quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ergue o teu punho e cerra-o com força

Ergo o meu punho no ar, bem cerrado e sinto uma força que me preenche e me faz acreditar. É uma força que não consigo explicar. Sente-se capacidade de ir para a luta e fazer o nosso combate. Em várias situações o fazemos.

Quando soltamos um grito de raiva o punho cerra-se automaticamente.

Quando soltamos um suspiro de revolta o punho cerra-se automaticamente.

Quando fazemos um discurso para convencer alguém cerramos o punho.

Assim, ao puxarmos os dedos para a palma da mão – punho cerrado, é um símbolo directamente ligado à força, à luta e à resistência.

Todos estes pontos dão ao punho cerrado e erguido no ar uma conotação muito mais ampla do que política. Usamo-lo como foi visto nas mais diversas situações.

Claro que terá sempre uma conotação com a esquerda. É símbolo da força do proletariado como defendem os comunistas. É símbolo integrante da bandeira do Partido Socialista.

Mas deixemo-nos de lhe dar esta ligação. Um punho cerrado e erguido no ar é muito mais do que partidos e de ideologias.

Eu cerro o punho e ergo-o no ar sem complexos, sem medos de ser ligado a determinada ideologia. Ergo-o porque acredito nas minhas ideias de esquerda, na minha luta de esquerda, na resistência de uma esquerda moderna.

Revemo-nos em muitas ideias de alguns teóricos e mesmo em certas práticas é certo, mas temos de ver onde erraram e livrarmo-nos desses erros rumo à vitória.

O meu punho erguido é pluralismo, é livre de ideologias dogmáticas. Somos seres pensantes e livres. Cada um de nós tem capacidade de pensar e de ter ideias próprias. Somos capazes de saber o que cada símbolo significa e o significado que lhe atribuímos.

É um símbolo de todos nós, da nossa força e de resistência.

Ficam agora alguns punhos cerrados com os quais não me identifico.


O sócrates também cerra o punho enquanto nos atira areia para os olhos.
O Paulo Portas também cerra o punho quando nos fala de agricultura e engana com submarinos.

O Jerónimo... O Jerónimo tem de mudar a cassete. Um pouco de inovação e colocar as ditaduras pseudo-comunista e pseudo-socialistas no seu devido lugar.
A Manuela não só cerra o punho como os dentes. Devia estar a rasca, nem ela acredita no que estava a dizer.

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