segunda-feira, 17 de maio de 2010

Custos da visita do Papa

Apesar de não ser fácil fazer as contas, a visita do Papa a Portugal vai sair cara aos portugueses e isto muito à custa das tolerâncias de ponto decretadas pelo governo.
Numa altura em que vão ser pedidos mais sacrifícios financeiros à população, esta medida quando juntada aos outros custos, faz da visita papal uma despesa equivalente ao aumento de 1% do IVA previsto para estes seis meses restantes do ano em curso. Dá para pensar...

Os custos:
Nazareno do Carmo, vereador da câmara de Ourém com o pelouro de Fátima, adiantou à Lusa que no final da última reunião de trabalho da preparação da peregrinação de Bento XVI, que reuniu 24 entidades em Fátima, os investimentos em curso situavam-se “na ordem dos 500 mil euros”.

Cerca de 200 mil euros é o custo estimado pela Comissão Organizadora da visita papal para a celebração da missa no Terreiro do Paço, em Lisboa. No entanto, a mesma comissão apressou-se a explicar que este gasto deverá ser reembolsado na totalidade graças aos donativos de particulares, empresas e às verbas reunidas no peditório realizado durante a missa.

Os custos de uma tolerância de ponto são difíceis de calcular, uma vez que à redução da produtividade (por se perder um dia de trabalho) se deve juntar sempre o ganho para o comércio e turismo (quando as pessoas não trabalham têm tendência para consumir mais). No entanto, Luís Bento, professor de Recursos Humanos na Universidade Autónoma de Lisboa, estima que um dia de paragem custe ao País 72 milhões de euros. Os feriados e as pontes de 2010 (22, no total) representam 1% do Produto Interno Bruto (o que corresponde a 1,60 mil milhões de euros), nas contas deste antigo consultor do Banco Mundial. Assim se chega aos 72 milhões de euros por um dia, ou aos 36 milhões por uma tarde ou uma manhã.

Há que ter em atenção que esta tolerância de ponto foi concedida apenas à função pública, ou seja, a 12,5% da população activa. Mas seria errado calcular o seu custo apenas no que diz respeito à administração pública. "Acontece que as tolerâncias de ponto da função pública são replicadas pelo sector privado quase automaticamente, sendo muito difícil isolar os efeitos", explica Luis Bento.

Ainda não é possível apurar os custos da mobilização de 8000 agentes da PSP, da utilização do helicóptero da Força Aérea para transporte do Papa, dos aviões caça que o acompanharam, entre outros elementos.

O facto de haver zonas de exclusão aérea durante a visita do Papa não obriga ao cancelamento de voos, segundo a NAV. Logo, não há custos acrescidos.

Os 2 000 mupies, 200 outdoors de grandes dimensões e mil pendões publicitários que invadiram a região da Grande Lisboa desde o dia 5 de Maio, alusivos à vinda do Papa, terão custado cerca de 109 mil euros.
Fonte:http://octopedia.blogspot.com/

Realmente com a quantidade de desemprego, déficit, e salários mediocres, acompanhados de um custo de vida em crescente aumento. O que Portugal precisava era de gastar milhões na visita do papa....Claro que a visita do papa foi aproveitada pelo Governo português para anunciar o aumento dos impostos, e de mais um "apertar do cinto", enquanto o povo está anestesiado. Esta visita não podia ter calhado em melhor altura para o Governo...

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