A 28 de Outubro de 1989 a morte saiu à rua. José Carvalho, dirigente do Partido Socialista Revolucionário, foi assassinado por um bando de skinheads neo-nazis. Passados 20 anos, fica a homenagem ao militante de tantas causas: dos direitos dos soldados, no movimento "Soldados Unidos Vencerão", dos direitos dos/as trabalhadores/as, na Comissão de Trabalhadores da fábrica Messa, do anti-militarismo no movimento "Tropa Não" e de muitas outras.
Passados 20 anos, fica a mesma recusa do legado de violência dos movimentos neo-nazis em Portugal como no mundo. Afinal, nas várias formas de fascismo ressoa sempre como lema profundo o "viva a morte" dos franquistas. Mesmo quando se quer esconder esta essência por razões tácticas: apesar de uma nova geração da extrema-direita aparentar ser diferente, de alguns terem trocado o visual das carecas pelo fato e gravata, continua a matriz de ódio, intolerância e violência que é a sua razão de ser. O suposto nacionalismo que lhes enche a boca não é bastante para conseguir esconder a sua raiva pela diferença e pelo outro.
Passados 20 anos, é preciso também não nos reduzirmos ao optimismo histórico simplista que diz de cada vez que isso é coisa do passado. Hoje, aí estão traços da extrema-direita em tantos discursos respeitáveis. Hoje, aí estão movimentos fascistas ou pós-fascistas em governos também eles respeitáveis da Europa "civilizada". Hoje, aí estão os mesmos ingredientes de sempre que alimentam a intolerância: a crise económica e a pobreza, a exclusão e as violências urbanas, o discurso fácil dos bodes expiatórios e o racismo latente. Por isso, contra o "viva a morte" explícito ou escondido mas com o rabo de fora destes movimentos é preciso repetir, ontem, hoje e sempre, não passarão!
Carlos Carujo
Este texto de Carlos Carujo, é bastante conciso nas suas ideias e todos deveriam lê-lo e reflectir sobre ele. O fascismo hoje em dia pode não estar tão visível como esteve em tempos, mas ele está cá, e evoluiu. Evoluiu para manifestações "camufladas" contra a violência, evoluiu na transmissão de ideias e acções com a Internet, evoluiu na recruta de novos membros com lavagens cerebrais feitas a putos que vão todos os domingos ver o seu clube de futebol e acabam por integrar estes movimentos seguindo pessoas que consideram como "exemplo", evoluiu para marionetas estatais que em vez de assegurarem a ordem pública causam discriminação e repressão (lá estou eu com a mania da perseguição dizem vocês, experimentem ser pretos ou de leste e ir parar a uma esquadra pelo mesmo crime que um branco e assinalem as diferenças de tratamento) e acima de tudo em Portugal o fascismo evoluiu para um partido politico que surge como a cara dos reaccionários, dos fascistas, dos homofóbicos,dos racistas.......e isto tudo surge como se o 25 de Abril nunca tivesse existido ou o regime Salazarista fosse uma história de crianças, porque parece que estes portugueses têm memória curta. O combate ao fascismo depende de nós, e não é apenas através da luta armada que o combates e és um revolucionário, se transmitires a tua mensagem a alguém és revolucionário, se mostrares o valor da liberdade és revolucionário, se te arrepiar uma música do ZECA AFONSO és revolucionário! O grande revolucionário "Che", deu a vida por estes ideais de liberdade e de internacionalismo e nós antifascistas estamos cá para que a sua mensagem não caia no esquecimento, por isso amigos e camaradas, QUE CAIA O FASCISMO E QUE NOVOS GUEVARAS SE LEVANTEM!!!
ANTIFA SEMPRE!!
NO PASARÁN!
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