domingo, 28 de fevereiro de 2010
Neo-Nazis
Este video ainda é mais surpreendente porque é sobre o movimento Neo-Nazi em Israel.
http://www.youtube.com/watch?v=ezXm9jkukBo&NR=1
Temos que nos unir camaradas.
ANTIFA SEMPRE.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Madeira - O (des)ordenamento do território!
Este programa data de 2008!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Diários de um careca....
"SÓ UM DESABAFO"
Estava hoje a pensar que já não bato em ninguém deste dia 8 de Fevereiro e isso deixa-me profundamente triste e deprimido.
Uma vez mais começei a fazer uma auto-analise ao meu comportamento e à minha maneira de estar, porque sou sempre censurado por gostar de bater nas pessoas e de amar o ódio, e ás vezes preocupa-me esta situação.
Cheguei à conclusão de sempre, sou perfeitamente normal, apenas direcciono a minha raiva nas pessoas fisicamente, enquanto outros a descarregam verbalmente ou a assimilam, respirando fundo, ou pior ainda, tornam-se indiferentes a tudo á sua volta, transformando assim os seus corações em blocos de gelo, insensíveis a emoções.
Talvez venha dai o facto de eu ter um grande coração, o nunca o ter constrangido ao que "se pode fazer" ao invés do que o que "eu quero fazer!"
O mesmo se aplica ao relacionamento com o sexo oposto, se por ventura eu gostar de 2 mulheres o que é que me impede de amar as duas? Só porque algum cristão um dia disse que isso era pecado?
Será que até a nivel sexual tenho que me reprimir porque a mentalidade dominante a isso me obriga?
Não resulta comigo!
O ódio é um sentimento tão nobre quanto o amor, faz parte da nossa natureza e tudo o que vai contra a natureza é que tem que ser combatido. Vejo os nossos politicos, e a comunicação social por exemplo, mais preocupadas em combater o ódio do que a censurar os paneleiros, os pedófilos, e afins.
Adoro a confrontação fisica, agarrar na escumalha e dar lhes pontapés na cabeça, socos, sentir a adrenalina a disparar, a emoção ao fugir á policia.
Um dos anos mais felizes que tive foi o ano que esfaquei 11 pessoas, record absoluto, o sentir da faca a entrar, o inimigo a desfalecer, o seu olhar de panico, tudo isto em conjunto dá-me vida, recarrega-me as baterias.
Adoro bater nas pessoas!
Este desabafo é mais dirigido aos Skinheads porque muitos se devem interrogar como eu, não se sintam mal por gostarem de bater nas pessoas, nao se sintam mal por gostarem muito de mulheres, nao se sintam mal por encararem o dia a dia como uma batalha e a nossa vida como uma guerra.
Nós estamos na vanguarda do nosso tempo, a todos os niveis. Falando da militancia nacionalista em tudo de bom que o nosso pais tem eu vejo um Skin, a maioria em manifs, a maioria em concertos, em almoços, na violencia, até na prisão.
Por detras das maiores campanhas politicas, sejam autocolantes, seja nas faixas dos viadutos, seja na internet, eventos no estrangeiro, nas claques, em bandas de musica, na distribuiçao de panfletos, organizaçoes etc eu vejo sempre os mesmos.. os skins!
Por isso não admito que nos faltem ao respeito e voçes deviam fazer o mesmo.
Orgulho em ser Skinhead!"
Castrocacia - A liberdade cubana....
As detenções teriam como objectivo tentar conter as homenagens públicas a Zapata Tamayo.
Esta quarta-feira ocorreu um funeral simbólico que juntou cerca de uma centena de pessoas em casa da líder de um grupo oposicionista feminino, em Havana.
O funeral deve ocorrer esta quinta-feira em Banes, a 830 quilómetros de Havana, terra-natal de Zapata Tamayo.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, que se encontra em visita oficial a Cuba, afirmou que lamenta profundamente a morte de Orlando Zapata, desmentindo que tivesse recebido uma carta de dissidentes cubanos, no domingo, a pedir-lhe que intercedesse por Zapata, que então já estava em estado crítico.
A seu lado, o presidente cubano, Raúl Castro, disse: "Lamentamos muito. Ele (Zapata) foi sentenciado a 3 anos por ter causado problemas e foi levado aos nossos melhores hospitais. Morreu. Nós lamentamos muito". E prosseguiu: "Em meio século, não assassinámos ninguém aqui. Aqui ninguém foi torturado", acrescentando que "houve tortura na Ilha de Cuba, sim senhor, mas na base de Guantánamo, que não é nosso território."
A Amnistia Internacional apelou a Raúl Castro que liberte imediata e incondicionalmente todos os prisioneiros de consciência do país.
"A morte trágica de Orlando Zapata Tamayo é a ilustração dramática do desespero em que se encontram os prisioneiros de consciência que não vêm esperança de poderem ser libertados da sua prisão injusta e prolongada," afirmou Gerardo Ducos, da Amnistia Internacional, que pediu que seja levada a cabo uma investigação exaustiva para estabelecer se a sua morte poderá ser consequência de maus tratos.
Orlando Zapata Tamayo foi detido em Março de 2003, e em Maio de 2004 foi condenado a três anos de prisão por "desrespeito", "desordem pública" e "resistência".
Foi depois julgado várias vezes por outras acusações de "desobediência" e "desordem num estabelecimento prisional", a última vez em Maio de 2009.
Orlando Zapata Tamayo era um dos 55 prisioneiros de consciência adoptados pela Amnistia Internacional em Cuba.
Retirado de esquerda.net
É uma vergonha um estado que se afirma socialista, ter pessoas presas simplesmente porque pensam diferente do regime...Todo o revolucionário apoia o estado operário e os ideais libertários e internacionalistas que Cuba representou, mas no que toca a liberdade os dirigentes cubanos ainda têm muito que aprender.
Não há socialismo sem liberdade!!
ANTIFA SEMPRE!!!
Salazar Morto e Enterrado!
Nem vale a pena elaborar nenhum texto sobre este vídeo.
Por mais simples que fosse o autor de tal obra nunca o conseguiria perceber
ANTIFA SEMPRE
SALAZAR MORTO E ENTERRADO!
Zeca Afonso - Viva o poder popular
Nem círios para queimar
Quando isto der prò torto
Não te ponhas a cavar
Quando isto der prò torto
Lembra-te cá do colega
Não tenhas medo da morte
Que daqui ninguém arreda
Se a CAP é filha do facho
E o facho é filho da mãe
O MAP é filho do Portas
Do Barreto e mais alguém
As aranhas anda o rico
Transformado em democrata
As aranhas anda o pobre
Sem saber quem o maltrata
As aranhas te vi hoje
Soldado, na casamata
Militares colonialistas
Entram já na tua casa
Vinho velho vinho novo
Tudo a terra pode dar
Dêm as pipas ao povo
Só ele as sabe guardar
Vem cá abaixo ó Aleixo
Vem partir o fundo ao tacho
Quanto mais lhe vejo o fundo
Mais pluralista o acho
Os barões da vida boa
Vão de manobra em manobra
Visitar as capelinhas
Vender pomada da cobra
A palavra socialismo
Como está hoje mudada
De colarinho a Texas
Sempre muito aperaltada
Sempre muito aperaltada
Fazendo o V da vitória
Para enganar o proleta
Hás-de vir comigo a glória
O Willy Brandt é macaco
O Giscard é macacão
O capital parte o coco
Só não ri a emigração
De caciques e de bufos
Mandei fazer um sacrário
Para por no travesseiro
Dum cura reaccionário
Não sei quem seja de acordo
Como vamos terminar
Vinho velho vinho novo
Viva o Poder Popular
Fernando Tordo - O povo Unido!
Aqui fica uma boa música. Ironia muito bem conseguida pelo Fernando Tordo.
ANTIFA SEMPRE!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Fórum Antifascista de volta ao serviço!!!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
É altura de mudar....
Fica também o blog do senhor:
http://luizcarlosprates.blogspot.com/
ANTIFA!
RESISTE!
Manifestação Antifascista na Alemanha impede marcha nazi
O contingente policial era composto por 5700 polícias que tentaram sem resultados que a marcha fascista decorresse normalmente.
Cerca de 12000 antifascistas bloquearam as ruas principais de Dresden. Durante muitas horas milhares de nazis estiveram cercados na estação da cidade sem poderem ir para o centro. Houve vários confrontos por toda a cidade dos quais resultaram alguns feridos.
Cerca das 15:30 havia perto de 5000 fascistas retidos na estação e a polícia declarou que não os iria conseguir proteger dos antifascistas. Por volta das 17 as forças policiais começaram a evacuar aos poucos os neo-nazis que ali estavam cercados.
Houve 31 detidos entre os antifascistas e alguns feridos, mas a manifestação foi um tremendo sucesso visto que os nazis não conseguiram realizar a sua marcha tradicional, e que costuma ser uma das maiores da Europa.
Fonte: Contraocapital.blogspot.com
Ficam algumas fotos e vídeos retirados do site http://www.lahaine.org:
Mais um exemplo de grande activismo dos nossos camaradas antifas.
ANTIFA SEMPRE!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Acção contra as touradas à corda
(Envie um mail para: angra@cm-ah.pt e uma cópia para acoresmelhores@gmail.com )
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo
Exma. Sra. Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Embora não nos tenha surpreendido, tomamos conhecimento que a autarquia de Angra do Heroísmo, com uma dívida que ascende a mais de 1,5 milhões de euros, a maior parte desta quantia destinada ao pagamento das touradas de praça que se têm realizado nos últimos anos aquando das Sanjoaninas, pretende, através da Assembleia Municipal, classificar a Festa Brava como património cultural concelhio.
Atendendo a que as touradas constituem uma actividade que mancha as maiores festas profanas dos Açores, pois negócios de crueldade que humilham e matam pela dor e sofrimento animais, nunca serão arte nem cultura;
Atendendo a que consideramos uma afronta, a todos os cidadãos, o dinheiro gasto com elas já que a ilha Terceira, tal como o resto do território nacional, está a atravessar uma crise económica e social que se traduz no número crescente de desempregados e na dificuldade por que passam as pequenas e médias empresas.
Vimos manifestar o nosso repúdio pelo facto de a ser aprovada tal classificação a mesma constituir um desrespeito pela Declaração Universal dos Direitos do Animal, aprovada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que reconhece a necessidade de respeitar o bem-estar e natureza dos animais não humanos e declarar o nosso compromisso de tudo fazer para denunciar, a nível nacional e internacional, o mau uso dado aos dinheiros públicos para a manutenção de uma indústria decadente que vive do sofrimento dos animais.Com os melhores cumprimentos
Carnaval de Resistência- 16 de Fevereiro
CARNAVAL de RESISTÊNCIA
16 Fev. - 3ª f - a partir das 18h @ Crew Hassan - Lisboa
Festa Benefit do grupo SambAcção (Ritmos de Resistência Lisboa)
Workshop de Percussão
Jantar Vegetariano
Concertos
DJ's
Entrada c/ Workshop e Música - 3 sambas
Jantar c/ Bebida - 5 sambas
A banda SambAcção faz parte dos Ritmos de Resistência, uma rede internacional de bandas de samba que partilham uma orientação política comum e que fazem uso do samba em manifestações e iniciativas de acção directa.
Somos uma rede internacional activista anti-capitalista que usa samba como uma forma de fazer acção política. Usamos tactical frivolity (criação de um ambiente colorido, festivo e extravagante), inspirados pelo carnaval, para confrontar e criticar os sistemas de dominação e apoiar directamente todas aqueles que lutam contra a exploração, discriminação e opressão. Rejeitamos qualquer falsa oposição entre militância e formas criativas de resistência. Mesmo que sejamos bandas diferentes, operando de uma forma descentralizada, esforçamos-nos por maximizar a participação no nosso processo colectivo. Vem connosco! Temos muito para batucar!
Organizamos esta festa benefit com o objectivo de angariar fundos para comprar novos instrumentos e reparar os actuais.
Vem divertir-te no Dia de Carnaval ao som do Samba, e apoia-nos. Queremos continuar com o Samba e com a Acção!
Se não podes vir, escuta em:
http://twitter.com/radiohassan
Mais informação:
http://ritmosresistencia.pt.to
http://www.crewhassan.org
http://www.myspace.com/mickmengucci
Eevento no FB:
http://www.facebook.com/event.php?eid=444016635042&ref=mf
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Homenagem a Galileu
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Evento fascista anti-imigração bloqueado por uma contra-manifestação em Atenas
A manifestação racista contra a imigração diz-se ter sido convocada por uma mescla de grupos e partidos, como o jornal Stohos ou grupos ultra-ortodoxos cristãos.
(...)
Numa clara resposta ao slogan principal dos fascistas "Não te tornas num Grego - nasces Grego", a faixa principal desta contra-manifestação dizia: "Não nasces otário (malakas), tornas-te num otário".
Para lerem a noticia inteira vão a: http://redelibertaria.blogspot.com/2010/02/evento-fascista-anti-imigracao.html
ANTIFASCISTAS GREGOS UM EXEMPLO PARA O MUNDO!!!
ANTIFA SEMPRE!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A liberdade do comércio livre
Deixo aqui uma pequena história contada no Guardian para se perceber como as multinacionais se movem para atingir os seus objectivos passando por cima dos interesses dos países pobres. Quem diz multinacionais diz todo o complexo político e económico internacional que envolve estados, organizações internacionais, legislação, acordos, tratados, guerras, invasões e ingerências, montado para garantir a exploração da maioria em favor da elite.
Uma empresa canadiana chamada Pacific Rim encontrou depósitos de ouro em El Salvador e obviamente quer explorar ao máximo a oportunidade. O governo de El Salvador, no entanto, acha que a extracção de ouro consome demasiada água e obriga à utilização de grande quantidade de químicos tóxicos e por isso opôs-se à Pacific Rim alegando razões ambientais. Em Março do ano passado um governo mais à esquerda com Mauricio Funes à cabeça ganha as eleições e mantêm a proibição da exploração, com o apoio de um alargado movimento social e pelo estudo de impacto ambiental de uma empresa independente norte-americana especializada em hidrogeologia e geoquímica.
O próximo passo da Pacific Rim é apresentar queixa ao TLC (Tratado de Libre Comercio entre Estados Unidos, Centroamérica y República Dominicana) ou CAFTA (Central American Free Trade Agreement). Este tratado tem mecanismos de ultrapassar as barreiras legais dos países aderentes. A chamada disputa “investidor-Estado” garante aos investidores estrangeiros o direito de levar El Salvador a um painel do Banco Mundial e processar o governo pelos prejuízos sofridos por não ter sido possível explorar o país e danificar o seu meio-ambiente.
O cinismo desta empresa e destas áreas de comércio “livre” não se fica por aqui. Como o Canadá não pertence à CAFTA a empresa canadiana Pacific Rim apresentou esta queixa através da sua subsidiária nos Estados Unidos.
O valor da compensação pretendida é da ordem dos 100 milhões de dólares, valor que é quase o dobro da ajuda dos EUA ao país. Em El Salvador, 34.6% da população vive com menos de 2 dólares por dia.
Como noutras situações semelhantes um pouco por todo o mundo, o conflito entre as corporações e as comunidades locais acaba em violência e geralmente com grande prejuízo para o lado mais fraco. Três activistas anti-minas foram já mortos desde o início do processo na CAFTA.
O governo de El Salvador tenta defender-se legalmente mas caso perca corre um risco enorme de ver outros processos idênticos surgirem. É isto o comércio “livre”. Livre para uns poucos e uma desgraça para os outros todos.
Fonte: agitacao.wordpress.com/
Mandela - lutador contra o apartheid
Aos 91 anos, o homem que deixou pelo seu próprio pé a cela da cadeia de Victor Vester, nos arredores do Cabo, continua a ser o principal inspirador de uma nação que tenta reconciliar-se com o passado.
Há 20 anos, no dia 11 de fevereiro, Nelson Mandela caminhou, com Winnie, com quem era casado na altura, pelo braço, em direção a um mar de gente que o aguardava nas ruas, sem aparato de segurança especial, dando início a um processo de edificação de uma democracia plena e representativa que ainda hoje surpreende o mundo.
Esse gesto, aparentemente intrépido, de um líder que viveu 27 anos encarcerado por ousar opor-se a um regime brutal, encerra em si próprio a natureza do político que acredita que quando a causa é justa não há lugar para o medo.
Caminhar sem segurançasPor isso, foi sempre coerente nas abordagens e na vida, quer como cidadão, quer como chefe do Estado quer como líder na reforma.
Essa atitude perante a vida e perante o povo criou dores de cabeça sem fim aos seguranças ao longo dos últimos 20 anos: quando Mandela caminha não há barreiras que o segurem.
Em certa medida, Frederik de Klerk, o homem que ordenou a libertação do "pai" da democracia sul-africana, tem uma abordagem semelhante perante o processo político.
Frederik de Klerk, que em 2 de Fevereiro de 1990, poucos meses após ter sido eleito, ordenou a libertação de Mandela e a legalização dos partidos políticos e sindicatos, mostrou durante as fases críticas do processo de transição o mesmo espírito temerário, apesar das ameaças que enfrentava de todos os sectores, designadamente do seu próprio povo, os afrikaners, para quem, na altura, simbolizava "o supremo traidor".
Polémico papel de De KlerkA importância do papel de De Klerk na libertação de Mandela e no sucesso do processo de reconciliação que se seguiu ainda hoje não é pacífico.
A versão oficial do Congresso Nacional Africano (ANC), reiterada na
semana passada, é a de que De Klerk fez apenas aquilo que deveria ter feito, não lhe restando, em 1990, outras opções, face ao isolamento a que o mundo tinha condenado o país e à paralisia económica provocada pelas sanções.
De Klerk acreditava que ao nível dos princípios e dos valores, a única via a seguir era libertar Mandela e todos os presos políticos e construir um regime democrático. No processo tentou garantir os direitos básicos para
a minoria branca que representava, uma tarefa difícil face à opressão contra a maioria negra que Mandela, orgulhosamente, representava.
Isso mesmo transmitiu numa entrevista em 1992, no período em que se negociava uma nova Constituição, a partilha transitória do poder e o calendário do processo eleitoral.
"Não há meias democracias"Nisso mesmo ele continua a acreditar: que não existem "meias democracias", embora sejam necessárias garantias de proteção das minorias em regimes democráticos, face às constantes tentações totalitárias dos dirigentes eleitos.
Apesar dos recuos, dos persistentes episódios de corrupção e desvios à linha reconciliatória imposta por Mandela e altos dirigentes do ex-movimento de libertação, a África do Sul mantém-se firme no caminho da democracia.
O dinamismo das instituições, a liberdade de Imprensa e o relativo bom funcionamento do sistema judicial, não totalmente controlado pelo partido no poder, são garantias de sucesso, 20 anos após a libertação de Mandela.
Nelson Mandela vai deslocar-se à Assembleia Nacional na Cidade do Cabo, quinta feira, dia em que celebra 20 anos de liberdade, para assistir ao discurso do presidente Jacob Zuma sobre o Estado da Nação.
O presidente do Parlamento, Max Sisulu, confirmou terça feira que Mandela vai estar presente na abertura do ano parlamentar, uma ocasião de gala em que o Chefe do Estado Jacob Zuma faz o discurso do Estado da Nação.
Fonte: Expresso
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Petição contra campo de treinos nas Lajes
“Na prática, está em causa a possibilidade do espaço aéreo dos Açores se transformar num enorme campo de treino militar para aviões F-22 e F-35 de última geração, equipados com mísseis hipersónicos”, refere o texto da petição online lançada pela jornalista e ex-deputada do PSD Judite Jorge e que tem como destinatários o Ministério da Defesa, Assembleia da República, Assembleia Regional dos Açores e Governo Regional dos Açores.
Para os subscritores, a aprovação deste campo de treinos será “mais uma cedência à máquina militar dos EUA, sem qualquer contrapartida, em sacrifício dos interesses nacionais e do bem-estar e segurança das populaçõe
“Não é também nenhum movimento antiamericano”, assegurou o segundo subscritor da petição à agência Lusa, acrescentando que o problema reside “em quererem 257 mil quilómetros quadrados, o que é demasiado e põe em risco toda a região”. Pierre Sousa Lima defendeu ainda que se trata de “uma matéria que diz respeito a toda a população dos Açores”, que “não pode nem deve aceitar tudo o que os norte-americanos impõem”.
O texto da petição recorda as palavras do embaixador dos EUA em Portugal, Allan Katz, quando "lembrou que a cada vez maior autonomia dos aviões militares está a reduzir a necessidade de manter um efectivo de 700 militares na Terceira, pelo que é importante conseguir novas missões para as Lajes, que passarão seguramente pela criação naquela base de um campo de treino para caças".
Em Março do ano passado, o responsável pelo Comando Aéreo dos Açores confirmou em entrevista à Lusa “ser exequível a criação de um campo de treinos para aviões F-22 norte-americanos nas Lajes”. Mora de Oliveira revelou na altura que estava a ser avaliado o impacto que pode ter "na aviação comercial e em terra, junto das populações, com o aumento de tráfego de aviões militares”. Já em Janeiro deste ano, a Comissão Bilateral Permanente Portugal/EUA esteve reunida em Washington sem se pronunciar sobre aquela possibilidade enquanto o relatório técnico não estiver concluído. Contactado pela Lusa, o ministério da Defesa não quis fazer quaisquer comentários.
Debates: O que fará um governo de esquerda socialista?
27 de Fevereiro, Sábado
10:00h
1. Na política económica e financeira
Orador: Francisco Louçã, Professor do ISEG e deputado
Comentador: João Ferreira do Amaral, Professor do ISEG
Debate
11:40h
2. Na política do trabalho e da segurança social
Orador: Carvalho da Silva, Coordenador Nacional CGTP/IN
Comentador: Mariana Aiveca, deputada, Conselho Nacional CGTP/IN
Debate
INTERVALO PARA ALMOÇO
15:00h
3. Na política de saúde
Orador: João Semedo, médico, deputado
Comentador: Isabel do Carmo, médica
Debate
16,40h
4. Na política das cidades e ordenamento territorial
Orador: Mário Vale, Inst. Geografia e Ordenamento do Território/UL
Comentador: João Seixas, geógrafo urbanista, ICS/UL
Debate
28 de Fevereiro, Domingo
09:30h
5. Na política do ambiente e energia
Orador: Francisco Ferreira, QUERCUS
Comentador: Rita Calvário, engenheira agrónoma, deputada
Debate
11:10h
6. Na política de desenvolvimento rural e das pescas
Orador: Fernando Oliveira Baptista, Professor ISA/UTL
Comentador: Pedro Soares, deputado, presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas
Debate
14:30h
7. Na política de igualdade
Orador: Virgínia Ferreira, Professora CES/FEUC
Comentador: Manuela Tavares, UMAR
Debate
16:10h
8. Na política de justiça
Orador: Conceição Gomes, investigadora CES/FEUC
Comentador: Teixeira da Mota, advogado
Debate
17:50h
9. Na política de educação
Orador: António Nóvoa, Professor FPCE/UL, Reitor UL
Comentador: Ana Drago, deputada
Debate
19:30h
10. Na política externa e de defesa
Orador: José Manuel Pureza, Professor da FE/UC, deputado
Comentador: Pezarat Correia, General do Exército
Debate
A entrada é livre, mais informações em http://cultra.pt/formacao.php
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
A revolta do presidente da AMI
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir.. algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".
Dr. Fernando Nobre
“Temos 40% de pobres"
III Congresso Nacional de Economistas
Acção anti-tourada
Este Conselho com estas secções será um orgão consultivo que se pronunciará sobre investimentos de dinheiros públicos na área da cultura, pelo que devemos recusar que o dinheiro que é de todos nós e que deva ser usado para promover a cultura portuguesa, possa ser usado para alimentar este negócio centrado na humilhação e opressão de animais.
Segundo a recente Nota de 2010-02-03 do Ministério da Cultura: “O Conselho Nacional de Cultura é um órgão colegial de natureza consultiva de apoio ao Ministério da Cultura e aos seus diversos organismos e serviços, e funcionará em plenário e em secções especializadas. A sua base legal prevê a possibilidade de criação de novas secções especializadas, prerrogativa que será utilizada para criar a secção das artes e a secção de tauromaquia.”
Estamos perante algo de muito grave que é a utilização de dinheiros públicos para o apoio de uma actividade já condenada pela grande maioria da população portuguesa e comunidade internacional.
Chegou a altura de dizer basta. Não estamos dispostos que este negócio de crueldade e maltrato animal, touradas e os restantes espectáculos tauromáquicos, sejam financiados com os nossos impostos!
Não queremos ser cumplices!
Por favor, envie a mensagem abaixo sugerida, ou se preferir, escreva a sua própria mensagem, ao Primeiro Ministro, ao Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, à Ministra da Cultura, com conhecimento aos seis líderes parlamentares na Assembleia da República, pedindo que intercedam e evitem esta situação.
Por favor, envie a sua mensagem para: pm@pm.gov.pt; gab.mp@mp.gov.pt;
gmc@mc.gov.pt
Com Conhecimento (Cc) a: gp@ps.parlamento.pt; gp_ps@ps.parlamento.pt; gp_psd@psd.parlamento.pt; gp_pp@pp.parlamento.pt; bloco.esquerda@be.parlamento.pt; gp_pcp@pcp.parlamento.pt; pev.correio@pev.parlamento.pt; matp@netcabo.pt
Mensagem Sugerida
Exm.º Senhor Primeiro Ministro
Exm.º Senhor Ministro da Presidência do Conselho de Ministros
Exm.ª Senhora Ministra da Cultura
Com Conhecimento a:
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do PS
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do PSD
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do BE
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do PCP
Exm.º Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do PEV
Excelências,
Tendo tomado conhecimento que o Ministério da Cultura pretende criar uma secção de tauromaquia no futuro Conselho Nacional de Cultura, venho por este meio apelar a que tal seja evitado.
Não considero a Tourada cultura e sendo eu, assim como a maioria dos portugueses, contra este tipo de espectáculo a todos os níveis deplorável e que em nada dignificam o nosso País não quero que os meus impostos o financiem de qualquer forma, directa ou indirectamente.
A Declaração Universal dos Direitos do Animal, aprovada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e ONU, reconhece a necessidade de respeitar o bem estar e natureza dos animais não humanos. Por isso vamos chamar as coisas pelos seus nomes: Negócios de crueldade que humilham e matam pela dor, nunca serão arte nem cultura.
Assim, apelo a que V/Ex.ª interceda no sentido de que não seja criada nenhuma secção de Tauromaquia no referido Conselho Nacional de Cultura, nem que esta actividade possa de alguma forma vir a ser financiada ou promovida à custa de dinheiros públicos.
Agradecendo antecipadamente a atenção que possa ser dedicada à presente mensagem, apresento a V. Ex.ª os meus melhores cumprimentos,
[Indique o SEU NOME AQUI]
[Indique a SUA CIDADE E PAÍS AQUI]
[Indique o SEU ENDEREÇO DE E-MAIL AQUI]
Vamos prticipar, ANTIFA SEMPRE!!
Manifestação fascista na Grécia foi um fracasso!
Os fascistas concentraram-se noutra praça e eram cerca de 50 pessoas... Havia la bastante polícia que os escoltou durante os poucos metros que durou a marcha.
Entretanto alguns fascistas passaram de carro e mota perto de Prolyea, onde eram parados e atacados pelos inúmeros antifascistas ali concentrados. Facto que levou a polícia a atacar a zona.
Fonte:www.Contraocapital.blogspot.com
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Utopia XXI - Fénix (como renascer das cinzas...) Parte I
Esta é uma tentativa precária de fazer o mundo actual renascer das cinzas.
Prazer, autonomia, vida, situações... e também: desemprego, troca e uso, desespero, crise, capital, trabalho, máquinas, dinheiro, "globalização", Estado, máfia, mercadorias, capitalismo de estado, contrabando, megafusões, sobrevivência, narcotráfico, repressão, bolsas de valores, guerras, "sociedade de consumo", petróleo, "sociedade da informação"...
Vida ou Sobrevivência!?
O mundo só existe para o animal como consumo, objecto de desgaste e destruição,a busca da repetição incessante desse mundo faz da sobrevivência o seu campo de realização.
Só o homo sapiens sabe que vai morrer. Então, para ele, não faz nenhum sentido que o mundo seja apenas a incessante repetição da busca por comer e foder. Ele não pode deixar que lhe passe com indiferença a existência que lhe resta, só quem tem consciência da proximidade crescente da morte é capaz de estabelecer a vida como sua esfera de existência.
O homem inventa o arco e a flecha para não ter que passar o resto da vida a correr sem parar atrás da comida. Ele precisa de cantar, dançar, brincar, conversar, inventar, imaginar, pensar, em suma, ele precisa transformar o mundo de maneira que deixe de meramente sobreviver e passe a viver. Ele precisa fazer do mundo um lugar bonito, musical, confortável e aconchegante onde ele não precise mais de lutar por comida, onde ele possa encontrar os seus amigos e mostrar para eles as suas invenções, danças, músicas, pensamentos, brincadeiras e conhecer o que os seus amigos têm de novo, para que, juntos, possam transformar novamente o mundo num lugar onde tudo isso possa se realizar.
Queremos descobrir porque razão o homem se esqueceu da vida, fazendo os meios de vida que inventou transformarem-se em simples meios de sobrevivência. Queremos descobrir por que os meios que ele inventou para se libertar da sobrevivência, desde o arco e flecha até aos actuais robôs, acabou perpetuando-a, aumentando o trabalho até fazer deste a finalidade que ocupa toda existência das pessoas. E por que todas aquelas coisas que não são a busca pela sobrevivência, como cantar, brincar, dançar, imaginar, criar, pensar, transformar o mundo... são consideradas estúpidas ou absurdas e substituídas pela busca sem fim do mero desgaste e destruicção dos objectos, o consumo, estando eles eternamente controlados pelo trabalho para serem eternamente destruídos, consumidos.
Enfim, queremos descobrir então, porque hoje as pessoas não podem desfrutar o mundo transformando-o e realizando-se, mas só podem trabalhá-lo para consumi-lo.
Consumo ou Troca!?
O consumo, é o resultado final daquilo que o trabalho produz, uma petrificação do mundo em contraposição à multilateral transformação do mundo que envolve todos os sentidos e desejos, que é a vida. O consumo pressupõe uma acção abstracta de cada um dos elementos do mundo de modo a isolá-los numa dimensão específica (por exemplo, a fruta é para comer, o papel higiénico, para limpar o cú, a roupa, para vestir, a rua, para chegar ao trabalho ou ao centro de consumo, a escola, para estudar, o museu, para ver obras de arte, o quarto, para dormir e foder...).
O panorama onde os elementos do mundo se encontram perde a sua força de conexão interna. Este panorama não é mais do que uma situação, um ambiente de infinitas dimensões que o homem encontra e transforma, criando novas situações, novos estados de ser e de espírito (realização da vida). O panorama do mundo desintegrou-se num conjunto de elementos banais, num conjunto de fragmentos sem nenhuma relação interna entre si.
A fragmentação dos diversos elementos do mundo em dimensões específicas em função do valor de uso, por sua vez, significa o aparecimento de uma força de conexão externa entre eles, que é o uso abstraído de qualquer dimensão específica. Essa conexão exterior dos elementos fragmentados é a redução deles a uma única dimensão radicalmente abstracta: o valor de troca. Os elementos são trocados entre si, para serem usados. O valor de troca é a abstracção de todos os usos possíveis e é representado pelo dinheiro. Quanto mais alguém tiver dinheiro, mais pode usar. Mas assim só se satisfaz em suas dimensões específicas, fragmentadas, não no seu ser total, não no seu espírito. Diante do panorama fragmentado que destrói as situações, ele não se pode reconhecer a si mesmo no mundo como uma unidade de infinitas e irreversíveis manifestações e dimensões, o que o iguala a qualquer outro animal, que só encara o tempo como consumo/destruição do objecto de necessidade e repetição desse gesto ao infinito.
O consumista, por isto, só pode reconhecer os outros seres humanos como simples meios para alcançar o consumo, como simples portadores de dinheiro, por ser o único meio de relação possível com o mundo e, assim, consigo mesmo, com sua própria sobrevivência. A individualidade é suprimida numa abstração, "o homem", com seus direitos e deveres.
O homem reduz-se ao seu dinheiro, curva-se perante ele e adora-o, e só é reconhecido assim pelos outros, caso contrário, estes matam-no, simplesmente impedindo-o de comer, ou seja, torturando-o até a morte.
Sem as situações, é me impossível encontrar e criar os estados do ser e de espírito onde eu me possa realizar, e então estes só podem aparecer para mim como fuga da realidade, como consumo de drogas, de bebidas, como uso de televisão, de video-jogos, hobbies, como religião, misticismo, em suma, como esquecimento da minha morte e, consequentemente, do tempo que me resta, que se torna um mero passatempo, mera perda de tempo cuja falta de sentido só posso suportar com essas ilusões.
Esse estado em que nos encontramos não é algo dado, não é natural. Ele é o produto concreto da sociedade, foi e só é possível através de um determinado tipo de acção sobre a natureza pelo homem, o trabalho.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Dance Monkeys Dance
ANTIFA!
Luta para acabar com a macacada.....
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Vamos, Estudiantes - Daniel Viglietti
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
A fome do etanol
Seres humanos e automóveis competem pelos mesmos cereais, conclui o Earth Policy Institute (EPI) ao analisar a evolução da produção de bioetanol nos Estados Unidos e do número de pessoas em situação de subnutrição.
Só em 2009, os EUA destinaram 107 milhões de toneladas às 200 destilarias de bioetanol, tendo em vista a produção de combustível, o que representa mais de um quarto da produção total. A quantidade de cereais usada na produção de biocombustíveis triplicou desde 2004, diz o EPI, com os Estados Unidos à cabeça dos países produtores.
O Instituto é muito crítico desta tendência e diz mesmo que se os EUA usassem todos os cereais produzidos para o bioetanol, só satisfaria 18% das necessidades de combustível dos automóveis. Em troca, ficaria sem cereais para comer ou para rações, ou seja, também sem carne, leite e ovos.
Este relatório sublinha os efeitos da subida da procura do bioetanol nos preços dos cereais, afectando em particular as populações dos países mais pobres importadores de cereais. "O máximo histórico nos preeços da alimentação fez crescer pela primeira vez o número de pessoas em situação de fome acima da barreira dos mil milhões em 2009", diz o relatório, acrescentando que "apesar da pior crise económica desde a Grande Depressão ter feito descer os preços, eles continuam bem acima da média registada num período longo".
"A quantidade de cereais necessária para atestar o tanque de um veículo SUV daria para alimentar uma pessoa durante um ano. O rendimento médio dos donos dos 940 milhões de carros no mundo é pelo menos dez vezes maior que o dos dois mil milhões dos mais pobres. Nesta competição entre os carros e os famélicos pelas colheitas mundiais, o carro está destinado a vencer", conclui o EPI.
Este Instituto, fundado por Lester Brown, uma referência no pensamento sobre ambiente e recursos agrícolas, critica a orientação política da administração Obama em subsidiar a produção de bioetanol com 6 mil milhões por ano, sublinhando que "os contribuintes norte-americanos estão de facto a subsidiar a subida do preço da comida no país e no estrangeiro".
Também em Inglaterra cresce a contestação aos biocombustíveis, após esta semana ter sido divulgado um relatório da Agência para os Combustíveis Renováveis que diz que apenas 4% dos biocombustíveis importados obedecem às normas de sustentabilidade ambiental.
"A grande maioria está a causar deflorestação e alterações no uso da terra que aumentam as emissões que causam as alterações no clima, para além de expulsarem as pessoas das suas terras", afirmou Kenneth Richter, da ONG Friends of The Earth.
Retirado de www.esquerda.net
Frase do dia
Fundo Monetário Internacional
Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), defende que as economias de Portugal, Espanha e Grécia têm de «restabelecer a sua competitividade» e aconselha os três países a apostarem numa «baixa de salários» para o conseguir.
«Actualmente, com a crise, Portugal, Espanha e Grécia vivem sérias dificuldades, que implicam ajustamentos bastante penosos», afirmou Blanchard, em entrevista ao Les Echos.
Sublinhando que o «ambiente inflacionário é muito baixo», o responsável do FMI defende que para o «restabelecimento da sua competitividade», estes três países «precisam de fazer pesados sacrifícios, como baixar os salários».
Apesar da difícil situação de algumas economias da moeda única, Blanchard defende que não há um risco de ruptura da zona euro, embora sublinhe que «isso não impede que haja um problema orçamental na Europa».
Portugal, Espanha e Grécia terão que reduzir salários
Fundo Monetário Internacional não tem dúvidas: os países que enfrentam dificuldades nas suas contas públicas terão que assumir sacrifícios para recuperar competitividade.
Portugal, Espanha e Grécia, países que enfrentam dificuldades nas suas contas públicas, terão que assumir sacrifícios, como a redução de salários, para recuperar a competitividade, uma vez que não podem recorrer à desvalorização da moeda. Esta é a leitura da conjuntura económica que atravessa alguns países europeus e que, segundo o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, pode levar a «grandes sacrifícios».
«O restabelecimento de competitividade pode exigir grandes sacrifícios, como uma redução dos salários», disse Blanchard em entrevista publicada esta terça-feira no jornal francês «Les Echos».
Questionado sobre se existir risco de «implosão» da Zona Euro, o economista-chefe do FMI acredita que não, mas tal «não impede que haja um problema orçamental na Europa».
Para Blanchard é «indispensável» que os bancos centrais mantenham as suas taxas de juro em níveis muito baixos como o actual, «tanto tempo quanto for necessário».
Sobre o euro, o economista considera que «se não houvesse moeda única, a Europa poderia ter sofrido mais com a crise», mas admite que o facto de os países não poderem recorrer a alterações das taxas de câmbio prova que a união monetária «tem um custo».
Mas quais são os salários que estes filhos da puta andam a falar...?
Serão os salários de quem trabalha?
Ou serão os salários dos gestores?
Criam a crise e agora tentam escravizar-nos como solução!
ANTIFA! Revolta-te!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Manif Nacional
15 horas
Restauradores
O que representa uma manifestação?
Cada manifestação tem de ter o apoio incondicional de todos os revolucionários que pretendem uma mudança efectiva do sistema. É essencial enquanto cidadãos mostrarmos a nossa revolta contra as políticas desenvolvidas.
Esta é mais uma oportunidade de nos mostrarmos.
Como li num texto muito interessante sobre o papel de um revolucionário na sociedade. A revolução tem de começar com a mudança das mentalidades, ou seja, é necessário que todos estejamos mobilizados em todas as frentes de protesto para construir uma "maioria social de esquerda" (e quando digo esquerda, tem de ser efectivamente esquerda e não pseudo-esquerdas).
Só com a mudança das mentalidades conseguiremos derrubar este sistema.
Lá estaremos...
A todos os camaradas antifascistas dispostos, apelamos a que se juntem a nós, para acompanharmos pacificamente esta marcha dos funcionários públicos.
Contamos com o apoio de todos.
Mais informação:
htttp://www.stfpsa.pt/noticias/gerais/1001111.pdf
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Entrevista a Michael Moore
O realizador Michael Moore disponibilizou-se para uma longa entrevista sobre o Haiti, a decisão do Supremo Tribunal a respeito do financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas, o seu primeiro ano de mandato, os Democratas, etc. "Os Democratas perderam a garra. Não têm coragem para defender as suas próprias propostas. São repugnantes. "Envergonham-me", diz-nos, "Não quero ter nada a ver com eles. E se não recuperarem desta cobardia, terão uma grande surpresa em Novembro."
Amy Goodman: Hoje entrevistamos Michael Moore, um dos realizadores de cinema independente mais famosos do mundo. Nestes últimos vinte anos, Moore tem sido um dos realizadores mais provocadores, bem sucedidos e politicamente activos. Podemos destacar da sua cinematografia, entre outros, títulos como "Roger and me" (Roger e Eu), "Fahrenheit 9/11", "Bowling for Columbine" - que lhe granjeou o prémio da Academia - e "Capitalism: A Love Story" (Capitalismo: Uma História de Amor), o seu filme mais recente.
Michal Moore esteve esta semana em Park City para ver alguns dos filmes que foram seleccionados para concorrer no Festival de Cinema de Sundance e para escolher filmes para o Traverse City Film Festival, de Michigan, a cidade onde reside.
Tive a oportunidade de o entrevistar logo após uma exibição e antes do seu regresso a casa. Comecei com uma pergunta sobre a situação no Haiti.
Michael Moore: O mais espantoso acerca "da resposta norte-americana" - conforme disse - foi a reacção individual, de cada norte-americano. Mobilizaram-se no próprio dia do terramoto, doaram com mensagens de telemóvel para a Cruz Vermelha, ofereceram-se como voluntários, queriam ajudar. As campanhas de recolha de donativos começaram nesse mesmo instante.
Quando se deu o terramoto eu estava em Miami. Testemunhei este esforço. Sobretudo por parte da comunidade haitiana e de outras comunidades do Sul da Flórida. Houve até o caso de um médico de Fort Lauderdale, proprietário de um avião, que não esperou por autorizações oficiais. Chegou ao aeroporto, saltou para o cockpit, foi ao Haiti, trouxe todos os feridos que podia - cerca de quinze pessoas - e levou-os para o hospital de Fort Lauderdale. Eu pensei então, "Meu Deus, porque é que não assistimos a isto todos os dias?"
Mas a resposta do governo, digamos, foi desajeitada, soou mais uma vez a "Somos demasiado poderosos para falhar". Que é o mesmo que dizer, "Somos demasiado poderosos para sermos bem sucedidos". Pelo menos foi assim que deram a entender.
Mas também lhe digo: de imediato, e em poucas horas, Barack Obama tentou organizar uma resposta, o que contrasta, e muito, com o que assistimos durante os mandatos de Bush, como no caso do Katrina e de outras tragédias do género. De tal modo que me recordo de me ter sentido bastante satisfeito com esta reacção.
Mas depois, no segundo e no terceiro dia, quando se percebeu que não estava a chegar ao Haiti qualquer ajuda significativa e que nessa altura era mais importante resolver a situação dos norte-americanos que lá estavam, na Embaixada, no Hotel Montana, etc. etc... Com certeza, é natural ocuparmo-nos primeiro dos nossos compatriotas, mas eu esperava que estivéssemos ali para ajudar toda a gente e que ninguém fosse considerado mais humano do que o seu semelhante.
Amy Goodman: Não sabia de um grupo de enfermeiras que queria ir - ou seria mais do que um grupo?
Michael Moore: Meu Deus... O Sindicato Nacional dos Enfermeiros. Esse é o episódio mais triste de todos. Espero que quem me esteja a ouvir, e a ver, reaja e faça pressão sobre a administração Bush. O Sindicato Nacional dos Enfermeiros...
Amy Goodman: ...A administração Obama?
Michael Moore: Sim, a de Obama. O que é que eu disse? A...
Amy Goodman: Administração Bush.
Michael Moore: Certo, certo. Já estamos a pressioná-los. Já não estão entre nós. Mas isso não era só freudiano, este é o meu estado de espírito. Porque eu não aceito a agradável diferença entre as administrações Bush e Obama, é ilusória. À primeira vista, se compararmos a actualidade com o que aconteceu nos últimos oito anos, tudo nos parece fantástico, mas na essência, na prática... Não lhe consigo dizer o quanto estou desiludido.
E o que sucedeu com o Sindicato Nacional dos Enfermeiros revela o empenho deste corpo de profissionais. Quantos estavam dispostos a partir imediatamente para o Haiti? Quase doze mil enfermeiros, note bem, doze mil enfermeiros deste país estão dispostos a seguir para o Haiti. E um enfermeiro poderia cuidar de muitas pessoas. Imagine então quantas pessoas poderíamos ajudar se pudéssemos enviar doze mil enfermeiros devidamente equipados. E esta oferta já foi feita há muitos, muitos dias, está a perceber?
Amy Goodman: A quem?
Michael Moore: À administração Obama, pela dirigente do sindicato. Ela entrou em contacto com o governo e foi ignorada, de início ninguém lhe respondeu. Mas lá acabaram por encaminhá-la para alguém que não tinha qualquer poder de decisão. Então, depois de tudo isto, ela contactou-me e disse-me "Você saberá, porventura, como poderemos chegar até ao presidente Obama?"Eu respondi, "É patético o facto de vocês serem forçados a ligar-me, quer dizer, vocês são o maior sindicato de enfermeiros. Tanto quanto sei asseguram a vice-presidência da AFL-CIO [Federação Americana do Trabalho - Congresso de Organizações Industriais], e mesmo assim não conseguem que a Casa Branca vos autorize o envio de doze mil enfermeiros para o Haiti? Não sei o que fazer por vocês... Não sei, vou ligar também".
O que é certo é que até hoje pouco mais foi feito. É angustiante. E é só um exemplo do que se passa. Na última semana você fez a cobertura deste estado de coisas quando lá esteve - falharam redondamente.
Amy Goodman: Abordemos agora a questão da saúde, aqui nos Estados Unidos. Enquanto se desenrolavam os acontecimentos no Haiti, houve eleições em Massachusetts para substituir o senador Ted Kennedy e ganhou Scott Brown, o candidato republicano. Esta eleição vai ter grandes repercussões no debate sobre o sistema de saúde. E você tem sido bastante crítico acerca do rumo que o Presidente Obama está a tomar nesta questão. Fale-nos sobre este primeiro ano de mandato presidencial e o que lhe parece que seja urgente fazer.
Michael Moore: Na verdade enviei uma carta para a Casa Branca na própria noite das eleições, na qual disse "Sei que não está surpreendido. O que esperaria após um ano em que recuou em todas as direcções em que prometera avançar? Um verdadeiro sistema de saúde público; a retirada do Afeganistão, contrariada por uma escalada chocante; a reforma do sistema bancário, obrigando os bancos a repor os prejuízos infligidos aos contribuintes, em vez de lhes serem oferecidos mais apoios. O que pensa que iria suceder em Massachusetts? Que o seu eleitorado iria acordar naquela terça-feira a pensar: 'Mal posso esperar para ir votar em alguém que é responsável por tudo o que está a acontecer'"? Acho que muitas pessoas levantaram-se e pensaram: "Já me estou nas tintas para isto. Não vou votar, estou demasiado zangado." Claro que no outro lado da barricada estão sempre prontos. Eles levantam-se às cinco da amanhã a urdir contra a espécie humana. Por isso não fico surpreendido por terem ido votar.
Por outro lado, sou da opinião que as eleições são um óptimo trailer, excelente publicidade para as eleições de Novembro. Caramba, há um ano atrás Barack Obama tinha o eleitorado do seu lado. Podia ter escolhido outro caminho, o país estava a exigi-lo. As expectativas eram tais que pensávamos que iríamos mudar radicalmente em relação ao passado mais recente e construir o país em que todos desejávamos viver. A grande maioria das pessoas votou nele. E então Obama convenceu-se de que para o fazer teria de agir como os seus adversários - e este é o erro histórico, recorrente, do Partido Democrata: estão convencidos de que a única forma de ganhar é serem uma espécie de Republicanos light. E cada vez que tal acontece, é o descalabro.
Amy Goodman: Como é que de sessenta votos se passou para os recentes cinquenta e um? O que eu quero dizer é o seguinte: quando a lei [sobre a indústria farmacêutica] foi votada, à qual se opunham os Democratas, em princípio, os Republicanos não tinham os sessenta votos, mas a lei foi aprovada. O que é que confere um peso eleitoral tão significativo ao estado de Massachusetts?Muito bem, isso significa que o voto de bloqueio democrata não totaliza sessenta votos. Mas porque é que eles necessitam desses votos?
Michael Moore: Bom, não se esqueça que formos governados por um presidente que mal chegava a ser um aluno medíocre. Ora bem, quando os governantes são estúpidos, sessenta votos valem por uma maioria de cem: "É isso, precisamos de sessenta votos", pensaram eles. Conseguiram de alguma forma convencer os norte-americanos de que sessenta são cinquenta.
Agora brincadeiras à parte, este é outro exemplo de como, no fundo, os Democratas são uma cambada de palermas. Não têm estofo. Não têm coragem de defender as suas próprias propostas. São repugnantes. Envergonham-me. Não quero ter nada a ver com eles. E se não recuperarem desta cobardia, terão uma grande surpresa em Novembro.
A entrevista completa está, em inglês e em vídeo, aqui.