É típico vermos os portugueses a pagarem o IRS no último dia, ou comprarem o selo do carro mesmo no fim do prazo. Neste nosso pequeno país faz-se sempre tudo à última hora. É também típico ver o bom português arranjar maroscas para fugir aos impostos, ou o espertalhão que no trânsito deambula de um lado para o outro.
Não são regra, mas são poucas as excepções.
É exactamente o que se está a passar com o famoso Tratado de Bolonha que trás tantas dores de cabeça aos alunos portugueses. Agora, para mal dos nossos pecados, não temos Bolonha mas sim uma Bolonhesa. Ou, por exemplo, sermos dos últimos países da Europa a despenalizar o aborto. Ou ainda ver os casos de sacos azuis e de casas em reservas naturais.
Mas quem podemos culpar?
Os nossos governantes é quem nos vem primeiramente à cabeça, mas não é justo culparmos quem nos representa tão bem.
E passo a explicar o porquê.
Através do processo eleitoral elegemos quem queremos como representantes. E, no fundo, quem são os nossos governantes se não simples portugueses, que por azar, para ganharem a vida, tem como função decidir o futuro de milhões. Por amor de Deus (como diria o Paulo Portas), os políticos só honram e fazem proliferar a cultura e a tradição portuguesa. Não os culpemos por serem tão bons portugueses.
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