Nazareno do Carmo, vereador da câmara de Ourém com o pelouro de Fátima, adiantou à Lusa que no final da última reunião de trabalho da preparação da peregrinação de Bento XVI, que reuniu 24 entidades em Fátima, os investimentos em curso situavam-se “na ordem dos 500 mil euros”.
Além da limpeza e arranjo de ruas e zonas verdes, a verba terá ainda que cobrir as despesas com o aluguer de grades de protecção para ordenação do tráfego rodoviário - cerca de 4000, metade das quais emprestadas - ou de 58 casas de banho portáteis.
“Há investimentos que estamos a fazer que não temos a certeza se iremos ter, digamos, um orçamento extra para os cobrir”, reconheceu o vereador, revelando-se, no entanto, esperançado de que a presença esta semana no concelho do secretário de Estado da Administração Local possa “trazer algumas boas notícias e algum dinheirinho extra”.
Apesar dos problemas de ordem financeira, Nazareno do Carmo salientou que se trata de uma “situação de excepção” e reiterou a disponibilidade da câmara em que “tudo corra bem e que saiam dignificados o nome, quer do país, quer da cidade de Fátima e do município de Ourém”. “Fátima, neste momento, mas não só, nos períodos de picos mais altos, é o espelho deste país para muita gente que nos visita de todo o mundo”, declarou, acrescentando que nesse sentido a cidade tem obrigação de se apresentar nas “melhores condições”.
O vereador adiantou que, no início do mandato, um levantamento sobre as necessidades da cidade-santuário apontou para a necessidade de investimentos na ordem dos 30 milhões de euros. “Os custos estão determinados mas as limitações são muitas”, comentou, garantindo que está tudo a postos para receber o papa.
Nazareno do Carmo considerou que o número de peregrinos pode ser inferior ao de outras visitas papais, devido ao facto de o percurso de Bento XVI também integrar as cidades de Lisboa e Porto. “Penso que virá menos gente do que aquilo que se fala”, comentou, salientando a este propósito a presença do Chefe de Estado do Vaticano no Porto, sendo que “o norte é o grande mercado de Fátima”.
Sobre os meios envolvidos, o autarca lembrou que “o nível de risco em grandes concentrações é muito mais complicado e muito mais arriscado do que há 10 ou 15 anos”, frisando que “nessa perspectiva” tudo está a ser programado “para que não haja surpresas”. “Hoje tudo o que se faz tem de ser feito com mais segurança”, concluiu.
Fonte: Público
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