segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reduzir engarrafados em plástico

A indústria da água engarrafada é uma das actividades que mais crescem no mundo, mesmo diante de uma grande crise financeira global. O competente marketing da indústria fixou no inconsciente das pessoas o mito de que a água engarrafada é mais segura e saudável.
Mas, se ignorarmos o mito, veremos que consumir água engarrafada, onde a água da rede é tratada e potável, é uma injustificável insanidade ambiental.
Três quartos dos portugueses consomem água engarrafada, embora a da rede tenha boa qualidade para consumo. Um fenómeno social em expansão, que também se verifica noutros países, e que não reflecte a evolução da qualidade de água, com melhorias consistentes nos últimos anos.
A conclusão é de um estudo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) que demonstra que o uso da água engarrafada para uso alimentar está generalizado em três quartos da população. Na mesma sondagem, 15% das pessoas afirmam comprar sempre água engarrafada; 59% reconhecem fazê-lo algumas vezes, ou seja, alternando o recurso à torneira com a garrafa. Só 25% respondem não à pergunta: "Costuma comprar água engarrafada?"
Milhares de toneladas de plástico são consumidas para produzir embalagens e muitas emissões CO2 para a atmosfera são feitas durante a produção e o transporte da água. O plástico, de que é feito a garrafa de água, é derivado de gás natural e petróleo. As moléculas são mais densas e, assim, os materiais não são renováveis e a sua destruição pode durar até 400 anos.
Não existe consumo sem impacto ambiental e com os engarrafados de plástico não é diferente. O consumo responsável e o consumismo alienado podem ser diferenciados pelo impacto do consumo e pela sua sustentabilidade, ou seja, é urgente reduzir ao máximo o uso de engarrafados em plástico.
Neste âmbito, pela voz de Catarina Albuquerque, a ONU propõe a utilização de bebedouros públicos e mais jarros de água nos restaurantes como formas de combater a utilização de água engarrafada.
Catarina Albuquerque afirmou: «É preciso promover o consumo de água da torneira, em prol da engarrafada que (devido à embalagem) é prejudicial ao ambiente».
Claro que a indústria não perde pitada e já foram lançadas, em Inglaterra, máquinas de venda de água sem ser engarrafada. É uma medida, tudo bem, mas a água é um bem comum e tem de ser gratuita e ao alcance de todos.





Juntos reduziremos o consumo de engarrafados.

Pelo planeta, pelo clima, por todos nós!

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