quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Liberdade à Americana


A 26 de Outubro de 1886 foi inaugurada na entrada do Porto de Nova Iorque a Estátua da Liberdade tendo esta o significado de “A Liberdade Iluminando o Mundo”, esta foi um presente dado por Napoleão III, como prémio aos Estados Unidos após uma batalha vencida contra a Inglaterra. Mas será que os governantes americanos têm conseguido iluminar o mundo com liberdade?
A minha resposta é NÃO!!
Este é o país que vende cerca de 70% de todo o armamento produzido no mundo, só até Setembro deste ano os EUA angariaram 40 mil milhões de Dólares com a venda de armas. Os EUA desde sempre descobriram “motivos” para fabricarem guerras, de forma a retirarem lucros destas, sobre o pretexto de dar “liberdade” às populações oprimidas locais. A ideia é boa não fossem os EUA só oferecerem liberdade em países onde conseguem ter uma segunda intenção…a preferida é o controlo de poços de petróleo.
O pretexto da guerra do Iraque são as armas de destruição maciça, mas o seu objectivo é o petróleo, é hoje um facto mais que provado que não há armas de destruição maciça no Iraque, nesta guerra já morreram desde o começo da invasão em Março de 2003, mais de 4000 soldados americanos e mais de 1500 funcionários e civis americanos…mas os números não acabam aqui para os EUA ainda há cerca de 30 mil soldados feridos e mais de 100 mil ex-combatentes que voltaram com traumas de guerra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou em Janeiro de 2008 que o número de civis mortos violentamente desde o início da invasão estaria oscilando entre 104 mil e 223 mil….Quantos barris de petróleo valerão todas estas mortes? Quanto aumentou a riqueza de poucos, com a morte de tantos? E será que os que morreram sabem porque morreram?
Os iraquianos para deixarem de sofrer os efeitos de uma ditadura sanguinária imposta por Saddam Hussein, passaram a sofrer na pele o efeito de uma ditadura capitalista imposta pelo mundo ocidental, qual delas a pior para os iraquianos, que durante todo o processo foram sempre esquecidos.
Mas após a conclusão que não haviam armas de destruição maciça os dirigentes dos EUA, responderam dizendo que tinham levado a democracia a mais uma nação…só há uma resposta para tamanha benevolência americana; GOD BLESS AMERICA!!!

Crise!!!

Ora, aqui está uma bela explicação para o que é a "CRISE"....

O CAPITALISMO NÃO RESULTOU, ARRANJEMOS OUTRA SOLUÇÃO!!!
ANTIFA!


ela - 15 dólares por um copo ?
Calvin - Sim, 15 dólares ! Queres um?
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ela - Mas, como é que justificas 15 dólares por uma limonada ?
Calvin - Lei da oferta e da procura
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ela - Mas, onde é que está a procura !? Não vejo nenhuma procura!
Calvin - Há muitíssima procura !
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ela - Sim ?
Calvin - Claro ! Como único accionista nesta empresa, PROCURO enormes lucros para o meu investimento!
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Calvin - E como presidente e manda-chuva desta empresa, PROCURO um salário anual exorbitante !
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Calvin - E como sou o meu próprio empregado, PROCURO um alto salário e toda a espécie de regalias que a companhia possa dar ! E além disso hà gastos indirectos e custos de produção elevados!
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ela - Sim, mas isso é apenas um limão dentro de água da torneira !
Calvin - Pois, mas tenho que reduzir os custos nalgum lado se quero ser competitivo
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ela - E se fico doente por beber "isso" ?
Calvin - "Não há garantias" é o nosso lema ... Além disso, tinha que vendê-lo mais caro se tivesse que cumprir com a Sanidade e o Meio Ambiente!
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ela - Tu estás é mal da cabeça ! Vou para casa beber uma coisa qualquer
Calvin - Está bem !! Deixa-me sem trabalho e sem negócio! É gente anti-sistema como tu é que arruína a economia!
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Calvin - Preciso de um subsidio.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Constituição da República


Artigo 21.º
Direito de resistência


Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Homenagem ao "Zé da Messa"




José Carvalho - o "Zé da Messa", como era conhecido por todos - fez parte da Comissão de Trabalhadores da Messa, a empresa de máquinas de escrever que em tempos foi o maior empregador no concelho de Sintra, com mais de mil e quinhentos trabalhadores. Em 1985 fechou portas, deixando centenas de pessoas com salários em atraso. Nos anos seguintes, o Zé da Messa foi um dos activistas que organizaram a luta pelos direitos destes trabalhadores.

Dirigente do PSR desde o fim dos anos 70, José Carvalho foi um dos impulsionadores do trabalho antimilitarista do partido, após ter participado nos SUV - Soldados Unidos Vencerão, um movimento de militares pela democracia nos quartéis constituído em 1975. Doze anos mais tarde, foi um dos responsáveis pela organização dos concertos do bar das Palmeiras, que envolveu dezenas de bandas rock contra o serviço militar obrigatório. Foi num destes concertos que viria a ser assassinado pela extrema-direita.

A 28 de Outubro de 1989, José Carvalho é esfaqueado mesmo à porta da sede do PSR, na Rua da Palma em Lisboa, vindo a falecer. Tudo terá acontecido quando um grupo de skinheads de extrema direita oriundo da Margem Sul, forçou a entrada na sede do partido, onde estava a decorrer um concerto inserido numa campanha anti-militarista promovida pelo PSR.Os militantes tentaram impedir a entrada do grupo, e no meio da confusão e das agressões, José Carvalho cai no chão vítima duma facada no peito. A Polícia Judiciária faz algumas detenções, enquanto que algumas vozes defendem que o crime teve motivações políticas. Pedro Grilo,o assassino, seria condenado dois anos depois por todas as instâncias jurídicas, bem como alguns dos seus cúmplices.

Vamos todos prestar homenagem a este grande antifascista no DIA 30 DE OUTUBRO, NA CAIXA ECONÓMICA OPERÁRIA, ÀS 21H30.

NÃO ESQUECEREMOS!!!!
ANTIFA SEMPRE!

Israel VS Palestina


A interminável sequência de ataques suicidas palestinianos, seguidos de retaliações pesadas das forças armadas israelitas confere ao conflito dimensões que ultrapassam a disputa pelo território da antiga “terra prometida”. O número de vítimas inocentes e as perdas causadas pela ocupação recorrente das cidades palestinas acirram ainda mais os ânimos agressivos que fortalecem os grupos extremistas dos dois lados e, assim, afastam cada vez mais as perspectivas de um acordo justo e negociado. Pelos meandros tortuosos da mente e do comportamento dos principais actores envolvidos no conflito, a situação deteriorou-se a tal ponto que está a exigir um esforço concertado da comunidade internacional no sentido de colocar um ponto final à matança e obrigar os dois lados a sentar, novamente, à mesa de negociações para dialogar até superarem os impasses actuais. Observadores e analistas do conflito confundem-se no auge das argumentações e justificações dos respectivos porta-vozes. Os palestinos justificam os ataques suicidas como respostas necessárias aos assassinatos selectivos de lideranças do Hamas e Jihad Islâmico pelo exército de Israel. Cada ataque provoca retaliações inviabilizando as frágeis tentativas de entendimento dos representantes dos governos.

Como acontece quando os sentimentos de ódio e de vingança conseguem calar a voz da razão, particularmente na cultura do Médio Oriente onde o ditado “Olho por olho, dente por dente” ainda é profundamente enraizada, cada novo incidente parece afastar ainda mais as hipóteses de um acordo. Os dois lados perdem de vista os fins, ou seja, o convívio pacífico de dois estados, com fronteiras seguras e garantidas pela Organização das Nações Unidas. Isto pressupõe a criação de um estado palestino ao lado do estado de Israel, plenamente reconhecido pelos palestinos e outros países árabes, como único caminho para restabelecer a paz e a segurança na região, para que suas populações sofridas possam finalmente trabalhar, produzir e (re)construir um convívio humano de cooperação, respeito mútuo e de solidariedade.
Indubitavelmente, a imensa maioria dos dois povos condena a violência e aspira viver em paz, uma mensagem que finalmente parece ter chegado ao primeiro ministro palestiniano, Ismail Haniyeh e ao israelita, Benjamin Netanyahu, quando até o chefe do estado maior das forças armadas de Israel, Gabi Ashkenazi, exigiu em público uma atitude mais positiva do governo quanto aos possíveis entendimentos com a liderança palestiniana. Como ponto de partida, convinha admitir que nenhum dos dois lados consegue um controle total sobre seus respectivos extremistas e, portanto, uma vez iniciadas as negociações, estas deveriam prosseguir mesmo com incidentes e reações por parte de extremistas no sentido de criar obstáculos ao processo de paz.
Para uma melhor compreensão da dinâmica do conflito e de suas origens não basta analisar e discutir os argumentos míopes e cartesianos apresentados por certas lideranças políticas e a imprensa dos dois lados.
A oposição dos palestinianos ao estabelecimento de colónias agrícolas colectivistas na Terra Santa data desde o início do século XX e prosseguiu esporadicamente, acompanhada de lutas armadas, nas décadas de 20 e 30, até a criação do estado de Israel, em 1948, pela resolução das Nações Unidas. Foi proposta a partilha do território de 27.000 quilómetros quadrados, até então sob mandato britânico, em dois estados. A rejeição da proposta pelos estados árabes vizinhos e a invasão do país pelas tropas do Egipto, Síria, Iraque e Jordânia levou à primeira guerra contra o estado judeu que terminou com um armistício em 1949, mas sem um tratado de paz. A sequência de confrontos militares em 1956, 1967 e 1973, entremeados por várias Intifadas e a invasão do Líbano, que em 1982 provocou inúmeras vítimas dos dois lados.
Importa ressaltar o papel dúbio e as políticas contraditórias dos países árabes na luta dos palestinianos. Instigando a liderança palestina a recusar qualquer acordo através de negociações, forneceram armas em catadupa, sem contudo estimular e financiar o desenvolvimento do território ocupado pela população palestiniana, na margem ocidental do rio Jordão. Pior ainda, em Setembro de 1970, as tropas jordanianas massacraram 20.000 palestinianos e, em 1982, provavelmente com a conivência das tropas israelitas, as milícias libanesas cometeram o massacre de Sabra e Chatila, nos subúrbios de Beirute. Nem os acordos e consequentes tratados de paz com o Egipto de Anwar Sadat e o reino Hashemita de Hussein foram suficientes para influenciar os outros países, mais agressivos e radicais, a tentar uma aproximação com o estado de Israel.

As sucessivas tentativas de trazer os dois litigantes à mesa de negociações – Camp David, Oslo, Wye Plantation – sob o patrocínio dos Estados Unidos, fracassaram, dando início a um novo ciclo de violência. Quando tudo indicava que um acordo estava perto nas negociações entre Ehud Barak e Yasser Arafat, este último endureceu sua posição e rejeitou a proposta israelita que, segundo os observadores internacionais, teria sido um ponto de partida favorável para o encerramento das hostilidades e os primeiros passos para um longo e intenso processo de negociações. A intransigência dos palestinianos, além de causar a demissão de Barak, levou a maioria da opinião pública israelita a apoiar Ariel Sharon e suas políticas agressivas, inclusive a expansão dos assentamentos de colonos judeus nos territórios do futuro estado palestino.
Como interpretar essa política radical e contraditória dos países árabes e islâmicos em relação ao conflito palestino–israelita? Tratam-se de sociedades semifeudais e autocráticas que reprimem quaisquer movimentos populares que procurem a emancipação e a construção de democracias regidas pela Carta das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos. Com excepção do Líbano, são sociedades dominadas por governantes que exercem o poder de forma absolutista, sem as garantias mínimas de liberdade de opinião, de organização sindical ou política e dos direitos de mulheres e de minorias. Para esses governantes, o movimento de libertação da Palestina é vislumbrado como uma ameaça aos seus regimes autoritários, porque um estado democrático e secularizado na Palestina constituiria o fermento para a consciêncialização e a resistência à opressão política, mal disfarçada pela doutrina religiosa da Sharia – a lei do Corão. Estupidamente, as sucessivas lideranças israelitas ignoraram esse aspecto da luta pela libertação nacional, ainda que tardia, dos palestinianos e procuraram acordos com os reis e sultões absolutistas, de Marrocos, da Jordânia e dos emirados do Golfo Pérsico.
É mais uma ironia da História que os judeus, que só tardiamente conseguiram seu estado nacional, tentem resistir às aspirações legítimas dos palestinos de construir seu estado. No mar de absolutismo e de intolerância do Médio Oriente e da maioria dos países islâmicos, um futuro estado palestino democrático, será um factor de efervescência e de estimulo a transformações sociais e culturais inevitáveis na nossa era de globalização.
Para o avanço das negociações, a participação activa da sociedade civil dos dois lados é absolutamente indispensável, para conter os extremistas e pressionar os governantes de manter abertos os canais de negociação.
A presença de mais de 100.000 israelitas na comemoração do aniversário da morte de Rabin, assassinado por um fanático religioso, é eloquente a respeito do desejo da população israelita por paz e segurança. Seria de fundamental importância que houvesse manifestações semelhantes do lado palestiniano
Aos pessimistas devemos apontar os exemplos da História contemporânea de pacificações após anos de conflitos sangrentos, tais como a da Irlanda do Norte, do Sri Lanka e, sobretudo, do conflito secular entre França e Alemanha que, depois de três guerras (1870-71, 1914–18 e 1939–45) responsáveis por milhões de vítimas, chegou a uma solução pacífica resultando na criação da União Europeia.
O mundo caminha, apesar de resistências e obstáculos, em direcção a uma integração cada vez mais estreita de povos, em que o estado nacional, as fronteiras geográficas e as mentalidades xenófobas perdem gradualmente peso e importância. Apesar do desenvolvimento cultural e político assíncrono das nações, particularmente do Terceiro Mundo, não pode haver dúvidas quanto à necessidade inadiável de cooperação em todas as esferas de vida social para assegurar a sobrevivência da humanidade.
A criação de um estado palestiniano, democrático e secularizado, tenderá a acelerar as transformações culturais e políticas no Médio Oriente, actuando ao mesmo tempo como travão ao consumo de desperdício e a corrida armamentista irracional, que consomem a maior parte dos lucros auferidos com a extração e venda de petróleo. A violência das armas pode resultar em ganhos transitórios, mas o ódio e o desejo de vingança pelos mortos e destruições perduram por gerações.
O exemplo das sociedades ocidentais é rico em ensinamentos a respeito da evolução lenta, mas irresistível, da História. Aproximadamente há trezentos anos atrás, a Europa apresentava um quadro de guerras intermináveis entre reis e príncipes feudais cujas riquezas e poderio estavam baseados na exploração impiedosa dos seus povos e, em alguns casos (Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra), na espoliação e extermínio em massa das populações indígenas na América Latina, na Ásia e na África, cujos habitantes foram caçados, algemados e transportados para servirem de escravos. Ironia da História, as riquezas produzidas pela mão de obra escrava permitiram à burguesia comercial em ascensão a reivindicar e conquistar do estado absolutista os direitos civis, a liberdade e a igualdade perante a Lei.
Visto sob esta perspectiva, o conflito entre palestinianos e israelitas deve ser reconduzido à mesa de negociações. A superioridade de armas pode vencer batalhas, mas não garante o desfecho de uma guerra cujo objectivo só pode ser a paz e o convívio pacífico de todos num mundo em que a diversidade cultural e o respeito pelos direitos humanos prevalecerão como princípios máximos a regerem as relações entre países e povos. Para isto, deve-se cessar a demonização mútua e mostrar disposição de negociar sem estabelecer condições prévias do tipo sine qua non (do latim “sem o qual não pode ser”).
Na mesa das negociações, serão devidamente equacionados e encaminhados os problemas que actualmente impedem um princípio de acordo entre os litigantes. A criação de um estado palestino mediante delimitação das fronteiras sob a supervisão das Nações Unidas, será acompanhada de um explícito reconhecimento do estado de Israel, pelos palestinianos e por todos os países árabes. Na discussão do problema dos refugiados palestinos e seu direito ao “retorno”, além de considerar o caso de centenas de milhares de judeus expulsos dos países árabes após 1948, deverá ser explicitado que esse retorno se refere ao futuro estado da Palestina e não ao estado de Israel.
Os assentamentos de colonos israelitas nos territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza terão de ser desactivados, compensando-se os colonos pelos investimentos realizados e oferecendo-lhes oportunidades de novos assentamentos nos territórios de Israel.
Finalmente, quanto ao status de Jerusalém, reivindicada como capital pelos palestinos e por Israel. Sua soberania será dividida e compartilhada, como de facto já ocorre em função de factores demográficos e religiosos, resguardados os direitos de outras denominações religiosas de acesso aos seus lugares sagrados. Esta seria uma solução aceitável para os dois lados, representando um primeiro passo de transição para a paz. Estes seriam as principais medidas para atingir a paz, mas uma muito importante é acabar com o jogo de cabra cega hipócrita e falsas subtilezas que é posição dos Estados Unidos da América relativamente a este conflito. Os EUA embora tenham organizado encontros para mediar a paz querem que esta guerra continue visto que as suas empresas de armamento (que fornecem Israel), são dirigidas por judeus e o interesse económico é sempre, mas sempre superior a tudo resto. Enquanto os palestinianos e todos os países árabes dos arredores, se mantiverem hostis, os EUA têm motivos mais do que suficientes para os invadir sob falsos pretextos como ‘armas de destruição maciça’ e ficarem com os seus recursos naturais. Surpreendidos!? Não me digam que nunca tinham reparado na posição geográfica do estado de Israel!!!!
Ocorreu recentemente na Assembleia das Nações Unidas uma situação caricata que fez a comunidade internacional sorrir.Um representante de Palestina começou: "Antes de começar a minha intervenção, quero dizer-lhes algo sobre Moisés:- Quando partiu a rocha e inundou tudo de água, pensou, que oportunidade boa de tomar um banho! Tirou a roupa, colocou-a ao lado sobre a rocha e entra na água. Quando saiu e quis vestir-se, a roupa tinha desaparecido. Um Israelita tinha-as roubado."O representante Israelita saltou furioso e disse, "Que é que você está a dizer? Os Israelitas não estavam lá nessa altura." O representante Palestiniano sorriu e disse: "E agora que se tornou tudo claro, vou começar o meu discurso."
VIVA A PALESTINA LIVRE!

Luta na Europa - 1968


Os anos 60 são marcados por um regresso das forças de esquerda, excluídas do poder durante a década de 50. Tinha-se anunciado o fim da ideologia na década anterior, mas em 60 surgiram novas gerações de jovens intelectuais que redescobriram Marx, Lenine, Trotski , Mao e outros revolucionários.
Por toda a Europa a esquerda volta a subir os seus resultados eleitorais, isto nos países em que existiam eleições livres, o que leva a crer que foi como que uma radicalização do clima político perante os sucessos do capitalismo – crescimento económico e mais riqueza.
Assim, a década de 60 representou uma mudança nas políticas económicas e sociais, nem sempre elaborada por partidos de esquerda, em toda a Europa Ocidental: estabilização do estado-providência, pleno emprego, transferência da despesa pública da defesa para a protecção social. Estas mudanças ao serem feitas por coligações, tanto de centro-direita como de centro-esquerda, sugerem que as mudanças de política não dependem só da ideologia política dos partidos no poder, mas de circunstâncias sociais e económicas mais vastas, como a riqueza e a prosperidade de um país.
Para além desta viragem à esquerda nas políticas, os anos 60 caracterizam-se como uma época de agitação estudantil e que tem o seu ponto culminante na Primavera de 1968.

Movimentações em Inglaterra
Em Inglaterra, as manifestações contra a guerra do Vietname, que se desenvolvem na Primavera de 1968 (nomeadamente diante da embaixada americana em Londres, a 17 de Março), depois a campanha anti-racista que responde nos meios de extrema-esquerda ao discurso de exclusão do deputado Enoch Powell e pelos primeiros bandos de skinheads, não constituem senão a parte visível de um movimento profundo que procura pôr em causa os valores estabelecidos e o conformismo herdado da era vitoriana por toda um fracção da juventude britânica.
Na Grã-Bretanha estas movimentações sofreram pouca influência do Marxismo, uma vez que tinha pouca expressão, e nunca desembocaram numa colaboração com os sindicatos.

Uma Alemanha politizada
Na RFA, o movimento contestatário desenvolve-se, pelo contrário, com um carácter fortemente politizado. O antiamericanismo e a Guerra do Vietname tiveram a sua quota-parte, mas o elemento determinante foi a rejeição do parlamentarismo suscitada pela constituição, no fim de 1966, da “grande coligação” entre democratas-cristãos e sociais-democratas. Desde esta data começou a desenvolver-se na Alemanha toda uma nebulosa de movimentos e de grupúsculos que formam a oposição extra-parlamentar (APO) e cujos dirigentes recebem o apoio directo ou indirecto de intelectuais como o romancista Gunter Grass ou o filósofo Karl Jaspers, autor da obra Para onde vai a República Federal?, onde afirma que as burocracias partisans, constituindo-se em oligarquia, vão impor à RFA uma nova ditadura.
No decurso do ano de 1967, o movimento ganha amplitude no mundo estudantil, apoiando-se numa organização esquerdista dissidente a SPD, a Federação de Estudante Socialistas Alemães (SDS). Rejeitando todos os conformismos ideológicos, eles estão à procura de um socialismo humano e naturalmente libertário.

Maio Rompante em Itália
Em Itália a união parcial entre as “massas” e a união estudantil conferiu ao movimento uma espessura e uma duração que não teve em qualquer outro lugar - o Maio rompante que dura pelo menos até ao Outono de 1969, e favorece a radicalização do mundo operário num sentido libertário.
Em 1966 têm lugar em Trento as primeiras escaramuças da contestação esquerdista. No decorrer do ano seguinte, o movimento ganha outra amplitude e radicaliza-se, alcançando a Universidade de Pisa, depois a Universidade Católica de Milão e os estabelecimentos universitários turinenses, e em breve a maior parte dos da Península. Ainda aqui, as revindicações corporativistas e a crítica radical da sociedade capitalista conjugam-se com a denúncia da guerra do Vietname, enquanto florescem os grupos activistas e os manifestos de inspiração trotskista, maoísta ou libertária. E é, por fim do ano de 1968 que o apogeu da vaga contestatária está marcado com as suas assembleias-gerais tumultuosas, as suas manifestações violentas, os seus desfiles e os seus duros confrontos com a polícia.
O traço específico do movimento contestatário italiano é que a agitação estudantil não opera em circuito fechado, é paralelo ao desenvolvimento de um poderoso movimento de reivindicação operária, em osmose parcial com este.

A França da contestação estudantil e proletária
É em França que o movimento possui de longe maiores repercussões nos acontecimentos políticos, Daniel Cohn-Bendit, um dos primeiros ousados de Nanterre, vem directamente da Universidade de Frankfurt: o que não quer dizer, evidentemente, que se trata de qualquer forma fomentada além-Reno para desestabilizar a República gaulista. Simplesmente, a anterioridade do movimento alemão desempenha um papel importante num contexto que é feito das mesmas aspirações (uma maior liberdade dos costumes, mais justiça social), das mesmas revindicações universitárias (anfiteatros abarrotados, professores em insuficiente, comportamento autoritário dos professores, questões relativas a acessos e avaliações) e um questionamento idêntico da ordem social e da ordem política nacional e internacional.
Tendo partido da recém-criada Universidade de Nanterre, onde se iniciou a 22 de Março de 1968, propaga-se à Sorbonne no início de Maio, depois à maior parte das Universidades do país. Como na Alemanha, os “comités do Vietname” serviram de suporte a uma contestação da sociedade capitalista, diferente da que é feita pelos partidários da ortodoxia comunista, a qual é de igual modo violentamente atacada.
Na noite de 10 para 11 de Maio, a noite das barricadas, no decurso da qual se desenrolam no Quartier Latin verdadeiros combates na rua entre estudantes contestatários e forças da ordem. Três dias mais tarde estala a maior greve geral de toda a história francesa. Ela começa na fábrica Sud-aviation perto de Nantes, propaga-se a seguir às fábricas da Renault, e depois estende-se gradualmente à maior parte das manchas industriais e de serviços, muitas vezes com a ocupação dos locais de trabalho. No apogeu do movimento, estão envolvidos de cerca de dez milhões de trabalhadores. Os grevistas formulam múltiplas revindicações. A 27 de Maio, patronato e centrais sindicais concluem, sob a arbitragem do primeiro-ministro Georges Pompidou, os Acordos de Grenelle. Estes prevêem um forte aumento dos salários, a diminuição do tempo de trabalho e uma dos direitos sindicais na empresa. Mas eles são rejeitados pelos grevistas.
De modo que, de 27 de Maio a 10 de Junho, a crise torna-se política. A impotência do governo para resolver a crise social, o silêncio do general De Gaulle após a sua proposta de referendo, o pânico dos meios dirigentes, parecia concorrer para criar um vazio do poder. A 28 de Maio, estudantes e sindicalistas reclamam no estádio Charléty, profundas reformas das estruturas, enquanto François Miterrand se propõe a constituir um governo provisório. Mas o “desaparecimento” misterioso do general De Gaulle nos dias 29 a 30 de Maio, marca o início da contra-ofensiva do poder. A assembleia é dissolvida e é feita uma grande manifestação de apoio ao governo nos Campos Elísios. O trabalho é retomado a pouco e pouco e há um triunfo eleitoral da direita nas eleições que decorreram entre 23 e 30 de Junho.

A primavera de Praga
Em praga, ao contrário de qualquer dos movimentos anteriormente relatados, eram apoiados os novos comunistas reformistas, conduzidos por Alexander Dubcek, que tinha arrancado a liderança do Partido Comunista Checo das mãos do grupo pro-soviético de Antonin Novotny. O seu novo programa de Acção, de 5 de Abril de 1968, criticava o anterior governo e preconizava importantes reformas: mais espaço para as relações de mercado, mais instituições políticas representativas e mais tolerância face à dissidência. Prudentemente o Partido reafirmou a sua lealdade è URSS e o seu compromisso com o pacto de Varsóvia. Apesar dessas precauções, tomadas para tentar evitar a repetição do que acontecera na Hungria em 1956, as tropas soviéticas entraram na Checoslováquia a 20 de Agosto e restabeleceram uma administração pró-soviética.
Estes acontecimentos destruíram a possibilidade de um socialismo de rosto humano. Parecia que qualquer reforma significativa do comunismo teria de ter origem no interior da própria União Soviética – que foi o que Gorbatchev tentou na década de 80, tarde de mais para salvar o sistema. Algumas das reformas económicas em debate com Dubcek inspiravam-se em parte nos planos soviéticos, esboçados no fim da década de 50 e no início da década seguinte, que tentavam introduzir alguns elementos dos mecanismos de mercado na fixação dos preços, ao mesmo tempo que davam aos gestores uma maior liberdade de decisão. O afastamento de Krutchtchev em 64 e a sua subsituação pela liderança menos inovadora de Leonid Brejnev acabaram com a experiência.

Considerações finais
O epicentro desta agitação situa-se, sem dúvida, na França da era Gaullista em fim de governo, mas o seu campo de extensão foi bastante mais vasto. Esta crise do capitalismo liberal e da sociedade de consumo pouco afectou a vida política, excepto em França, mas teve fortes repercussões na transformação dos costumes, das mentalidades e da cultura.
Esta Europa da contestação é apenas um dos terrenos sobre os quais se desenvolve um enorme movimento contra o capitalismo tecnocrático e da sociedade de consumo, encarnados pelo modelo americano, ele próprio sujeito a uma crise de coesão interna devido à guerra do Vietname. O ano de 1968 foi, assim, marcado pela agitação que atinge quase simultaneamente a Europa, Japão e certos estados da América Latina, em particular o México, teatro de graves incidente por altura da abertura dos Jogos Olímpicos.
Esta geração Europeia que gozava de prosperidade e de liberdade constituiu o terreno mais propício a esta vaga contestatária. Ou seja, esses movimentos não foram motivados por uma crise da economia capitalista: ao contrário, era a época dita das “trinta gloriosas” (1945-75), dos anos de crescimento e prosperidade capitalista.
Uma geração cujos inimigos mortais foram o capitalismo, imperialismo, tecnocracia, alienação produzida pela sociedade unidimensional, que denunciam os seus mestres do pensamento – os Marcuse, Adorno e Wilhelm Reich, etc. -, e naturalmente a democracia liberal e o regime parlamentar, votados ao desprezo com a mesma vivacidade que tinham sido pela geração de 30.
No seu memorável livro sobre o Maio de 68, Daniel Singer capturou perfeitamente o significado de “acontecimentos”: “Foi uma rebelião total, colocando em questão, não tal ou tal aspecto da sociedade existente, mas os seus objectivos e meios. Tratava-se de uma revolta mental contra o estado industrial existente, tanto contra a estrutura capitalista como contra o tipo de sociedade de consumo que ele criou. Isso emparelhava-se com uma repugnância tocante a tudo o que vinha do alto, contra o centralismo, a autoridade, a ordem hierárquica.”

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reduzir engarrafados em plástico

A indústria da água engarrafada é uma das actividades que mais crescem no mundo, mesmo diante de uma grande crise financeira global. O competente marketing da indústria fixou no inconsciente das pessoas o mito de que a água engarrafada é mais segura e saudável.
Mas, se ignorarmos o mito, veremos que consumir água engarrafada, onde a água da rede é tratada e potável, é uma injustificável insanidade ambiental.
Três quartos dos portugueses consomem água engarrafada, embora a da rede tenha boa qualidade para consumo. Um fenómeno social em expansão, que também se verifica noutros países, e que não reflecte a evolução da qualidade de água, com melhorias consistentes nos últimos anos.
A conclusão é de um estudo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) que demonstra que o uso da água engarrafada para uso alimentar está generalizado em três quartos da população. Na mesma sondagem, 15% das pessoas afirmam comprar sempre água engarrafada; 59% reconhecem fazê-lo algumas vezes, ou seja, alternando o recurso à torneira com a garrafa. Só 25% respondem não à pergunta: "Costuma comprar água engarrafada?"
Milhares de toneladas de plástico são consumidas para produzir embalagens e muitas emissões CO2 para a atmosfera são feitas durante a produção e o transporte da água. O plástico, de que é feito a garrafa de água, é derivado de gás natural e petróleo. As moléculas são mais densas e, assim, os materiais não são renováveis e a sua destruição pode durar até 400 anos.
Não existe consumo sem impacto ambiental e com os engarrafados de plástico não é diferente. O consumo responsável e o consumismo alienado podem ser diferenciados pelo impacto do consumo e pela sua sustentabilidade, ou seja, é urgente reduzir ao máximo o uso de engarrafados em plástico.
Neste âmbito, pela voz de Catarina Albuquerque, a ONU propõe a utilização de bebedouros públicos e mais jarros de água nos restaurantes como formas de combater a utilização de água engarrafada.
Catarina Albuquerque afirmou: «É preciso promover o consumo de água da torneira, em prol da engarrafada que (devido à embalagem) é prejudicial ao ambiente».
Claro que a indústria não perde pitada e já foram lançadas, em Inglaterra, máquinas de venda de água sem ser engarrafada. É uma medida, tudo bem, mas a água é um bem comum e tem de ser gratuita e ao alcance de todos.





Juntos reduziremos o consumo de engarrafados.

Pelo planeta, pelo clima, por todos nós!

sábado, 24 de outubro de 2009

Afinal, quem são os animais "irracionais"??

Contra os maus tratos animais, SEMPRE!!!
Denuncia, torna-te activo!!

ANTIFA!


Entre el Atlantico y el Mar Mediterraneo,
hay una tierra de mar y mucho sol;
que desde antaño se viene practicando
una asquerosa y sucia tradición:
Un individuo vestido de payaso
tortura y martiriza hasta la muerte un animal,
y el graderio estalla de locura
cuando el acero anuncia su final.

(¡Oiooohh!)

Banderilleros, sedientos de violencia,
van torturando sin ninguna compasión;
los picadores prosiguen la matanza,
acentuando punzadas de dolor.
Malherido, embiste con bravura,
contra el frio del acero que destroza su interior.
Agonizando en un charco de sangre,
el puntillero remata la función.

¡¡Festejo!!
¡¡Criminal!!
¡¡Vergüenza!!

Torero, eres la vergüenza de una nación.
Torero, eres la violencia en televisión.
Torero, eres asesino por vocación.
Torero, me produce asco tu profesión.

(¡Oiooohh!)

Llamar cultura al sadismo organizado,
a la violencia, a la muerte o al dolor,
es un insulto a la propia inteligencia,
al desarrollo de nuestra evolución.
Tu indiferencia les hace poderosos;
manifiesta tu repulsa a la fiesta criminal.
No colabores con un juego de dementes,
¡taurinos al codigo penal!

¡¡Festejo!!
¡¡Criminal!!
¡¡Vergüenza!!

Torero, eres la vergüenza de una nación.
Torero, eres la violencia en televisión.
Torero, eres asesino por vocación.
Torero, me produce asco tu profesión.

(Uh oi)
(¡Olé! ¡Olé! ¡Olé!)

¡¡Festejo!!
¡¡Criminal!!
¡¡Vergüenza!!



Buenas noches, bienvenido al infierno animal
Pasen al laboratorio, les va a impresionar
En el nombre de la ciencia y la investigación
Prueba Draize LD50 o la vivisección
En el nombre del progreso, civilización
Sufrimiento y agonía, muerte, violación
Experimentación
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI! Brutalidad
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI! Aniquilar
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI!
¿Holocausto o ciencia en el reino animal?
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI! Brutalidad
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI! Exterminar
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI!
Yo me pregunto quien es más irracional
Animales mutilados, vísceras, dolor
Craneos, sangre y alaridos, carne de cañón
Si te importa esta movida y quieres ser su voz
Ponte en guardia y dales caña, somos más de dos
Experimentación
¡OI!¡OI!¡OI!¡OI!.
No escondais el cruel asesinato ¡NO!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Copenhaga 2009... Vamos exigir!!


"Milhões de pessoas de todo mundo juntam-se sábado em 144 cidades, entre as quais Lisboa e Porto, para exigir que o acordo climático de Copenhaga estipule uma redução da concentração de carbono na atmosfera rumo ao 'limite de segurança'.

A menos de dois meses de começar a cimeira de Copenhaga, na Dinamarca, onde se tentará chegar a acordo sobre o sucessor do Protocolo de Quioto, esta acção mundial visa sensibilizar os líderes políticos para a necessidade de o novo acordo prever a redução da concentração de dióxido de carbono (C02) na atmosfera para 350 partes por milhão (ppm), considerado o 'limite superior de segurança'.

Actualmente, os níveis de C02 na atmosfera situam-se entre 385 e 390 ppm e têm vindo a aumentar a um ritmo acelerado. De acordo com cientistas, especialistas em clima e governos progressistas em termos de ambiente, 350 ppm é o nível ideal para evitar os piores impactos do aquecimento global no planeta.

Além de Portugal, onde as principais acções estão marcadas para Lisboa e Porto, a iniciativa "350 - Dia de Acção Climática Global" decorre simultaneamente nas principais cidades de 144 países, assim como em lugares emblemáticos como a Grande Barreira de Coral da Austrália ou os Himalaias na Índia, onde os efeitos do aquecimento global estão a ser mais visíveis.

"Em Portugal também haverá iniciativas locais em Tomar, Braga ou no Alentejo", adiantou à agência Lusa o porta-voz do evento português, salientando que", com mais de 1700 acções em todo o mundo, esta iniciativa poderá tornar-se na maior acção ambiental de sempre".

Paulo Magalhães explicou que, além de visar sensibilizar os líderes mundiais a assinarem um acordo climático ambicioso e eficaz, esta iniciativa procura que as pessoas entendam "por que é que o '350' poderá ser o número mais importante para o futuro do clima e da humanidade".

Durante a Revolução Industrial, a "relação na atmosfera era de 260 partes de CO2 por milhão, valor que hoje já foi largamente ultrapassado e que está a aumentar duas partes por milhão cada ano. Se nada for feito, se não se tentar caminhar para a meta dos 350, a situação das alterações climáticas tornar-se-á irreversível", sublinhou.

A ideia em Portugal passa por, explicou, tanto na Praça do Império junto ao Monumento aos Descobrimento, em Lisboa, como no tabuleiro superior da Ponte D. Luís, em Gaia, "formar um '350' com pessoas, que, depois de fotografado por cima, será enviado para todo o mundo para dar conta do contributo português".

Questionado se acredita que a meta dos 350 ppm, ainda considerada por alguns especialistas uma meta ilusória, poderá ser atingida, Paulo Magalhães foi peremptório: "A questão é política, tudo é possível desde que haja vontade para isso".

De acordo com as previsões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), os níveis atmosféricos de C02 vão chegar aos 450-550 ppm até 2050, resultando em temperaturas mais elevadas e num aumento do nível do mar.

O organismo lembra que o acelerar do aquecimento do Árctico e outros impactos climáticos são prova de que, com os actuais níveis de gases poluentes, já foi ultrapassada a zona de segurança e que, se não forem tomadas medidas urgentes e mais ambiciosas, o mundo arrisca-se atingir pontos de viragem e impactos irreversíveis."

In http://www.ecoblogue.net/index.php?option=com_content&task=view&id=4046&Itemid=1


Aqui ficam as acções planeadas para Portugal:
Acção pelo Clima - 24 de Outubro
Gaia: às 15h no tabuleiro superior da Ponte D. Luís
Lisboa: às 15h no Padrão dos Descobrimentos
Herdade do Freixo do Meio (Montemor-o-Novo): às 9h30 em Foros de Vale Figueira, junto ao campo de futebol

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Declarações de Malalai Joya

"isto não é um parlamento, é um jardim zoológico" (dito no parlamento afegão)

"a bancada da maioria é composta por criminosos e corruptos" (dito no parlamento afegão)

"Confrontei-os com os seus crimes e por isso me expulsaram, fui insultada e ameaçada, inclusive de violação, e exigiram que pedisse desculpa para poder voltar" "Não ia pedir desculpa por dizer a verdade".

"Venho de uma terra de tragédia. Substituíram os talibãs por uma clique que chega ao poder com as mãos ensaguentadas e que fala de direitos humanos sem acreditar em nada disso"

"Por isso somos hoje o centro da produção de droga e um santuário para os terroristas"

Sobre o Nobel da Paz:
"um insulto à paz"
"O que é que ele fez pela paz nestes 9 meses? Está a ser o presidente da guerra. Olhem para o que se passa no Afeganistão, no Iraque, até no Paquistão onde os aviões não tripulados continuam os bombardeamentos".
"Obama devia pedir desculpa ao meu povo por esta 'guerra ao terror' que não é mais que uma guerra aos inocentes"

"a democracia nunca foi feita com a guerra"

"Eles dizem que se os ocupantes saírem vem aí a guerra civil. Mas nós já temos uma guerra civil hoje"

"As urnas ficaram todas nas mãos da mafia e dizia-se que o importante não é quem vota, mas quem conta os votos. O fantoche sem vergonha que é Hamid Karzai foi o escolhido para ganhar e assim continuar no poder"

"A educação é fundamental para a emancipação, e é isso que falta no Afeganistão"



terça-feira, 20 de outubro de 2009

Salazar o "Grande Português"

Muitos de nós ficaram chocados quando António de Oliveira Salazar foi eleito vencedor do concurso "Grandes Portugueses", em sua homenagem e para que os grandes feitos desse "Grande Portugês" não caiam no esquecimento, está de seguida um texto da Comissão "Abril Revolucionário e Popular" de 2002(Retirado de www.paginavermelha.org), o qual inclui uma lista de mortos pelo fascismo, depois de lerem vejam lá se o grande Salazar não mereceu ficar à frente por exemplo de Aristides de Sousa Mendes que só salvou 30 mil Judeus do inferno nazi.Desculpem a extensão do texto mas o nosso Salazar fez tantas coisas boas que não nos podíamos esquecer de nada.

* 1931, o estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;
* 1932, Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;
* 1934, Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve de 18 de Janeiro; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada durante a repressão da greve de 18 de Janeiro; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal
* 1935, Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
* 1936, Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
* 1937, Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
* 1938, António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
* 1939, Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
* 1940, Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
* 1941, Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
* 1942, Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
* 1943, Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
* 1944, general José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
* 1945, Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
* 1946, Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
* 1947, José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
* 1948, António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
* 1950, Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
* 1951, Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
* 1954, Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
* 1957, Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
* 1958, José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
* 1961, Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
* 1962, António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;
* 1963, Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
* 1964, Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
* 1965, general Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
* 1967, Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura na PIDE;
* 1968, Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
* 1969, Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
* 1972, José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
* 1973, Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
* 1974, (dia 25 de Abril), Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.

A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão. Mas ainda podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico. Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas. Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.

domingo, 18 de outubro de 2009

Pena de Morte!



Este tema, a pena de morte, é sempre polémico, diga-se, quiçá um pouco recorrente, e que de vez em quando vem a lume, sobretudo quando o nosso burgo, seja-me permitido a expressão, fica um pedacinho mais incomodado com algum crime mais horrendo cometido no seu seio, e em que por isso há uma necessidade da sua exorcização.Começo por dizer que, pessoalmente, sou contra a aplicação da pena de morte, em todo o tipo de situações.


"Nunca pode haver uma justificativa para a tortura, ou para tratamentos ou penas cruéis, desumanas e degradantes. Se pendurar uma mulher pelos braços até que sofra dores atrozes é uma tortura, como considerar o ato de pendurar uma pessoa pelo pescoço até que morra?" Rodolfo Konder


"O que é a pena capital senão o mais premeditado dos assassinatos, ao qual não pode comparar-se nenhum ato criminoso, por mais calculado que seja? Pois, para que houvesse uma equivalência, a pena de morte teria de castigar um delinquente que tivesse avisado sua vítima da data na qual lhe infligiria uma morte horrível, e que a partir desse momento a mantivesse sob sua guarda durante meses. Tal monstro não é encontrável na vida real." Albert Camus


"Quando vi a cabeça separar-se do tronco do condenado, caindo com sinistro ruído no cesto, compreendi, e não apenas com a razão, mas com todo o meu ser, que nenhuma teoria pode justificar tal ato." Leon Tolstói


"Pedirei a abolição da pena de morte enquanto não me provarem a infalibilidade dos juízos humanos." Marquês de Lafayette


" A pena de morte é um símbolo de terror e, nesta medida, uma confissão da debilidade do Estado." Mahatma Gandhi


"Mesmo sendo uma pessoa cujo marido e sogra foram assassinados, sou firme e decididamente contra a pena de morte.. Um mal não se repara com outro mal, cometido em represália. A justiça em nada progride tirando a vida de um ser humano. O assassinato legalizado não contribui para o reforço dos valores morais." Coretta Scott King, viúva de Martin Luther King


Os portugueses sentem-se muito orgulhosos pelas palavras de Vítor Hugo, em 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo), sendo daquele estas palavras; “Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos”

De facto, em Portugal, a abolição da pena de morte para os crimes políticos começa a ser discutida na sessão de 10 de Março de 1852 da Câmara dos Deputados, que viria a ser aprovada, e passou a estar consagrada no artigo 16º do Acto Adicional à Carta Constitucional. Curiosamente, em 3 de Julho de 1863, Ayres de Gouveia, vira a propor a supressão da figura do carrasco, “riscando do orçamento do Estado a verba de 49$­200 réis para o executor”, e apresentou uma proposta que visava a abolição da pena de morte em todos os crimes, incluindo os militares. Consta que em Abril de 1846, em Lagos, ocorreu a última execução de pena de morte. Em relação a crimes militares, vale a pena ler o livro de José Rodrigues dos Santos, “A Filha do Capitão”, em que este refere, e não pede segredo, que durante “a guerra de 14/18” foram assassinados vários militares que se recusaram a obedecer às ordens do comandos ingleses.A lei de 1 de Julho de 1867, aprovou a abolição da pena de morte para “todos” os crimes, exceptuados os militares – e que mereceu o aplauso de Vítor Hugo. A pena de morte por crimes militares viria também a ser abolida na Constituição de 1911, mas foi de novo restabelecida em 1916 para "caso de guerra com país estrangeiro, e que vigorou até 1976.Portanto parece que a alegria de Vítor Hugo aconteceu muito antes de tempo, ou seja, Portugal, só depois de Abril de 1974 aboliu definitivamente a pena de morte do seu regime jurídico penal.No Brasil a pena de morte foi morta em 1855 pelo imperador Pedro II, após a execução de Manoel da Motta Coqueiro, enforcado no dia 6 de Março de 1855, cuja inocência foi comprovada após sua morte. Actualmente, é prevista a pena de morte por fuzilamento para alguns crimes militares, somente em tempo de guerra. Em relação às outras ex-cólonias:

. Angola: Abolida para todos os crimes (desde 1992)
. Moçambique: Abolida para todos os crimes (desde 1990)
. Guiné-Bissau: Abolida para todos os crimes (desde 1993)
. Cabo Verde: Abolida para todos os crimes (desde 1981)
. São Tomé e Príncipe: Abolida para todos os crimes (desde 1990)
. Timor Leste: Abolida para todos os crimes (desde 1999)

O Protocolo nº 6 à Convenção Europeia dos Direitos do Homem no seu artigo 1º deste Protocolo, em vigor desde 1 de Março de 1985, escreve:

"A pena de morte é abolida. Ninguém pode ser condenado a tal pena ou executado"

E o artigo 2º:
"Um Estado pode prever na sua legislação a pena de morte para actos praticados em tempo de guerra ou de perigo iminente de guerra; tal pena não será aplicada senão nos casos previstos por esta legislação e de acordo com as suas disposições. Este Estado comunicará ao secretário-geral do Conselho da Europa as disposições correspondentes da legislação em causa".
Em 1995, eram os seguintes os países do Conselho da Europa que mantinham a pena de morte para crimes praticados em tempo de paz: Bélgica, Chipre, Grécia, Irlanda, Liechenstein e Turquia.Tem interesse dar uma vista de olhos pelos países que têm consagrado no seu regime jurídico a pena de morte, como sejam, salvo o erro:

• Afeganistão• Arábia Saudita• Argélia• Bangladesh• Belarus• Benin• Botsuana• Burkina• Birmânia• Burundi• Camarões• Casaquistão• China (excepto Hong Kong)• Congo• Coreia do Norte• Coreia do Sul• Cuba• Egipto• Emirados Árabes Unidos• Estados Unidos da América ( 38 dos 50 estados)• Etiópia• Gabão• Gâmbia• Gana• Guatemala• Guiana• Iémen• Índia• Indonésia• Irão• Iraque• Japão• Jordânia• Kuwait• Laos• Libéria• Líbia• Madagascar• Marrocos• Malauí• Mauritânia• Mongólia• Níger• Nigéria• Omã• Papua Nova Guiné• Paquistão• Peru• Quénia• Quirguízia• República Centro-Africana• Ruanda• Rússia• Síria• Somália• Suazilândia• Suriname• Sudão• Tailândia• Tanzânia• Togo• Tadjiquistão• Turcoménia• Uganda• Uzbequistão• Vietnam• Zaire• Zâmbia• Zimbabué.

O caso dos Estado Unidos da América é bastante paradigmático, designadamente os Estados do Sul que retomaram essa prática após uma breve interrupção durante os anos 70. Em Julho de 2005, 38 dos 50 estados dos EUA aplicavam a pena capital O Japão também continua a aplicar a pena de morte. A abolição na França data de 30 de Setembro de 1981.Seja como for, penso,que há um certo cinismo quando se aborda este tema. A maioria dos povos tende a condenar a pena de morte, mas admite com relativa facilidade o fuzilamento de um ser humano, quando muitas vezes se trata de um puro homicídio perpetrado com uma arma de fogo. O 5º mandamento da bíblia também é abolicionista, mas, em geral, as religiões, são bastante permissivas quanto às guerras “santas”.

Porquê Abolir a Pena de Morte?

A pena de morte deve ser abolida em todos os casos sem excepções.
. Ela viola o direito à vida assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
. Representa a total negação dos direitos humanos.
. É o assassinio premeditado e a sangue frio de um ser humano, pelo estado, em nome da justiça.
. É o castigo mais cruel, desumano e degradante.
. É um acto de violência irreversível, praticado pelo estado.
. É incompatível com as normas de comportamento civilizado.
. É uma resposta inapropriada e inaceitável ao crime violento. A pena de morte é tortura
. Uma execução constitui um atentado físico e mental extremo. A dor física causada pelo acto de matar e o sofrimento psicológico causado pelo conhecimento prévio da própria morte não podem ser quantificados.
Todas as formas de execução acarretam uma dor física. A injecção letal, que se pensava que poderia matar sem dor, foi estreada em 1998, na Guatemala, com uma execução em que o condenado demorou 18 minutos a morrer e que foi transmitida em directo pela televisão. A decapitação provoca imensa perda de sangue. A eletrocução provoca cheiro a carne queimada. O enforcamento provoca movimentos e sons perturbantes. Todas as formas de execução são desumanas.
É ainda necessário não esquecer que o condenado sofre uma dor psicológica inimaginável, desde o momento em que é condenado, até ao momento da execução. A pena de morte é discriminatória. A pena de morte é discriminatória e muitas vezes usada de forma desproporcionada contra os pobres, minorias e membros de comunidades raciais, étnicas e religiosas, atingindo inevitavelmente vítimas inocentes. Os prisioneiros executados não são necessáriamente os piores, mas aqueles que eram demasiado pobres para contratar bons advogados ou que tiveram de enfrentar juízes mais duros. A possibilidade de erro nunca pode ser descartada. Todos os sistemas de justiça criminal são vulneráveis à discriminação e ao erro. Nenhum sistema é, nem será, capaz de decidir com justiça, com consistência e sem falhas quem deverá viver e quem deverá morrer.
As discriminações e a força da opinião pública podem influenciar todo o processo. Enquanto a justiça humana for falível, o risco de se executar um inocente não pode ser eliminado. A pena de morte pode ser uma arma política. A pena de morte tem sido usada como uma forma de repressão política, uma forma de calar para sempre os adversários políticos. Em muitos destes casos, as vítimas são condenadas à morte após julgamentos injustos. Enquanto a pena de morte for aceite, a possibilidade de influências políticas manter-se-á.
Por outro lado, muitos políticos apoiam a pena de morte apenas para conseguirem mais votos; eles sabem que os eleitores desinformados e receosos pelos níveis de violência são entusiastas de pena capital. Pena de morte não é auto-defesa. A auto-defesa justifica, em alguns casos, mortes executadas por autoridades estatais, desde que se respeitem as salvaguardas legais aceites internacionalmente. Mas a pena de morte não é um acto de auto-defesa contra uma ameaça à vida; ela é a morte premeditada de um prisioneiro. Te, um efeito disuador duvidos, muitos governos tentam resolver problemas políticos e sociais executando prisioneiros. Muitos cidadãos não se apercebem que a pena de morte não oferece mais protecção, mas sim mais brutalização.
Os estudos científicos mais recentes sobre a relação entre a pena de morte e as percentagens de homicídios, conduzidas pelas Nações Unidas em 1988 e actualizadas em 1996, não conseguiram encontrar provas científicas de que as execuções tenham um efeito dissuasor superior ao da prisão perpétua.
Não é correcto assumir que as pessoas que cometem crimes graves o fazem depois de analisar racionalmente as consequências. Geralmente, os assassinatos ocorrem quando a emoção ultrapassa a razão, ou sob a influência de drogas ou álcool. Muitas pessoas que cometem crimes violentos são emocionalmente instáveis ou doentes mentais. Em nenhum destes casos o receio da pena de morte pode ser dissuasor. Além disso, aqueles que cometem crimes graves premeditados podem decidir fazê-lo, apesar do risco de serem condenados à morte, por acreditarem que não serão apanhados.
A forma de impedir estes crimes é aumentar as probabilidades de detenção e de condenação. A pena de morte impede a reabilitação A pena de morte garante que os condenados não repetirão os crimes que os levaram à execução, mas, ao contrário das penas de prisão, a pena de morte tem como risco o facto de os erros judiciais não poderem nunca ser corrigidos. Haverá sempre o risco de executar inocentes.
É também impossível saber se os que foram executados iriam realmente repetir os crimes pelos quais foram condenados. A execução retira a vida de um prisioneiro para prevenir eventuais crimes futuros, crimes que nem se sabe se voltariam a acontecer.
Ela nega o princípio da reabilitação.
Se a pena de prisão não garante que os condenados voltem a praticar os mesmos crimes depois de libertados, então é necessário rever as sentenças. A pena de morte não pode ser usada contra o terrorismo. Os responsáveis pela luta anti-terrorista e contra os crimes políticos têm repetidamente afirmado que a pena de morte tanto pode diminuir como aumentar estes tipos de crime.
As execuções podem criar mártires, cuja memória pode fortalecer as organizações criminosas; e podem ser uma justificação para vinganças, aumentando o ciclo de violência.
Muitos terroristas estão preparados para dar a sua vida por aquilo que reivindicam, podendo a pena de morte funcionar nestes casos como um incentivo. A decisão de abolir a pena de morte tem de ser tomada pelos governos e pelos legisladores, mesmo se a maioria da população for favorável à pena de morte. Isto é o que geralmente acontece. Depois de abolida a pena de morte, não é normal haverem reações negativas da população, e quase sempre a pena de morte fica definitivamente abolida.
Também a escravatura já foi legal e aceite; a sua abolição aconteceu depois de muitos anos de luta daqueles que, por motivos morais, lhe eram contrários. A luta contra a pena de morte está a ser ganha! O Direito à Vida Os Direitos Humanos são inalienáveis, isto é, são direitos de todos os indivíduos independentemente do seu estatuto, etnia, religião ou origem. Não podem ser retirados, quaisquer que sejam os crimes que eventualmente determinada pessoa tenha cometido. O respeito pelos tratados internacionais A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1948, em resposta ao terror e brutalidade de alguns governos, reconhece o direito de cada pessoa à vida, afirmando ainda que ninguém deverá ser sujeitado a tortura ou a tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante. A pena de morte viola estes direitos. A adopção de outros tratados regionais e internacionais tem apoiado a abolição da pena de morte.
Em conclusão, a pena de morte não faz sentido, nem nunca fará enquanto servir não, para fazer justiça, mas para injustiçar os pobres, as minorias étnicas e religiosas e para provocar terror psicológico sobre aqueles que não se querem vergar à vontade capitalista e fascista da ideia de meia dúzia de exploradores.

NÃO A PENA DE MORTE!
STOP DEATH PENALTY!
NON À PEINE DE MORT!
NO A LA PENA DE MUERTE!




sábado, 17 de outubro de 2009

Negócios à portuguesa

Muitos partidos usaram em campanha o slogan que as nacionalizações são um bicho horrível, que as empresas perdem competitividade, e que os “ comunas” querem é tomar conta disto, se não veja-se como se vive mal em Cuba, Venezuela, ou na China , e claro que não se vive bem (até porque para mim nunca houve na história um Estado Comunista, houve aproximações que derraparam rapidamente para um regime ditatorial e opressivo), mas é um argumento tão vazio como o PNR realizar manifestações pela segurança camuflando assim as suas intenções xenófobas.
Esses mesmos partidos esquecem-se de contar o resto da história aos meros cidadãos que só servem para pôr uma cruz para garantir um “tacho” e uma boa reforma antecipada, as nacionalizações não são a causa da crise, as empresas públicas são simplesmente mal geridas.
Como se quer que hajam bons gestores em empresas públicas se nestas empresas existem tectos salariais (cerca de 5 mil euros), um gestor de uma grande empresa como por exemplo a Sonae nunca iria trocar o seu ordenado milionário por 5 mil Euros numa empresa pública. As empresas privadas competem para conseguir os melhores gestores e administradores, porque não há-de o Estado entrar nessa corrida?
Como se quer que hajam empresas públicas competitivas se não há o mínimo rigor no controlo de custos e despesas, sempre que muda um administrador muda-se toda a frota de carros, fazem-se grandes viagens de “negócios” e grandes jantaradas, e no fim ainda exclamam com ar de gozo “ O Estado paga”. Estes senhores esquecem-se que estão a gerir uma empresa de todos nós, que trabalha com dinheiros de todos nós.
A última nacionalização feita em Portugal foi a do BPN, nesta “brincadeira” de interesses a Caixa Geral de Depósitos injectou 1400 milhões de euros em 3 meses para tapar um buraco financeiro que ainda hoje não se sabe o fim, e o estado português vai continuar a aplicar dinheiro no BPN. Por outro lado privatiza as “jóias” da coroa como por exemplo a GALP e a EDP, talvez essa a causa de pagar-mos tarifas de electricidade e de combustíveis das mais caras da Europa.
Com isto não quer dizer que eu queira nacionalizar tudo o que mexe, mas as maiores empresas portuguesas têm que ser do Estado, as empresas privadas são muito importantes para a fixação dos valores de mercado, e têm que existir sempre, para viver-mos num mercado de concorrência perfeita.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ganância capitalista

Vivemos num mundo liderado e comandado por dinheiro, qualquer coisa que façamos está completamente dependente desse bocado de papel ou de metal. Hoje em dia não podemos contornar o dinheiro, temos de viver com o fardo de que para viver temos de fazer alguma coisa que nos dê dinheiro. É este o nosso fado…
Numa economia dependente do dinheiro há que ter dois aspectos em conta:
- Existirão sempre patrões e trabalhadores;
- Uns ganharão mais do que os outros.
Estes dois aspectos são certinhos e considero-os justos e passo a explicar. O investidor é aquele que põe o seu dinheiro em risco para a criação de um negócio que poderá não correr bem e através do qual poderá perder o seu dinheiro. O trabalhador ajudará esse negócio a crescer, a ser desenvolvido e a prosperar para que o investidor não perca o seu investimento. Aqui, ambos, são responsáveis pelo negócio e sem um o outro não funciona, e vice-versa. É uma relação de necessidade.
O que acontece hoje em dia é que os senhores que têm o dinheiro, uma vez que conseguem investir e criar emprego, se aproveitam dos trabalhadores para os explorar, tendo lucros astronómicos. É necessário haver um peso e uma medida, para que não existam estas discrepâncias salariais. Ou seja, o bom senso de reduzir os lucros do investidor e proporcionar um melhor salário àqueles que tanto contribuem para o desenvolvimento da empresa. Se os patrões não tivessem a ganância de tirar os maiores lucros possíveis e pagassem melhor aos trabalhadores todos ganharíamos. Existiria uma sociedade mais igual e com menos fossos sociais. Mas a ganância do lucro impera e enquanto assim for, cada vez viveremos pior:
Uns que terão tudo e os outros que terão pouco ou nada!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Se é isto a Paz... Parabéns

E o Nobel da Paz vai para… (soam os gongos)
-Mr. Barack Obama, president of the U.S.A.
Pois foi… O Senhor Obama ganha, assim, o prémio Nobel da Paz.
Acho que foi como reconhecimento daquilo que nunca fez pela paz mundial. E mais, por aquilo que promete fazer para que a Paz não venha a existir no Médio Oriente. São exemplo disso: o não fecho de Guantánamo e o envio de mais tropas para o Afeganistão. Estas medidas conduzirão, segundo a academia de notáveis do Prémio Nobel, para a Paz Mundial e serão cruciais para que o mundo viva melhor. Interessante opinião, a de que uma pessoa que contribui directamente para que haja um clima de tensão entre médio oriente e ocidente ganhe este prémio.
Barack Obama foi visto, aquando da sua eleição, como a lufada de ar fresco numa política suja que dominava no E.U.A., mas começa-se a chegar à conclusão que foi fogo-de-vista e que a linha anterior será seguida. Teremos mais anos de guerras, de prisões ilegais, de violações dos direitos humanos nessas mesmas prisões, de voos ilegais, de aumento da poluição e de pena de morte.
Mas se é isto a paz resta-me congratular o presidente Obama e dar os parabéns à merda de mundo em que vivemos.


Leiam isto:
Texto de Noam Chomsky sobre Obama: "Por quanto tempo se podem manter as ilusões"
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=13608&Itemid=28

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O que faz falta...

Somos herdeiros de uma geração que lutou, arriscou a vida e alguns até a perderam
pelo ideal em que acreditavam - a democracia. Faziam-se manifestações, organizavam-se concertos, conspirava-se em todo o sítio possível, mascaravam-se artigos e músicas para passarem na censura. Enfim, fazia-se de tudo um pouco para alcançar um objectivo muito forte e definido. Muitos de nós já ouvimos os nossos pais ou avós contar uma história em que foram perseguidos ou não puderam fazer isto ou aquilo porque senão tinham a PIDE “à perna”, mas mesmo assim contornavam o regime e lutavam e faziam, mesmo correndo o risco. As histórias das passagens para Espanha, ou de alguém que montou uma manif anti-regime, ou alguém foi a um concerto do Zeca, ou organizou uma greve, ou comemorou o 1º de Maio. Verdadeira luta!
Estas histórias deviam inspirar-nos e fazer-nos questionar. Porque é que hoje em dia somos tão conformados?
Quando surge um novo código de trabalho que é injusto, que nos torna precários e que liberaliza os despedimentos. Temos de sair para rua e dizer: NÃO QUEREMOS! É vendida a GALP a privados. Temos de sair para rua e gritar: A TODOS O QUE É DE TODOS! Mais um hospital cedido aos privados. Temos de sair para rua e clamar: A SAÚDE É PÚBLICA! Aumentam-nos os transportes públicos e não nos aumentam os ordenados. Temos de sair para rua e gritar: VÃO-SE FODER!
O 25 de Abril deu-nos a oportunidade de mudarmos, contrariar a estagnação imposta pelo Estado Novo. Agora com tudo a nosso favor, temos direito a manifestções, não temos uma censura feroz, temos direito à greve, só nos resta aproveitar a liberdade que nos foi dada e lutarmos pela criação de uma democracia justa e verdadeira em que se governa para o povo.
Como geração herdeira de Abril temos esta obrigação! Deixarmos de ser "À boa maneira Portuguesa" e honrarmos os lutadores de Abril. Temos de ser os lutadores de todos os meses e de todas as causas que nos unem.
Temos de nos informar e participar activamente. Se a informação não passa nos media, há que criar os meios para que ela seja difundida. Cartazes, stencil, panfletos, jornais gratuitos, blogs. E tem de partir de cada um de nós procurá-la.
Estarmos atentos e partirmos para a luta na rua, sem medos e sem complexos. Perante um problema organizarmo-nos, lutarmos, gritarmos e revoltarmo-nos em prol dos nossos direitos.
Só assim, com uma sociedade informada, activa e organizada, será possível obrigar os políticos a sentirem o peso da revolta social e a verem que é para o povo que se governa.
Levanta-te e luta porque esta luta é urgente!

Massacre Animal

Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada. A violência, o sangue, a crueldade, jamais poderá ser considerado "arte" ou "cultura". A violência é a negação da inteligência.Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que se sustem na tradição), cujas vítimas directas são milhares de animais.É degradante ver que nas praças de touros torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional. Financiar esta ‘arte’ e tão ou mais criminoso quanto Portugal ser obrigado a importar metade da alimentação que consome, ou os bancos pagarem menos impostos. Os milhares de hectares desperdiçados a tentar manter bois em estado bravio, produziriam muito mais útil riqueza se aproveitados em produção agrícola, frutícola, etc. Uma minoria quer manter as touradas e as praças de touros, bárbara e sangrenta reminiscência das arenas da decadência do Império Romano. De facto nas arenas de hoje o crime é o mesmo: tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos para divertimento das gentes das bancadas. Só pode permanecer como tradição o que engrandece a humanidade e não os costumes aberrantes que a degradam e a embrutecem.


É de facto difícil afirmar o que é que um Touro sente numa tourada. No entanto, os estudos científicos feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes. O touro fica com nervos e músculos rasgados, e a quantidade de sangue que perde continuamente enfraquece-o. Não parece ser sensato pensar que isto pode ser agradável para o Touro, ou mesmo indiferente.O touro, tal como os outros mamíferos, ao ter sistema nervoso central tem capacidade para sentir dor, ansiedade, medo e sofrimento. E os sinais exteriores que mostra na arena denunciam essas emoções. Não é portanto razoável aceitar a ideia de que os Touros sofrem pouco numa tourada.
A tourada é a realidade portuguesa no entanto nos outros paises ‘culturalmente’ evoluídos o massacre é diferente. Falo dos golfinhos. Se no Japão os matam para comer de uma forma horripilante, na Dinamarca faz-se por emancipação dos jovens. Porque toda gente sabe que rasgar o dorso de um golfinho com um gancho faz de nós adultos. É fascinante ver o país mais tecnologicamente avançado do mundo que dispõe de soluções para ‘criar’ alimentação para o seu povo, massacrar animais com uma inteligência soberba só porque lhes sabe bem. Na Dinamarca quase não existe corrupção, mas no entanto deixam-se corromper pela sensação de mostar que são grandes, matar por emanciapação é tão maduro e evoluído como comparar o tamanho da verga no balneário ou contar as conquistas, mas isso não interessa porque EU SOU MAIS HOMEM.
Em conclusão, maltratar qualquer animal é errado e estúpido, mas se o homem se maltrata a sí próprio, porque não faze-lo aos seres inferiores.