Quando soltamos um grito de raiva o punho cerra-se automaticamente.
Quando soltamos um suspiro de revolta o punho cerra-se automaticamente.
Quando fazemos um discurso para convencer alguém cerramos o punho.
Assim, ao puxarmos os dedos para a palma da mão – punho cerrado, é um símbolo directamente ligado à força, à luta e à resistência.
Todos estes pontos dão ao punho cerrado e erguido no ar uma conotação muito mais ampla do que política. Usamo-lo como foi visto nas mais diversas situações.
Claro que terá sempre uma conotação com a esquerda. É símbolo da força do proletariado como defendem os comunistas. É símbolo integrante da bandeira do Partido Socialista.
Mas deixemo-nos de lhe dar esta ligação. Um punho cerrado e erguido no ar é muito mais do que partidos e de ideologias.
Eu cerro o punho e ergo-o no ar sem complexos, sem medos de ser ligado a determinada ideologia. Ergo-o porque acredito nas minhas ideias de esquerda, na minha luta de esquerda, na resistência de uma esquerda moderna.
Revemo-nos em muitas ideias de alguns teóricos e mesmo em certas práticas é certo, mas temos de ver onde erraram e livrarmo-nos desses erros rumo à vitória.
O meu punho erguido é pluralismo, é livre de ideologias dogmáticas. Somos seres pensantes e livres. Cada um de nós tem capacidade de pensar e de ter ideias próprias. Somos capazes de saber o que cada símbolo significa e o significado que lhe atribuímos.
É um símbolo de todos nós, da nossa força e de resistência.
Ficam agora alguns punhos cerrados com os quais não me identifico.
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