Organizada pelo Movimento Cívico Não Apaguem a Memória!, pelo Instituto de História Contemporânea da FCSH da UNL e pela Fundação Mário Soares, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, esta exposição pretende constituir uma afirmação de cidadania na preservação da nossa memória histórica.
Mal se entra, começa a ouvir-se uma voz que vai desfiando nomes e histórias de dezenas de pessoas que, percebe-se depois, foram mortas pelas polícias políticas entre 1928 e 1965. As grades estão ainda presentes na sala do piso térreo onde se reproduz o Parlatório do Aljube – a zona onde os presos recebiam visitas, sempre vigiados por guardas e agentes da PIDE.
“O Aljube era um lugar sinistro”, acentuou, na inauguração da exposição Mário Soares, um dos presos políticos que na década de 60 por lá passou e que se lembra de lá ter estado muito antes, quando tinha apenas seis anos, em visita ao pai, João Soares, ali preso.
Além de sinistro, o Aljube era então um edifício degradado, como se constata numa carta patente na exposição, datada de 1930, em que o director da cadeia solicitava ao então ministro das Obras Públicas, a realização de obras urgentes no edifício. Até porque, sublinhava o director, sendo “uma prisão política é visitada por pessoas categorizadas” a quem o Aljube causava uma “má impressão”.
Do espólio da exposição constam vários autos de busca e apreensão feitos pela PIDE, surpreendentes nos dias de hoje, como o que é relativo ao livro A Emancipação da Mulher, editado pela ASA.
Na sala dos arquivos, há gavetas para todo o tipo de suspeitos a vigiar e perseguir: de movimentos como o MUD, a LUAR, o PCP, as organizações maoístas e socialistas, mas também pessoas e locais do quotidiano: os médicos, os liceus e os teatros eram também suspeitos.
Sobre a tortura praticada pela PIDE falam os testemunhos gravados com ex-presos políticos, constantes dos arquivos da RTP, que se podem ver e ouvir na exposição.
Horário: Todos os dias, das 10.00 às 18.00 horas
encerra às 2.ªs feiras, de 14.04.2011 - 05.10.2011
Preços: Entrada livre.
Local:Antiga Cadeia do Aljube
Rua:Rua Augusto Rosa, 42, Lisboa
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Olá, boa noite.
ResponderEliminarGostaria de saber se o anúncio televisivo em relação a esta exposição está disponível. Não estou a encontrá-lo.
Obrigada.
Cumprimentos,
Ana Soares
têm algum mail por onde possa entrar em contacto com vocês? ... não ao capitalismo.
ResponderEliminarO nosso e-mail de contacto encontra-se na barra lateral na secção: Dúvidas - Sugestões - Críticas. Obrigado.
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