Ateus geralmente são tidos como intolerantes, imorais, deprimidos, cegos para a beleza da natureza e dogmaticamente fechados para a evidência do sobrenatural.
Até mesmo algumas ‘mentes brilhantes’ deste mundo, defendem que o ateísmo “não deveria ser tolerado” porque, dizem eles, “as promessas, os pactos e os juramentos, que são os vínculos da sociedade humana, para um ateu não podem ter segurança ou santidade.”
Fantástico, vamos chamar intolerantes aqueles que usam o cérebro para pensar e não para absorver a propaganda que eles vomitam. Nos Estados Unidos ( a terra ‘livre’ mais intolerante de todas) uns impressionantes 87% da população alegam “nunca duvidar” da existência de Deus e menos de 10% identificam-se como ateus (e as suas reputações estão a ser destruídas).
Tendo em vista que sabemos que os ateus figuram entre as pessoas mais inteligentes e cientificamente alfabetizadas em qualquer sociedade, é importante derrubarmos os mitos que os impedem de participar mais activamente do nosso discurso nacional. Sendo os mitos mais conhecidos os seguintes.
Os ateus acreditam que a vida não tem sentido. Pelo contrário: são os religiosos que se preocupam frequentemente com a falta de sentido na vida e imaginam que ela só pode ser redimida pela promessa da felicidade eterna além da vida. Ateus tendem a ser bastante seguros quanto ao valor da vida. A vida é imbuída de sentido ao ser vivida de modo real e completo. As nossas relações com aqueles que amamos têm sentido agora, não precisam durar para sempre para tê-lo. Ateus tendem a achar que este medo da insignificância é... bem... insignificante.
Os ateus são responsáveis pelos maiores crimes da história da humanidade. Pessoas de fé geralmente alegam que os crimes de Hitler, Estaline, Mussolini e outros foram produtos inevitáveis da descrença. O problema com o fascismo e o comunismo, não era que eles eram demasiado críticos da religião, o problema é que eles eram muito parecidos com religiões. Tais regimes eram dogmáticos ao extremo e geralmente originam cultos a personalidades que são indistinguíveis da adoração religiosa. Os campos de concentração e os campos de extermínio não são exemplos do que acontece quando humanos rejeitam os dogmas religiosos, são exemplos de dogmas políticos, raciais e nacionalistas à solta. Não houve nenhuma sociedade na história humana que tenha sofrido porque seu povo ficou racional demais.
Os ateus são dogmáticos. Judeus, cristãos e muçulmanos afirmam que suas escrituras eram tão prescientes das necessidades humanas que só poderiam ter sido registradas sob orientação de uma divindade onisciente. Um ateu é simplesmente uma pessoa que considerou esta afirmação, leu os livros e descobriu que ela é ridícula. Não é preciso ter fé ou ser dogmático para rejeitar crenças religiosas infundadas. Como disse o Stephen Henry Roberts uma vez: “Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu”.
Os ateus acham que tudo no universo surgiu por acaso. Ninguém sabe como ou por que o universo surgiu. Aliás, não está inteiramente claro se nós podemos falar coerentemente sobre o “começo” ou “criação” do universo, pois essas ideias invocam o conceito de tempo, e estamos a falar sobre o surgimento do próprio espaço-tempo. A noção de que os ateus acreditam que tudo tenha surgido por acaso é também usada como crítica à teoria da evolução darwiniana, isto representa uma grande falta de entendimento da teoria evolutiva. Apesar de não sabermos precisamente como os processos químicos da Terra originaram a biologia, sabemos que a diversidade e a complexidade que vemos no mundo vivo não é um produto do mero acaso. Evolução é a combinação de mutações aleatórias e da selecção natural. Darwin chegou ao termo “selecção natural” em analogia ao termo “selecção artificial” usadas por criadores de gado. Em ambos os casos, selecção demonstra um efeito altamente não-aleatório no desenvolvimento de quaisquer espécies.
O ateísmo não tem ligação com a ciência. Apesar de ser possível ser um cientista e ainda acreditar em Deus (alguns cientistas parecem conseguir), não há dúvida alguma de que um envolvimento com o pensamento científico tende a corroer, e não a sustentar, a fé. Observando a população americana: A maioria das pesquisas mostra que cerca de 90% do público geral acreditam num Deus pessoal, no entanto, 93% dos membros da Academia Nacional de Ciências não acreditam. Isto sugere que há poucos modos de pensamento menos apropriados para a fé religiosa do que para a ciência.
Os ateus são arrogantes. Quando os cientistas não sabem alguma coisa (como por exemplo a criação do universo ou como a primeira molécula se formou), eles admitem. Na ciência, fingir saber coisas que não se sabe é uma falha muito grave. Mas isso é o sangue vital da religião. Uma das ironias monumentais do discurso religioso pode ser encontrado com frequência no facto de como as pessoas de fé se vangloriam sobre sua humildade, enquanto alegam saber de factos sobre astronomia, química e biologia que nenhum cientista conhece. Quando consideram questões sobre a natureza do cosmos, ateus tendem a basear as suas opiniões na ciência. Isso não é arrogância. É honestidade intelectual.
Os ateus não têm espirtualidade. Nada impede um ateu de experimentar o amor, o êxtase, e o temor, os ateus podem valorizar estas experiências regularmente. O que os ateus não fazem é afirmações injustificadas (e injustificáveis) sobre a natureza da realidade com base em tais experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram suas vidas para melhor ao ler a Bíblia e a rezar. E isso prova o que? Que certas disciplinas de atenção e códigos de conduta podem ter um efeito profundo na mente humana. Será que essas experiências provam que Jesus é o único salvador da humanidade? A resposta correcta é: NÃO, até porque hindus, budistas e muçulmanos têm experiências similares regularmente. Não há, na verdade, um único cristão na Terra que possa adirmar com certeza de que Jesus usava barba, muito menos que ele nasceu de uma virgem ou ressuscitou dos mortos. Este não é o tipo de alegação que experiências espirituais possam provar.
Os ateus não têm espirtualidade. Nada impede um ateu de experimentar o amor, o êxtase, e o temor, os ateus podem valorizar estas experiências regularmente. O que os ateus não fazem é afirmações injustificadas (e injustificáveis) sobre a natureza da realidade com base em tais experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram suas vidas para melhor ao ler a Bíblia e a rezar. E isso prova o que? Que certas disciplinas de atenção e códigos de conduta podem ter um efeito profundo na mente humana. Será que essas experiências provam que Jesus é o único salvador da humanidade? A resposta correcta é: NÃO, até porque hindus, budistas e muçulmanos têm experiências similares regularmente. Não há, na verdade, um único cristão na Terra que possa adirmar com certeza de que Jesus usava barba, muito menos que ele nasceu de uma virgem ou ressuscitou dos mortos. Este não é o tipo de alegação que experiências espirituais possam provar.
Os ateus acreditam que não há nada para além da vida e do conhecimento humano. Os ateus são livres para admitir os limites do conhecimento humano de uma maneira que os religiosos não podem. É óbvio que nós não entendemos completamente o universo, mas é ainda mais óbvio que nem a Bíblia nem o Corão demonstram melhor conhecimento dele. Nós não sabemos se há vida complexa noutro lugar do cosmos, mas pode haver. E, se há, tais seres podem ter desenvolvido um conhecimento das leis naturais que vastamente excede o nosso. Ateus podem livremente imaginar tais possibilidades. Eles também poderão admitir que se existirem extraterrestres mais inteligentes que nós ou não, que o conteúdo da Bíblia e do Corão ainda será menos impressionante do que para nós humanos ateus. Do ponto de vista ateu, as religiões do mundo banalizam completamente a real força e imensidão do universo. Não é preciso aceitar nada com base em provas insuficientes para chegar a esta conclusão.
Os ateus desprezam o facto de que as religiões são extremamente benéficas para a sociedade. Aqueles que enfatizam os bons efeitos da religião nunca parecem perceber que tais efeitos falham em demonstrar a verdade de qualquer doutrina religiosa. É por isso que temos termos como “pensamento positivo” e “fé”. Há uma profunda diferença entre uma ilusão que nos consola e a verdade nua e crua. De qualquer maneira, os bons efeitos da religião podem e devem ser questionados. Na maioria das vezes, as religiões dão péssimos motivos para se agir bem, quando temos bons motivos disponíveis. Por exemplo: o que é mais moral? Ajudar os pobres por se preocupar com seus sofrimentos, ou ajudá-los porque acha que o criador do universo quer que você o faça e o recompensará por fazê-lo ou o punirá por não fazê-lo?
O ateísmo não fornece nenhuma base para a moralidade. Se uma pessoa ainda não entendeu que a crueldade é errada, não o vai descobrir lendo a Bíblia ou o Corão, já que esses livros transbordam de crueldade, tanto humana quanto divina. Não tiramos a nossa moralidade da religião. Decidimos o que é bom recorrendo a intuições morais que são (até certo ponto) embutidas em nós e refinadas por milhares de anos de reflexão sobre as causas e possibilidades da felicidade humana. Nós fizemos um progresso moral considerável ao longo dos anos, e não fizemos esse progresso lendo a Bíblia ou o Corão mais atentamente. Tudo que há de bom nas escrituras pode ser apreciado por seu valor ético, sem a crença de que isso nos tenha sido transmitido pelo criador do universo.
O ateismo é um dos caminhos para um futuro sem escravidão mental. É por isso que sou ateu, e mesmo sendo ignóbil lutarei sempre para fugir ao controlo.
"Sabemos que a diversidade e a complexidade que vemos no mundo vivo não é um produto do mero acaso". Na minha opinião esta afirmação não está correcta. O que Darwin consegue explicar é como o acaso (e não uma inteligência superior) pode ser responsável por uma evolução que mais parece ser pensada. Não se pode ter a certeza que esta teoria está certa (não é nenhum dogma, nada de mal vos acontecerá por não acreditarem nela) mas é sem duvida mais interessante, complexa e coerente que qualquer teoria que possa nascer no seio da religião cristã.
ResponderEliminarGostava também de referir que na minha simples e humilde opinião não se deve misturar a biblia com as religiões que as defendem. Estas escrituras entre outras foram perversamente utilizadas para criar estes frachisings intitulados de religiões. A biblia não é mais que um conjuntos de escritos traduzidos e por vezes perversamente adaptados que contem uma quantidade enumera de conhecimento histórico e quem sabe de outras áreas de conhecimento. Quem estiver disposto poderá investiga-la livremente retirando qualquer informação e interpretação que desejar. Garanto-vos, mais uma vez, que nada de mal vos acontecerá se interpretarem de uma forma diferente da sugerida pela religião cristã.
Antes de mais obrigado pelo comentário. Primeiro, relativamente a teoria evolutiva de Darwin, o teu ponto de vista demonstra uma forma mais correcta de análise. Contra mim falo ao dizer que o meu conhecimento de Darwin é pouco profundo visto estar fora da minha 'matéria de estudo' e possivelmente não me expliquei da melhor forma, será um tema a abordar mais profundamente noutro post. Relativamente a Biblia talvez não esteja implicito na forma como falo dela, mas a Biblia que refiro não é a obra literaria em sí, mas as interpretações religiosas que fazem dela. A religião católica têm uma interpretação 'obrigatória' e castradora do livro e é a isso que me refiro. Eu próprio já li várias passagens da Biblia para confontar a minha ideia com a impingida. Mais uma vez obridado pela participação.
ResponderEliminarANTIFA!