segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mais poder=Mais hipocrisia

Um novo estudo da Kellogg School of Management (“Power Increases Hypocrisy: Moralizing in Reasoning, Immunity and Behavior,” dirigido por Adam Galinsky) explora a questão das pessoas que detêm altos cargos de poder serem simultaneamente muito exigentes moralmente com os que estão abaixo na hierarquia mas muito pouco consigo mesmos.
«For instance, we saw some politicians use public funds for private benefits while calling for smaller government, or have extramarital affairs while advocating family values. Similarly, we witnessed CEOs of major financial institutions accepting executive bonuses while simultaneously asking for government bailout money on behalf of their companies.

Os investigadores também concluíram que esta hipocrisia moral é bastante mais significativa entre os que se consideram legitimamente poderosos, do que os que pessoalmente não sentem essa legitimidade. Estes são de facto mais exigentes consigo mesmos do que o são com outros – fenómeno designado pelos investigadores de “hipercrisia”. Múltiplos estudos realizados por esta equipa apontam esta tendência – a hipercrisia – como também sendo uma característica dos desprovidos de poder.
Finalmente, Galinsky aponta a importância que estes padrões morais e de comportamento têm no alimentar das desigualdades sociais:
«Em última instância, os padrões de hipocrisia e de hipercrisia perpetuam a desigualdade social. Os poderosos impõem regras e restrições aos outros enquanto ignoram essas restrições para si mesmos, ao mesmo tempo os que não têm poder colaboram na reprodução da desigualdade social porque não sentem o mesmo direito.»

Penso que não estarei a ir longe demais ao concluir que é a própria existência de hierarquias a fomentar a desigualdade social. Afinal, quer a maior incidência de hipocrisia, quer a de hipercrisia, tem origem nos diferentes papéis que a hierarquia leva as pessoas a representar.
Os poderosos, pela própria definição do atributo que os caracteriza, são os grandes responsáveis pela desigualdade. Sejam eles mais ou menos hipócritas, são eles os directos responsáveis pelas regras e pelas restrições que impõem à sociedade. Quanto aos outros, terão obviamente que aumentar as suas expectativas, o seu criticismo, a sua exigência e levar essa atitude até às últimas consequências.
Retirado de http://agitacao.wordpress.com/

Grande artigo para todos pensarem um bocado na hipocrisia que é a diferença de classes, já há empresas que têm organizações com hierarquias achatadas, ou seja há menos distância da base ao topo da empresa, o que significa que há mais comunicação, e menos discriminação e injustiças de tratamento. E as empresas que aplicaram este tipo de organograma, verificaram grandes melhorias de desempenho
Muitos acreditam que a luta de classes é coisa do passado e que hoje já não tem sentido, mas hoje a diferença de classes está mais evidente que nunca, basta as pessoas acordarem da indiferença e do conformismo em que estão.Até a nível politico isto é evidente, quantos são os lideres que se diziam socialistas ou comunistas, e com o poder se tornaram nuns fascistas, com regimes ditatoriais...basta irmos por exemplo ao continente africano e encontramos muitos destes "pseudo lutadores do povo".Neste mundo, falta honestidade aos lideres e ambição ao povo.

ANTIFA SEMPRE!

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