel Freire!

ANTI FASCISTAS SEMPRE!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Manifestação anti-capitalista

Dia de Greve Geral é dia de afinar a voz, aquecer as pernas e seguir até a Lisboa.

Rumo ao Largo de Camões.

Objectivo - manifestação Anti-Capitalismo.

À chegada, já estavam concentrados algumas pessoas, com o tempo foram chegando mais e mais, cerca de 150.

As faixas alusivas ao Anti-Capitalismo, à podridão do sistema, algumas Anti-militaristas. Primeiro colocadas no chão e depois ostentadas com orgulho e muita vontade de as mostrar no decorrer do cortejo.

Saindo do Largo de Camões rumo ao Rossio, sempre com batucada e frases de ordem, o cortejo segue sem incidentes. As frases são variadas mas muito fortes:

AAAA ANTI ANTI-CAPITALISTAS

GREVE GERAL CONTRA O CAPITAL

GREVE GERAL ATÉ AO CARNAVAL

Os transeuntes surpreendidos vão observando e, provavelmente comentado, bem ou mal não interessa, é preciso é causar impacto. Com ímpeto todos os intervenientes gritam a pulmões de forma a que todos os anti-capitalistas ali reunidos fossem sentidos.

Na chegada ao Rossio canta-se o bella ciao, na minha opinião a música ideal para esse momento, porque toda uma luta anti-fascista.

O cortejo continua sempre fazendo-se ouvir pelo Largo do Rossio dando a volta e à nossa passagem, sem razão aparente, o Mc Donald’s resolve baixar as protecções de metal.

Nestas altura seriamos cerca de mil e quinhentos.

Pelas ruas da baixa as instituições bancárias são assobiadas e as palavras de ordem continuam:

AGORA O POVO UNIDO CONTINUA A SER FODIDO

O POVO UNIDO NÃO PRECISA DE PARTIDO

CAPITALISMO HUMANITÁRIO - É A TANGA DO FUNDO MONETÁRIO

A manifestação depois das voltas nas ruas da baixa desemboca no Largo de S. Domingos onde é feito um círculo e continua a música. No meio do círculo surge um camarada que saltando da sua bicicleta nos saúda, sem T-shirt, com uma dança bastante animada.

As faixas estão colocadas para serem vistas. O barulho continua a ser feito.

Mais tarde o Coro da Achada presenteia-nos com várias canções muito apropriadas para o momento. Muito obrigado ao Coro da Achada pelo momento e por todo o empenho mesmo durante o cortejo.

Mais uma vez uma nota negativa à polícia que sempre nos controlou, menos que nos protestos Anti-NATO. Mas, ao sair do Largo S. Domingos passando nos concertos organizados pelo SPGL nem um carro da polícia. Se havia 3 polícias a pé eram muitos.

Eu não tenho medo para precisar de escolta.

A todos os intervenientes PARABÉNS

ANTI-CAPITALISTA

ANTIFA

Sopa em dia de Greve Geral!

Comunicado explicando o porquê de ocupar uma casa e servir sopa num dia de greve geral e em época de crise.
Publicado em http://gaia.org.pt/node/15780

"Cria e semeia, viverás com alegria!"
Provérbio popular.

Por quê neste dia de greve geral

Ao encetarmos esta iniciativa neste dia, pretendemos mostrar-nos solidári@s com toda a gente que luta por uma melhor qualidade de vida. Contudo temos uma proposta que, mais do que o acto de pedir algo a um terceiro, se constitui já como uma satisfação da nossa necessidade. Não pedimos nem ao patrão nem ao governo aquilo de que necessitamos, mas organizamo-nos com os nossos companheiros e as nossas companheiras de forma a sermos senhores e senhoras das nossas vidas.

Propomos a tod@s que se organizem e tomem nas suas mãos, o peso mas também o fruto do trabalho colectivo. Como incentivo poder-se-ão dar exemplos de várias iniciativas de trabalhadores e trabalhadoras que assumiram nas suas mãos a gestão do respectivo trabalho, desde o norte de Portugal até à Argentina.

Por quê sopa

A sopa é desde sempre uma base da alimentação humana, feita a partir de ingredientes simples que podem ser cultivados em qualquer espaço, desde o quintal das traseiras até aos espaços verdes públicos. Como tal é uma solução simples, barata e acessível, para muita gente que começa a sentir dificuldade até para se alimentar.

No nosso caso iremos oferecer sopa a qualquer pessoa que a deseje e que apareça neste espaço que agora se recupera, numa perspectiva de partilha humana de recursos, solidariedade e construção comunitária de alternativas, seja económica seja social.

Por quê ocupar

Em Portugal existem mais de 300.000 fogos vazios. Lisboa tem 4.600 fogos vazios considerados devolutos e que, se estivessem ocupados, dariam para acolher mais de 25 mil pessoas, muitos dos quais pertencem à Câmara Municipal de Lisboa ou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ao mesmo tempo que passamos por estes fogos nas ruas, encontramos milhares de pessoas com dificuldades em juntar o dinheiro necessário para comer satisfatoriamente, cruzamo-nos com um número crescente de pessoas sem-abrigo e tomamos conhecimento de pessoas, colectivos ou associações que desejam realizar trabalho ou iniciativas sociais, culturais ou ecológicas sem que tenham um espaço para isso.

A habitação existe para satisfazer a necessidade humana de abrigo. É um local
privilegiado para nos reunirmos durante as refeições, repousarmos, convivermos, debatermos e aprendermos em conjunto. A existência simultânea de milhares de fogos devolutos e de pessoas com vontade de realizar iniciativas com interesse para a comunidade sem que encontrem um espaço para tal, revela que a habitação não está a desempenhar o papel social que lhe cabe.

Sendo esta uma situação que se arrasta há largos anos, chegou o momento de alterar esta situação. Ocupamos um edifício da CML para recriar nele valor social, oferecendo sopa quente neste dia de greve fria.

Autogestão Já!

Colectivo Matéria Bruta

Palavras para quê?
Com iniciativas destas resistimos e um dia vencerá a justiça e a igualdade social!
ANTIFA

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Veio para a manif? Mostre-me a credencial, por favor!

Apanhei o comboio e parei no Rossio. Café tomado, cigarro e bandeira na mão e estou pronto para gritar ANTI-NATO. Aquele nervoso miudinho de quem tem uma vontade extrema de ver uma mudança e ainda acredita na capacidade do povo na rua.
Dados os primeiros passos pela Avenida da Liberdade surgem as bandeiras do PCP. Um mar vermelho dos cordeiros políticos. Uma desilusão... Mais uma vez o PCP a usufruir da sua forte máquina política e capacidade de organização para fazer da luta contra os senhores da guerra uma manifestação política. Mais uns passos e começo a ver um carro com cartazes em alusão à greve geral e a ser gritado "trabalho sim, guerra não!. Entristece-me este tipo de colagem, é o puro oportunismo político.
Mas, na cauda da manifestação, um grupo independente de anarquistas, anticapitalistas, antifascistas, esquerdistas apartidários, mas no fundo, todos puramente anti-militaristas, ao qual prontamente nos juntámos.
Era este o propósito da manifestação e ali estava representado o pensamento livre de quem não se cola a ideias políticas.
Mas, para espanto de todos, estes não estavam autorizados/credenciados a manifestarem-se e foram enquadrados pela polícia em toda a descida pela Avenida da Liberdade, curioso o nome da avenida dada a sua falta.
E, assim, permaneceu o grupo, posto de parte, guetizado, porque os senhores da manifestação o consideraram perigoso, até ser libertado já no fim da avenida.
O ambiente no grupo era de pura revolta, mas nunca se calou e gritou, tocou, protestou com frases de ordem: ANTI-NATO, ANTI-MILITARISTAS e por força das circunstâncias, obviamente, contra a PSP.
Estes, senhores agentes da autoridade, são os mesmos que dizem que as pessoas têm de se manifestar de cara destapada mas são os primeiros a tapar a cara. E, durante toda a manifestação, fazem registo em vídeo dos manifestantes. Agora, só falta saber porquê?

Foi posta em causa toda a liberdade associativa dos cidadãos, que com consciência independente a todos os partidos e a todas as forças sindicais, resolveram manifestar-se.

Foi claramente o afirmar de que, para nos manifestarmos, temos de ser de determinado partido ou de determinado sindicato.

Não aceito que me seja negado o direito a manifestar porque me falta o cartão da CGTP.

Eu manifesto-me sem credenciação, porque sem credenciação sou livre.



Deixo o excerto da reportagem onde se vêem as declarações dos cordeiros do sistema.

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2010/11/manifestacao-anti-nato-decorreu-sem-grandes-incidentes20-11-2010-20200.htm

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Concerto anti-NATO do Bloco enche Largo de Camões


O concerto anti-Nato, organizado pelo Bloco de Esquerda, estava agendado para esta quinta-feira, pelas 21horas, no Largo de Camões, em Lisboa.

Pelo palco, no qual se podia observar uma faixa com as palavras de ordem Portugal fora da NATO – NATO Fora de Portugal, passaram Ricardo Robles, responsável pela intervenção de abertura desta iniciativa, o grupo Mercado Negro, o coordenador do Bloco, Francisco Louçã, e os Terrakota.

O espaço do Largo de Camões foi totalmente ocupado por todos aqueles e aquelas que assistiram a este concerto.

Durante a intervenção de abertura, Ricardo Robles afirmou que a NATO vem a Lisboa não apenas discutir o futuro da aliança militar como também o “futuro do império” e o “futuro da guerra infinita”. “A NATO vem a Lisboa reinventar a guerra” e exige “o silêncio de todos e todas aqueles/as que se opõem à política de guerra e reclamam a paz”, adiantou ainda.

Nesse sentido, Ricardo Robles esclareceu que esta foi uma iniciativa contra o silêncio, que é “a arma da tirania”. Uma iniciativa de “música contra a NATO”, rematou.

Francisco Louçã, na sua intervenção, contrariou, por sua vez, a afirmação de que a cimeira da NATO trará prestígio a Portugal. Para o coordenador do Bloco «O que aumentaria o prestígio de Portugal seria o nosso país não ser notícia por nunca ter tido tanto desemprego como agora», “não haver tanta precariedade, não reduzirem os salários e não haver um roubo aos trabalhadores» e, «Já agora, prestígio era não trazer o senhor Berlusconi e a senhora Merkel para Lisboa».

Francisco Louçã apelou ainda à participação na manifestação anti-NATO que se realiza no sábado à tarde em Lisboa. “A paz estará na Avenida da Liberdade de cara descoberta para dizer que a guerra está no lado do Parque das Nações”, onde se juntam «os mandantes da guerra, os governantes que apoiaram o muro da vergonha em Gaza, os que mentiram aos seus povos para justificar a ocupação no Iraque, aqueles que bombardeiam o Afeganistão».

Manifestação anti-capitalista



Colectivo Matéria Bruta* convida à participação:

Manifestação anti-capitalista
Pelo bloqueio e pela sabotagem: A greve não pára aqui

Sábado 24 novembro – 15h – à Praça Camões > Largo de S. Domingos

No dia em que há um apelo à greve geral, convocada pelas centrais sindicais portuguesas, um grupo de colectivos e de pessoas singulares, solidariza-se com a greve. Sim, solidarizamo-nos com esta greve, mas não vibramos de falsa consciência e entusiasmo!

Não queremos continuar entorpecidos por uma vida de trabalho e de rotina, nem continuar a ouvir a mesma lenga-lenga de sempre, de que nos é bastante necessário ganhar a vida. Pretendemos um outro caminho de luta, a adoptar por qualquer um/a que nele se reveja, pois pensamos que se confunde a impossibilidade de dar uma grande solução para o mundo com a aceitação das coisas tal qual elas se apresentam.

A democracia capitalista actual rege a vida da maior parte da população mundial, sendo esta pouco ou nada ouvida sobre as políticas que a governam e assumindo-se, na prática, como um mero instrumento de produção nas mãos de quem detém o título de patrão ou governante.

Contra este estado de coisas construir alternativas é a expressão maior da resistência e é com essa ideia que o colectivo Matéria Bruta apela à auto-organização de todos, propondo que se assuma assembleariamente, com uma perspectiva de partilha e solidariedade, a resolução dos problemas e dos desafios que se colocam nas nossas vidas.

No dia 24 de Novembro apelamos à participação de tod@s na Manifestação Anti-Capitalista, ao Largo Camões. Ao mesmo tempo que apelamos a que a greve não páre aqui, que continuemos a construir nas nossas vidas modelos que estimulam a justiça social e ecológica, geridos de forma horizontal e não-hierárquica. Damos o pontapé de saída e realizamos uma iniciativa que coloca em prática, já neste momento, aquilo que preconizamos para as nossas vidas.

Queremos juntar pessoas, reavivar espaços e fazer deles um ponto de encontro privilegiado para viver em auto-gestão. Não pedimos nem ao patrão, nem ao sindicato, nem ao governo, aquilo de que necessitamos, mas organizamo-nos com @s noss@s companheir@s, de forma a sermos senhor@s das nossas vidas, partilhando em comum os frutos da nossa construção.

Esta manifestação é convocada por diversos colectivos e está aberta à participação e convocação de todos os anticapitalistas e antiautoritários.


Deixo ainda aqui o link para um excelente texto divulgado pelo indymedia:

http://pt.indymedia.org/conteudo/agenda/2787

ANTIFA
ANTI-CAPITALISTA!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

[CAGA] Obrigado, Lisboa, pelo acolhimento! Mil vezes obrigado!


4ª feira, 17 de Novembro, no Rossio às 18h00

Não chega para as escolas? Que não falte para submarinos!
Não dá para apoio social? Que não falte para aviões.
Não dá para a saúde? Que não falte para mil cimeiras...

Para agradecer o extraordinário acolhimento de Lisboa e celebrar os
gastos militares, os vencedores do mundo realizam hoje uma fantástica,
maravilhosa, inusitada parada pública, com início no não menos
surpreendente e maravilhoso Rossio, em direcção ao Chiado.

Não percam!

Colectivo "Contra A Guerra, Age"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PSP vai deter quem se manifestar de cara tapada

A polícia entende que há fortes possibilidades de acontecer um crime se alguém ocultar a identidade em manifestações.

Apesar da lei em vigor não proibir que um manifestante oculte a sua identidade cobrindo a cara ou a cabeça, a PSP vai deter qualquer pessoa que o faça nos desfiles e manifestações anti-NATO previstas para os próximos dias. Os principais suspeitos têm um nome: anarco-libertários.

Segundo apurou o DN junto de fonte policial, as forças de segurança europeias têm uma listagem com cerca de 10 mil nomes de pessoas, que professam ou apoiam este ideal de cariz anarquista, e que foram identificados em acções violentas um pouco por toda a Europa. Alguns líderes são conhecidos pela polícia e cerca de 70 nomes e fotografias dos principais activistas foram entregues ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e GNR, que vão controlar as fronteiras.

A PSP entende que, tendo em conta o histórico das acções violentas em anteriores cimeiras perpetradas por indivíduos usando a táctica Black Bloc - vestidos de negro e cara tapada, avançando em bloco e usando esta cor para provocar a sensação de grande dimensão -, não pode dar hipótese a qualquer situação suspeita. Por isso, explicou o comandante operacional da PSP de Lisboa, Luís Elias, a polícia "actuará, isolando de imediato qualquer indivíduo que tente ocultar a identidade pois tal será considerado como uma forte possibilidade de vir a ser cometido um crime". De acordo com as medidas de polícia em vigor na lei de segurança interna, sempre que há suspeita que um crime pode vir a ser cometido, a polícia pode actuar de forma a evitá-lo.

O Governo Civil de Lisboa autorizou cinco manifestações. A primeira é no Largo Camões, já na quinta-feira e a última para o Marquês de Pombal, no sábado.

Ontem numa conferência de imprensa, para explicar todas as restrições de acessos ao Parque das Nações e condicionamentos de trânsito um pouco por toda a cidade, a PSP garantiu que não tem "para já nenhuma informação real que permita prever incidentes de ordem pública de grande escala" com o envolvimento destes grupos. O facto de se realizar em Londres um grande protesto contra a presença britânica no Afeganistão, no dia 20, faz a polícia acreditar que muitos dos activistas mais perigosos se desloquem antes à capital inglesa.

Em relação a outras ameaças à segurança da Cimeira, nomeadamente de natureza islâmica, a PSP furtou-se a esclarecer qual o grau de ameaça em que baseia a sua operação e o seu dispositivo. "Estamos preparados para tudo", afiançou o comandante da PSP de Lisboa, Luís Barreira.

A Antena1 tinha noticiado ontem que o grau de ameaça tinha sido aumentado do nível 4 - moderado para o 3 - significativo (ver caixa). O DN apurou, entretanto, que este aumento foi declarado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) na passada sexta-feira, mas que foi uma subida meramente administrativa, tendo em conta as presenças de líderes de "alto risco" na Cimeira e as medidas securitárias envolvidas. Não estão, contudo, reunidos os pressupostos para este nível de ameaça que incluem, por exemplo, a existência de uma fatwa (ameaça) objectiva e identificada contra um alvo em Portugal.

Portugal é o único país da Nato que paga para ter um comando da Aliança

Portugal paga 10 por cento dos custos operacionais do comando da Nato em Oeiras, sendo o único país a pagar uma renda à Aliança para ter um comando no país.
Nas vésperas de uma reunião já considerada pelo Governo português como histórica, a TSF visitou o comando da Nato em Oeiras, um dos três comandos operacionais da Aliança.

Em declarações à TSF, o Almirante Pires da Cunha, "número três" do comando de Oeiras, disse que Portugal «paga 600 mil euros por ano» para que o comando esteja cá.

«Portugal cedeu este terreno para a Nato para ter este comando aqui localizado já em 1964», mas mais tarde foi ali colocado o Comando Naval, o que leva Portugal a pagar à Nato «uma renda sobre o terreno que emprestou», explicou.

Sobre o futuro do comando da Nato em Oeiras, numa altura em que a Aliança procede à sua reestruturação procurando reduzir despesas, o almirante Pires da Cunha disse que «tudo é possível».

«Tudo vai depender da decisão [política] que for tomada na Cimeira» da Nato, que decorre a 19 e 20 de Novembro em Lisboa, disse, acrescentando que o resto são meras «especulações».

O almirante Pires da Cunha não tem dúvidas de que seria importante manter em Portugal um dos três comandos operacionais da Aliança Atlântica, «porque dá visibilidade e prestigio ao país», já que o comando «é o sitio onde as decisões são tomadas».

«Somos o único destes comandos de nível operacional que está colocado numa capital», num «ponto de fácil acesso para haver reuniões», para além das «embaixadas de grande parte dos países africanos» estarem presentes em Lisboa, defendeu.

O almirante destacou a «posição geográfica única para um comando da Nato com votação marítima» e ainda a «capacidade de conselho» de Portugal «no que diz respeito ao Atlântico Sul».

Carreguem no link seguinte, para ouvir as explicações do almirante
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1711971
Fonte:TSF

Uma base da Nato é importantissima para Portugal, não vá amanhá o Exército Soviético entrar por este país cheio de recursos, cobiçado por meio mundo....tenham paciência. Querem brincar às guerras brinquem, mas com o vosso dinheiro.
ANTI NATO!!!
ALERTA ANTIFA!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Polícia receia desordeiros internacionais na Cimeira da NATO

A maior ameaça à Cimeira da NATO é o terrorismo de inspiração islâmica. Mas o que as forças de segurança mais temem são as acções de perturbação da ordem pública, que podem transformar Lisboa num autêntico campo de batalha.

Os responsáveis por estes actos são membros importados de grupos anarquistas e antiglobalização. Não se mostram organizados e preferem antes manipular as manifestações legalmente autorizadas - e que são quatro, todas no sábado, dia 20: da CGTP (entre o Marquês de Pombal e o Rossio), do Conselho Português para a Paz e Cooperação (Praça da Figueira), da Marcha Mundial das Mulheres (Marquês de Pombal) e do Partido del Progreso de Espanha (em S. Bento).

Grupos estrangeiros como os Black Block, Bomspotting e War Resisters International são ameaças reais e, apurou o SOL, estão a ser seguidos de perto pelas autoridades.

Conversas interceptadas

Desde o Verão que vários membros desses grupos estabeleceram contactos com anarquistas portugueses (pertencentes à Acção Antifascista Portugal, ao Centro de Cultura Libertária de Almada e à PAGAN - Plataforma Anti-guerra e anti-NATO) para combinarem alojamento e tácticas de actuação. As autoridades interceptaram inclusive conversas em fóruns na internet com essa natureza.

Estes manifestantes aproveitam as concentrações legais para apedrejar as forças de segurança e arremessar cocktails molotov.

Outra táctica passa por lançar o caos com acções simples: retirar sinais de trânsito ou substituí-los por outras placas, de modo a alterar os sentidos do tráfego, criar acidentes e obrigar a polícia a deslocar-se a locais onde não estava previsto. Todos os símbolos do capitalismo , desde os bancos às multinacionais, nomeadamente norte-americanas (como os restaurantes McDonald s, por exemplo), podem ser alvos preferenciais de acções de vandalismo.

A PSP tem estado em contacto com os organizadores das manifestações, alertando-os para a actuação de alguns desses grupos - caso dos Black Block, cujos membros já estão em Portugal para planear acções. A maior preocupação é com a manifestação da CGTP, que deverá reunir um grande número de pessoas e que descerá a avenida da Liberdade.

O BE, soube o SOL, chegou a fazer um pedido para uma manifestação no Largo do Camões, também no sábado, mas acabou por retirar a intenção - alegadamente teve receio de ficar ligado a acções violentas provocadas por esses grupos radicais, que podem ter afinidades com os sectores anarquistas do BE.
Fonte: jornal SOL

já falam em Bomspotting e War Resisters International.......o sensionalismo realmente vende muito... Isto não passa de uma carta aberta para a policia poder bater, prender e ameaçar quem quiser. Não passa de uma carta branca para mais uma repressão autoritária pelas ruas de Lisboa.
ANTIFA SEMPRE!!
NATO FORA!!!!!!!

A NATO, a polícia, a Imprensa e o direito à desobediência

Com o aproximar do momento em que Lisboa será uma cidade sitiada para receber os senhores da guerra, as movimentações tornam-se mais claras.

Do lado dos contestatários, surgem as propostas mais concretas e aparecem as primeiras certezas sobre a Contra-Cimeira e a sua transmissão em Live Stream.

Do lado da organização, assiste-se ao esperado espectáculo da ameaça de violência, que evita as discussões sobre o que é a NATO e o que cá vem decidir, ao mesmo tempo que abre as portas a toda a repressão que se queira utilizar sobre todos os que não escolherem a contestação institucionalizada.

Não nos enganemos. A redução de toda a dissidência a uma horda de desordeiros desmiolados, que é aquilo que é apresentado como sendo o Black Bloc, pretende, acima de tudo, que a polícia tenha carta branca para fazer o que lhe apetecer. A tentativa de colagem da PAGAN a qualquer tipo de violência é quase subliminar mas insere-se neste mesmo espírito. O fantasma dos mil black blockers mais não é do que um passo necessário para a escalada da repressão, numa jogada que irá além da mera justificação do dispêndio de 5 milhões de euros em blindados, lançando diabólicas suspeitas sobre o mais inócuo cidadão que ouse criticar a NATO.

As autoridades pretendem também que qualquer movimento social se divida, que cada estratégia de luta condene as demais, de forma a que se esvaziem mutuamente. Nove anos depois do início da sangrenta invasão do Afeganistão, nas vésperas da aprovação dum conceito estratégico extremamente imperialista – em que, por exemplo, se passa a letra de lei a possibilidade de atacar militarmente qualquer parte do globo para impor os seus interesses económicos e se abre a porta à participação dos exércitos NATO em tarefas civis em caso de convulsão social –, esquecer que os representantes da violência estarão dentro do cordão de segurança e aceitar a discussão entre os “bons” e os “maus” manifestantes é um papel que não nos cabe a nós.

A nós, cabe dar notícia dos acontecimentos, não propriamente sobre o que se passará dentro de portas, já que não teremos acesso ao interior da cimeira, mas à esperada contestação de rua, cujas acções estão previstas a partir do dia 17. Haverá um ponto de encontro anunciado aqui, no Indymedia, que dará a conhecer as acções programadas e onde cada pessoa ou colectivo pode, diariamente, apresentar novas ideias de acção.

Por aqui, tentaremos ter gente a cobrir todas as acções e contamos ainda com a boa vontade de quem nos frequenta com relatos e análises próprias. Só assim poderemos contrariar a tendência criminalizadora de toda a contestação que o Estado deseja, a imprensa empresarial potencia e a polícia aplica.

Programa de festas (tal como o conhecemos)
17 a 20 – Acções de Rua
19 a 21 – Contra Cimeira
20 – Manifestação Paz Sim Nato Não

Posto de informações de semana de acção:
Rua do Salitre, 139 – 1º andar, Lisboa (abre a 17 de Novembro)

Contra Cimeira PAGAN / ICC
Liceu de Camões – Praça José Fontana, Lisboa

Entretanto, surgiu o apelo para uma flashmob pela Paz, já com data e hora marcada e um novo grupo que pretende levar contestação não violenta para as ruas de Lisboa


Fonte: http://pt.indymedia.org/

Imagem do dia

Ratzinger em Barcelona

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Portugal fora da NATO, NATO fora de Portugal!

Concerto com Terrakota e Mercado Negro

Lisboa, Largo Camões, 21.30h

Precários Inflexíveis - “Não pisem mais o precário"



Excelente iniciativa
Muitos Parabéns

Aminetu Haidar - "A União Europeia decepcionou-me"



Aminetu Haidar esteve em Portugal nos dias do massacre da polícia marroquina ao acampamento de protesto sarahaui em El Aiún. Aminetu denunciou o silêncio da comunidade internacional e em particular o da UE.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Livro do dia


Escrevia Óscar Marcarenhas no JN, a propósito do livro “OS Donos de Portugal”, que os “donos do silêncio” procuraram fazer desaparecer o livro nas brumas do desprezo. Era um aviso, mas só parcialmente justificado.
É que, se havia alguma intenção de ignorar esse estudo sobre a acumulação de capital em Portugal, essa tentativa falhou clamorosamente. Na verdade, o livro tem uma enorme divulgação: a segunda edição foi feita duas semanas depois da primeira. Jornais (DN), revistas (Expresso e Visão) e televisões (RTP, SICN e TVI24) falaram dele. O livro, dizem-me, é o quinto mais comprado nas livrarias Bertrand, o quarto na FNAC e um dos primeiros na Almedina e noutras livrarias. É um sucesso de divulgação e de debate, como raramente acontece em Portugal.
Mas o que é notório é que a imprensa económica, que trata de empresas, de capitais, de negócios, da economia, mantenha um silencio absoluto sobre este escrito. Nem um jornal económico escreveu uma linha. E arrisco-me a prever que não escreverá, se isso depender dos donos dos jornais. Os meus amigos do FB sabem bem porquê.
Comentário de Francisco Louçã

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Manifestação 20 de Novembro, PAZ SIM NATO NÃO!

Food not NATO em Lisboa


Dia 6 de Novembro pelas 13h um grupo de pessoas apareceram na praça Martim Moniz, na Mouraria com comida livre e informação contra a NATO e sobre o abuso da cimeira da NATO como uma legitimação para a militarização da vida. De uma forma geral as pessoas foram bastante abertas a esta iniciativa. Panfletos foram distribuidos e a ideia da necessidade de resistir está a passar.
Uma pequena acção contra a rotina diária capitalista.

É TEMPO DE AGIR! Sê criativo!
Fonte:Indymendia

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Imagem do dia - BLACK BLOC!!

No Caminho para a Greve Geral :: Concentração/Festa :: 16h30


No caminho para a Greve Geral é uma festa e uma concentração de apelo à participação de tod@s na paralisação de dia 24 de Novembro.

Teremos música, protesto, bancas de várias associações/movimentos e mic aberto!

No caminho para a Greve Geral multiplicam-se as iniciativas de apelo à Greve, como a Manifestação Nacional da Frente Comum em Lisboa, também no dia 6 de Novembro, com a qual estamos solidári@s. Porque sempre estivemos inequivocamente com a mobilização dos trabalhadores para a Greve Geral , porque deste o primeiro momento a divulgámos (ver cartaz aqui) e porque queremos uma Festa/Concentração onde todos possam participar, alterámos a hora deste evento para as 16h30.
Tod@s à Greve!

Crescem portanto as iniciativas a caminho da Greve Geral. O tempo é pouco, mas todas acrescentam para essa mobilização decisiva no próximo dia 24, na qual o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras enfrentam a austeridade e exigem um futuro.


http://www.precariosinflexiveis.org/2010/11/no-caminho-para-greve-geral_04.html

Black Bloc


É um alerta que surge a 15 dias do início da cimeira da NATO em Lisboa. Há a forte hipótese de já estarem grupos violentos em território português. Quem o diz é José Manuel Anes, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade organizada e Terrorismo. O responsável explica à TVI que um dos motivos de maior preocupação por parte das autoridades chama-se «Black Bloc».

O «Black Bloc» é um movimento que conjuga vários grupos com ideais anarquistas, que têm inclusivamente preparação militar e cujos protestos estão espalhados por toda a Internet. Em 2009, os elementos do «Black Block» espalharam o caos nas ruas de Estrasburgo durante a cimeira da NATO na cidade francesa.

Apesar dos avisos, José Manuel Anes acredita que as autoridades portuguesas estão preparadas para responder à ameaça.

A cimeira da NATO decorre a 19 e 20 de Novembro no Parque das Nações, em Lisboa.

Fonte: tvi24.iol.pt

BEM VINDOS! ANTIFA!!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

PSD vetou aparição conjunta de Catroga e Teixeira dos Santos

À última hora o PSD deu ‘ordens’ para que Eduardo Catroga não fizesse uma declaração conjunta com o ministro das Finanças no Parlamento, apurou o Económico.

Isso mesmo acabaria por ser sinalizado na declaração de Teixeira dos Santos, quando disse que “gostaria muito de ter tirado uma fotografia com Eduardo Catroga para assinalar esse momento e é pena que os portugueses não tenham essa fotografia”.

É que a novela em torno do Orçamento para 2011 não terminou sem um último episódio, hoje no Parlamento. Quando tudo estava preparado para, por volta das 11h, Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga darem uma conferência de imprensa conjunta no Parlamento, os jornalistas foram subitamente convidados a sair dessa sala – onde constavam duas cadeiras, dois microfones e duas pequenas garrafas de água, para os dois governantes -, para escutarem cá fora declarações separadas do ministro das Finanças e do líder da equipa social-democrata.

Segundo apurou o Económico, foi o PSD a vetar essa declaração conjunta.

Há, no entanto, uma imagem que ficará para história e que foi exibida por Eduardo Catroga. O chefe da delegação social-democrata, a meio da sua declaração no Parlamento, virou o seu Blackberry para os jornalistas, mostrando uma fotografia de si, sentado ao lado de Teixeira dos Santos, ontem às 23h19, hora em que foi selado o acordo.
Fonte: http://economico.sapo.pt

Temos um país a entrar num colapso social e económico, pobreza, desemprego, corrupção....
E estes montes de merda preocupam-se é com quem aparece ao lado de quem em fotografias, para não prejudicar a imagem de campanhas politicas...tenham respeito pelos portugueses!!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Imagem do dia

Comédia em 3 Actos



1º ACTO
O PSD, tendo decidido secretamente viabilizar o Orçamento, abstendo-se, finge que vai inviabilizá-lo, rompendo estrepitosamente as negociações com o PS.

2º ACTO
Perante a situação aparentemente dramática assim criada, o Presidente Cavaco reúne de emergência o Conselho de Estado e em seguida faz um apelo dramático ao PSD para que viabilize o Orçamento.

3º ACTO
O PSD, tal como já tinha decidido, viabiliza o Orçamento, mas fingindo que o faz por causa do apelo do Presidente Cavaco.

EPÍLOGO
O candidato presidencial Cavaco aparece assim perante o eleitorado como o Salvador da Pátria.

Ora aqui está a verdade! ANTIFA!

Fonte:http://ponteeuropa.blogspot.com/

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Todas as religiões têm os seus fanáticos


A figura mais óbvia de fanático entre os judeus é o rabino Ovadia Yosef. A semana passada, teve estas palavras plenas da paz, compreensão e amor que as religiões abrâamicas espalham pelo mundo.

* «Os goyim não-judeus só nasceram para nos servir. Sem isso, não têm lugar no mundo – só para servirem os judeus. (…) Porque são necessários os gentios? Eles vão trabalhar, arar e colher. Nós vamo-nos sentar como aristocratas e comer. (…) Com os gentios, será como com qualquer outra pessoa – eles precisam de morrer, mas Deus dar-lhes-à longevidade. Porquê? Imaginem que o nosso burro morre, perderíamos o nosso dinheiro. É o nosso servo… É por isso que têm vidas longas, para servir o Judeu.» (Ha´aretz)

Ovadia Yosef não é um rabino qualquer. É o «líder espiritual» de um partido político, o Shas, que tem quatro ministros no governo israelita. É o mesmo clérigo que defende a morte dos líderes palestinos, e que atribuiu o furacão Katrina à falta de estudo da Torá. Mas não é um louco isolado. É um homem influente. E a semi-teocracia israelita cada vez dá mais ouvidos a lunáticos como este. Portanto, não vale rir, caro leitor. Todas as religiões têm os seus fanáticos, mas uns são mais relevantes do que outros.
Fonte:http://www.ateismo.net/

Uma nova guerra social abre-se na Europa


O economista Charles-André Udry analisa a crise da dívida pública europeia e diz que a política de deflação social competitiva fará milhões de mortes sociais.

1. Desde 8 e 9 de Maio de 2010 - quer dizer, desde a reunião de urgência do BCE, ECOFIN e FMI a fim de estabelecer um plano de ajuste dos diversos países da UE - todos os governos anunciaram planos de austeridade orçamentária "para salvar a zona euro". Uma guerra de classe duma nova amplitude foi declarada na Europa: o que resta do Estado de bem-estar social, saído do período após a Segunda Guerra mundial, deve ser desmantelado, à excepção dum «filão social» tipo Banco Mundial.

Em 10 de Maio, um banqueiro britânico encontrou uma boa fórmula política: "É mais fácil vender este plano dizendo que deve servir para salvar a Grécia, Espanha e Portugal, do que confessar que se deve salvar e ajudar os bancos:» Esses bancos (alemães, franceses, espanhóis...) detinham uma montanha de títulos da dívida pública dos países «quebrados» (Grécia, Portugal, Espanha...). Segundo o Citygroup, a exposição dos bancos americanos face à Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha eleva-se a alguns 190 milhões de euros. Na sexta-feira, 7 de Maio, foi um massacre: qualquer um investidor queria desfazer-se dos seus títulos. «Não havia mais mercado», como confessou um operador do BCE, sob anonimato. E os balanços dos bancos ainda camuflam as montanhas de produtos tóxicos, avaliados a um preço artificial. O órgão de contrôle bancário alemão (Bafin) estimava em 800 milhões de dólares os «produtos tóxicos» ainda retidos pelas instituições bancárias (Financial Times, 24 de Maio de 2010).

É preciso recordar que dos 16 membros da zona euro, só seis são gratificados - se se puder utilizar esse verbo - pelas agências de qualificação com a categoria AAA. São a Alemanha, a Áustria, a Finlândia, a França, Luxemburgo e os Países-Baixos. Uma espécie de «núcleo duro» - o Clube dos AAA - da zona euro, mesmo que a França seja, por vezes, considerada na fronteira desse domínio, no qual a Alemanha dispõe dum poder eloquente.

Uma tal qualificação permite, por sinal, à Agência Francesa do Tesouro (AFT) - agência de gestão da dívida do Estado francês - emitir um empréstimo de 5 biliões de euros com vencimento em Abril de 2060, portanto de 50 anos, subscrito em cerca de 90% por investidores não franceses. Em 21 de Maio de 2010, o mais reputado empréstimo do Estado francês - a Obrigação Assimilável do Tesouro (OAT) - encontrava prestamistas aceitando 2,93% de taxa de juros. O que suscita algumas reacções do lado da Grécia, quando as taxas de juros dos "seus" empréstimos por 10 anos oscilam em torno de 10%. E as obrigações gregas com vencimento em Março de 2012 tinham um rendimento bruto de 7,27%, isso comparado aos da França (com a mesma maturidade) 0,61% (24 Ore/Il Sole, 24 de Maio de 2010). Entre as economias do «centro da UE» - ou quase ao centro, como a França - e aquelas inseridas na periferia, a diferença é notória. O discurso sobre a convergência europeia sofre um golpe.

2. Há também a demonstração de que uma das funções do euro é a de se tornar uma moeda com um papel importante... mas nos stocks das obrigações internacionais. E, portanto, na possibilidade dos mercados (quer dizer, os diversos investidores financeiros) exercerem uma forte pressão como credores sobre os devedores. Cerca de dois terços da dívida francesa foi contraída fora da França. Certamente é possível que capitais franceses refugiados em Luxemburgo ou na Suiça constituam mesmo uma fracção dos compradores.

A esse propósito, pode-se examinar a carta que foi publicada na NZZ am Sonntag (10 de Maio de 2010) e no New York Times. Ela ilustra os montantes da dívida pública e as dependências crescentes dos devedores-credores dos diferentes países da União Europeia (UE). Essa evolução, acentuada no curso dos últimos anos, traduz a liberalização dos fluxos de capitais assim como o envio do «crédito-dívida» visando responder às dificuldades de reprodução do sistema e da sociedade capitalistas.

Um tema, que diz respeito à sua «substância», explicado por Marx no Livro III do Capital. Marx insiste sobre a natureza de capital fictício dos títulos da dívida1, fictício mas bem real. Essa constatação esclarece, em parte, o "vasto golpe nas despesas públicas", uma das condições para alcançar um saldo orçamentário primário que permita lidar com a "carga" de uma dívida que registra, em parte, uma socialização das perdas dos "actores económicos privados".

3. Logo, ficou bem claro, no plano do discurso político, o período do G20 de Setembro de 2009 em São Petersburgo. Então, Sarkozy proclamava: «É preciso refundar o capitalismo»; «É preciso torcer o pescoço da especulação». Os mercados - quer dizer, os bancos, os fundos de investimentos financeiros, os fundos de pensão, as seguradoras, as grandes firmas transnacionais muito globalizadas - simplesmente mostraram quem é que verdadeiramente está no comando.

O cenário está bastante claro. Bancos, seguradoras e fundos de investimento foram salvos da falência em 2008 pelos Estados e portanto pelos assalariados-contribuintes. Desde 2009, esses actores financeiros fizeram de novo bons negócios. Bancos e hedge funds - que se fazem uma forte concorrência em escala internacional - querem neutralizar uma baixa possível - e até previsível - de suas rendas provenientes de acções e dividendos, pois a retomada é muito fraca. Para isso, um objectivo se impõe: assegurar a punção dos juros sobre a dívida pública e consolidar os ganhos das operações especulativas com as moedas (taxa de câmbio volátil) e com as dívidas (títulos). Uma das estratégias especulativas (de ataque e de antecipação) consiste em vender a descoberto títulos do Estado - sem ter a propriedade deles e tomando-os sobre a forma de empréstimos a aqueles que os detêm em sua carteira - os países mais vulneráveis. A operação se faz, geralmente, em duas fases: Por exemplo, vender por 5 milhões de euros em obrigações do Estado a 88,76 euros, encaixando 4,3 milhões de euros Depois, três dias após, uma vez o título desvalorizado a 87,76 euros, recomprá-lo ganhando a diferença entre os dois preços, menos a comissão paga por haver tomado emprestado esses títulos. As operações com os CDS (credit default swap) são do mesmo tipo.

4. Desse ponto de vista, Paul Krugman vê correctamente quando explica que, contrariamente à santa doutrina oficial, a atracção dos investidores pelas obrigações norte-americanas a 10 anos - cuja taxa de lucro se situaria abaixo de 3,3% na sexta-feira, 21 de Maio de 2010 - era originada na «Alta do pessimismo em relação às perspectivas duma retomada económica, pessimismo que fez os investidores se afastarem de qualquer coisa que lhes parecesse arriscado para se refugiar na aparente segurança da dívida do governo americano.» (El Pais, 23 de Maio de 2010)

Que a austeridade generalizada adoptada na Europa - no momento em que se deseja a retomada - conduz a uma depressão económica e social, como reconhecem diversos economistas pouco heterodoxos, não faz parte das preocupações dos "operadores". Essa preocupação pertence aos governos - de centro-direita ou centro-esquerda - que deverão seja se apoiar directamente nos aparelhos burocráticos sindicais, seja utilizar suas «hesitações» para purgar o sistema e fazer aceitar a purga. Tudo isso invocando a «unidade nacional», a «salvaguarda do país», a «necessária modernização produtiva e administrativa», pois o vigor do choque vai desestabilizando a mais de um.

5. Em Dezembro de 2009, o Boletim Mensal do BCE, em seu editorial, já afirmava dois objectivos prioritários para a UE. O primeiro, flexibilizar a legislação do trabalho na Europa. O FMI em seu relatório consagrado à Grécia, datado de Maio de 2008, insistia fortemente nesse mesmo objectivo. Traduzamos, liquidar os direitos do trabalho remanescentes, isso num contexto de desemprego e de emprego cada vez mais precarizado, a fim de reduzir «os custos salariais»; O segundo, a redução drástica dos défices e dívidas públicas. Isso num tempo muito breve e maciçamente passar de - 4,3% de défice do PIB em 2009 para a Irlanda a - 2,9% em 2014; de -11,2% para a Espanha a - 3% em 2013; de -9,3% a - 2,8% em 2013 para Portugal. Daí porque reduzir os serviços públicos (educação e saúde, etc.), os salários e o número de assalariados do sector estatal e para-estatal, as pensões dos aposentados. E favorecer as privatizações em certos sectores, com a possibilidade de testar a rentabilidade no curso dum período de PPP - participação-público-privada.

A Roménia já deu o exemplo. Desde 1 de Junho de 2010, os salários do sector público vão baixar 25% e as aposentações 15%. Isso num país onde o salário mínimo é de cerca de 150 euros por mês! A experiência foi levada com um vigor similar nos países bálticos.

6. A histeria dos "especialistas" contra os défices silencia sobre quatro elementos. 1º As origens dos défices e das dívidas públicas; isto é, a crise de 2007-2009, os salvamentos bancários e a ajuda às indústrias e à construção. 2º Sem esses amortecedores (despesas públicas e transferências sociais), a queda do PIB não teria sido de 5% mas de 10% na França. 3º A redução do défice público na Suécia nos anos 1990 - sempre invocado como um exemplo - foi possível por causa do crescimento durante aquela década e porque as transferências sociais partiam de muito alto. Além disso, a Suécia pode desvalorizar a sua moeda (a coroa) para exportar. E dispunha de capacidade de exportação. 4º Mas a Grécia, Espanha, Portugal... não têm soberania monetária (desvalorizar e emitir a sua moeda) e, na zona do euro, não há nenhuma política económica e orçamentária comum e "solidária". A sua "soberania" está colocada em questão, como os direitos elementares de definir seu orçamento, que reflectem, à sua maneira, uma "escolha de sociedade".

Pelo contrário, hoje em dia, é imposta pelos «mercados» e pelos que dominam os países do centro da UE (a Alemanha com seu hinterland e os seus aliados) uma política de austeridade geral, com um peso particular imposto às populações dos países «periféricos». Tudo isso em nome duma retomada da dinâmica das exportações. Ela apoiar-se-ia na contracção dos salários directos e indirectos, com o objectivo de reduzir os custos unitários do trabalho.

Pergunta-se como é que em todos os países da UE, em conjunto, os salários podem ser cortados e as unit labour costs reduzidas; isso tendo em vista aumentar as rendas vindas das exportações para fazer face à carga da dívida. No essencial, as exportações efectuam-se, entretanto, no seio da UE. Estabelece-se um canibalismo selectivo.

Trata-se de uma escolha do capital alemão (e dos seus aliados próximos) que, por um lado, utiliza a seu proveito a divisão internacional do trabalho no seio da UE e, de outro, pretende deslocar, progressivamente, o centro de gravidade de suas exportações para fora da UE, sempre conquistando parcelas de mercado no seio da UE.

Essa política de deflação social competitiva fará milhões de mortes sociais. Ela imporá decisões que escapam totalmente às regras mais elementares da democracia burguesa parlamentar.

Ora, o BCE (Banco Central Europeu) aceita títulos degradados da dívida pública que os bancos possuem. E esses últimos refinanciam-se junto do BCE por menos de 1% de taxa de juros e continuam as operações especulativas sobre as dívidas e as moedas.

7. O New York Times (Steven Erlanger), de 23 de Maio de 2010, em primeira mão, escreveu: o "modelo social europeu" está em questão. O resultado das batalhas que se avizinham - no curso dessa guerra - será antes de tudo de ordem social e política. O assalariado europeu, que dispõe das maiores tradições sócio-políticas - apesar de todos os reveses passados - é o visado.

As mobilizações defensivas unitárias - recusa de cortes e rejeição da dívida (com a abertura dos livros das contas públicas e privadas), um sistema de impostos diferente, etc. - são decisivas. Isto para acumular forças e dar o sentimento duma capacidade de resistência e contra-ataque. Não embarcar na «política do choque» que se delineia. Na sequência, as questões elementares e essenciais virão para o primeiro plano da cena política.

Pode-se formular assim. Para orientar os investimentos para a produção de bens e serviços respondendo às necessidades sociais e ecológicas, é necessário que os assalariados disponham do controle sobre os recursos que produzem; dum serviço bancário público controlado democraticamente; do controle sobre o funcionamento das empresas, a apropriação da riqueza e a sua repartição; uma redução do tempo de trabalho. Então, quais são as prioridades que se colocam às sociedades europeias?

A dificuldade da situação não deve conduzir à renúncia duma perspectiva socialista, no fundo, a dos Estados Unidos Socialistas da Europa. Uma tal perspectiva enraíza-se, por sinal, nos problemas que os assalariados enfrentam. Sem isso, não está excluída uma viragem dramática da situação política, ao fim de um certo tempo.

Notas:
1 "A acumulação do capital da dívida pública não significa outra coisa [...] que o desenvolvimento de uma classe de credores do Estado que estão autorizados a cobrar para si certas somas sobre o montante dos impostos [...]. Esses fatos mostram que mesmo uma acumulação de dívidas pode passar como uma acumulação de capital [...].» Karl Marx, Le Capital, Livre III, Tome II, p.138-139, Editions sociales, 1959.

Por outras palavras, o dinheiro dado aos Estados pelos seus credores é dividido pelos títulos que o representam: obrigações, bónus do Tesouro, etc. Esses títulos duplicam esse dinheiro, mas como ele é em grande parte um gasto improdutivo - para pagar os encargos da dívida, por exemplo -, nem sequer representa o capital em funcionamento. Esses títulos são apenas capital fictício. Os Estados criam, assim, capital financeiro fictício. Mas os dirigentes desses Estados denunciam a "exuberância" financeira irracional!

Ora, o crescimento da dívida pública tem a sua origem nas dificuldades de reprodução do sistema e da sociedade capitalistas. Por um lado, salvamento de bancos à beira da falência - que tenham inflado a massa de créditos, logo participaram do crescimento do capital financeiro fictício, como agentes económicos, privados - e ajudar os "ramos privados" em dificuldade (o automobilístico com os seus sub-empreiteiros, o da construção). Por outro lado, "gastos sociais" para amortecer os efeitos (em termos de procura) das recessões e procurar estabilizar o poder estabelecido.

Porém, hoje, esses são os amortecedores sociais sob ataque. Prioridade aos credores! Um teste social e político duma envergadura histórico-social à escala europeia para as classes dominantes... e para os assalariados.

Texto de:Charles-André Udry (economista, organizador das Editions Page Deux e membro do Movement For Socialism (MPS, Suíça))

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ACABemos com esta vergonha!!!

O caso conta-se em poucas palavras:
cinco membros da JCP, quatro raparigas e um rapaz, foram detidos pela PSP quando procediam à pintura de um mural na Rotunda das Olaias, em Lisboa; levados para a esquadra, foram insultados, ameaçados e... obrigados a despir-se.
Repito: obrigados a despir-se.

Estamos perante uma situação que espelha luminarmente os danos causados por 34 anos de política de direita aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos - uma situação que mostra quão longe estamos do 25 de Abril libertador e quão perto estamos do passado que «em Abril, Abril venceu»...

E não se trata apenas de uma prática policial de desprezo pela lei, para o caso a Lei 97/88, que não só legitima a pintura de murais em locais públicos como condena o seu impedimento.
Trata-se, acima de tudo, de um comportamento policial nojento, ascoroso, abjecto, com contornos de doentia perversão.
Os que obrigaram os cinco jovens a despir-se, fizeram-no provavelmente inspirados nas práticas actualmente em voga nas prisões dos EUA no Iraque, em Guantánamo... práticas que, aliás, eram de uso corrente nas salas de interrogatório da sede da PIDE, especialmente em relação a mulheres comunistas que caíam nas garras da tenebrosa polícia política do fascismo.
A confirmar que isto anda tudo ligado...

E é contra tudo isto que lutamos todos os dias. E é contra tudo isto que a luta tem que continuar todos os dias.
Até que o nosso grito «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais» deixe de ser necessário e seja apenas a memória de uma luta que vencemos.
Até ao triunfo definitivo de Abril, dos seus valores e dos seus ideais de liberdade e justiça social.
Fonte: http://cravodeabril.blogspot.com/2010/10/todos-os-dias.html

sábado, 23 de outubro de 2010

1 ANO DE BLOG!!


Neste mês de Outubro este blog faz um ano, obrigado a todosos antifascistas pela informação fornecida, pelas visitas, e comentários.
Obrigado também a todos os faxos pelas horas de boa comédia que proporcionam aos leitores do blog, com os seus comentários.

ANTIFA!!!A LUTA CONTINUA ANO APÓS ANO!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O MUNDO É MULTIRRACIAL! MULTICULTURAL!!



Uma boa musica para a Angela Merkel ouvir, antes de ter discursos populistas, com fins eleitorais...

Declarações xenófobas de Angela Merkel


Chanceler alemã afirma que construção de uma sociedade multicultural falhou e alerta comunidade imigrante: “sentimo-nos ligados a valores cristãos. Quem não aceitar isto, não tem lugar aqui”.

Angela Merkel, chanceler alemã, afirmou, perante uma plateia constituída por militantes da Junge Union (JU) - organização juvenil conjunta dos partidos conservadores União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), que "a perspectiva de que poderíamos construir uma sociedade multicultural, vivendo lado a lado e gozando da companhia uns dos outros, falhou. Falhou completamente".

Num discurso marcado por uma manifesta aproximação à direita, e segundo escreve a “Associated Press”, Angela Merkel defendeu ainda que “Subsidiar os imigrantes” não basta, a Alemanha tem o direito de “fazer-lhes exigências”.

O sucesso da integração dos imigrantes é, nas palavras de Merkel, da sua exclusiva responsabilidade. Os mesmos terão que adoptar a cultura e os valores alemães. A responsável alemã alerta: “sentimo-nos ligados a valores cristãos. Quem não aceitar isto, não tem lugar aqui”.

O secretário-geral do Conselho Geral dos Judeus na Alemanha, Stephan Kramer, já veio criticar aquele que considera ser um discurso xenófobo, orientado para fins eleitoralistas.

Polémica em torno da integração dos imigrantes

Segundo noticia o Deutsche Welle, a polémica em torno da integração dos imigrantes agudizou-se mediante as declarações proferidas em Agosto pelo então membro do conselho de administração do Bundesbank, Thilo Sarrazin, que associou a subsidio dependência e a criminalidade à população muçulmana na Alemanha.

Na noite anterior ao discurso da chanceler alemã, o líder da CSU e governador da Baviera, Horst Seehofer, já havia afirmado que os imigrantes no país têm que aceitar a “cultura predominante” e que a Alemanha não se podia transformar “na previdência social para o mundo inteiro”, rematando que “o multiculturalismo está morto”.

As declarações de Angela Merkel virão, neste contexto, aprofundar o clima de desconfiança, apreensão e até mesmo xenofobia contra os cerca de 16 milhões de imigrantes que vivem no país, e, em especial, contra a comunidade muçulmana, que conta com aproximadamente 5 milhões de pessoas.

55% da população alemã pensa que os árabes são "pessoas indesejáveis"


O estudo, recentemente divulgado, da Fundação Friedrich Ebert, que a Lusa cita, conclui que cerca de 58 por cento dos alemães são a favor da limitação da liberdade religiosa dos muçulmanos na Alemanha. Os resultados deste estudo demonstram, igualmente, que 30% dos inquiridos considera que o país foi "invadido por estrangeiros" e que 55% pensa que os árabes são "pessoas indesejáveis". 30% acredita ainda que os 16 milhões de imigrantes só procuraram a Alemanha para usufruir de benefícios sociais.
Fonte:esquerda.net

VERGONHA sra. Angela, VERGONHA!!!