Medina Carreira entende que o Programa Novas Oportunidades é uma «trafulhice» e uma «aldrabice» e que a educação é uma «miséria». Numa tertúlia, o ex-ministro considerou ainda que o Parlamento «vale tanto como a Assembleia Nacional de Salazar».
Medina Carreira considerou, na terça-feira à noite, numa tertúlia no Casino da Figueira da Foz, o Programa Novas Oportunidades como uma «trafulhice» e uma «aldrabice» e a educação em Portugal como uma «miséria».
O antigo ministro das Finanças entende ainda que as escolas produzem «analfabetos» e que os alunos que participam no programa Novas Oportunidades «fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora».
«E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução», acrescentou.
Sobre os alunos, Medina Carreira entende que estes «não sabem coisa nenhuma». «O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa fandanga», sublinhou.
Já no que toca à avaliação dos professores, o ex-ministro considerou-a uma «burrice», pois perguntou «se você não avalia os alunos, como vai avaliar os professores?».
Apesar disto, admitiu que esta avaliação será possível se houver «disciplina nas aulas, o professor tiver autoridade, programas feitos por gente inteligente e manuais capazes».
Nesta tertúlia, Medina Carreira falou ainda sobre o Parlamento para dizer que este «vale tanto como a Assembleia Nacional de Salazar», uma vez que os deputados «não valem nada, não têm voz activa».
«Salazar dizia 'ninguém mia' e ninguém miava. Agora é um fingimento, quem está na Assembleia são tipos escolhidos pelo chefe do partido, se miam não entram na legislatura seguinte e como vivem daquilo têm de não miar», explicou.
Numa Assembleia da República onde a «mistificação» era «igual» ao tempo de Salazar, mas «mais autêntica, segundo Medina Carreira, os actuais deputados são «obedientes» e «escravozitos que andam por ali na mão dos chefes partidários».
«O Alegre falou, correram com ele, ao Manuel Maria Carrilho deram-lhe um lugar bom em Paris, o Cravinho começou a mexer na corrupção deram-lhe um lugar em Londres. E aqueles outros que não podem ir para Londres nem para Paris, calam-se», explicou.
O antigo titular da pasta das Finanças considerou ainda que a Assembleia da República é «um sistema de saco de gatos». «O partido mete lá 20 pândegos. Contaram-se os votos, saem cinco e o senhor foi um dos cinco que saiu», concluiu.
Fonte:www.tsf.sapo.pt
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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Da inutilidade das eleições tal como elas estão organizadas...
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